"E nunca me senti tão profundo e ao mesmo tempo tão alheio de mim e tão presente no mundo." ~ Albert Camus 🌱

"E nunca me senti tão profundo e ao mesmo tempo tão alheio de mim e tão presente no mundo." ~ Albert Camus 🌱

Este alheamento, uma espécie de separação ou dissociação, é um "sintoma" que me tem surgido em muitas sessões com as pessoas com que trabalho.
Aparentemente estranho, sentido com algum desconforto, é um sentimento que pode estar associado a muitas situações.

Pode ser uma estratégia de protecção perante uma circunstância que se vive; pode ser uma incapacidade de se ligar afectivamente; pode ser uma postura cínica ou hipócrita; pode ser apenas uma forma de estar neste mundo...

Mas pode também ser um sinal. Uma tomada de consciência que vai chegando, devagar. Que nos leva a olhar para o mundo com uma certa distância, e ao mesmo tempo tão próximos dele.
E que nos faz olhar para nós próprios também com um certo afastamento.

Distância, afastamento... isso não é mau? Poder-se-ia pensar que sim...
Não, necessariamente, porque tal como o pintor que se afasta da tela para ver melhor a sua obra, e retocar, e continua a pintar... também nós o podemos fazer em relação a este nosso ser.
Às vezes até nos apercebemos que o quadro que nós somos tem umas pinceladas, e que nem sabemos se fomos nós que as demos.

E vamo-nos apercebendo que nesse movimento pendular para connosco mesmos e para com o mundo, no final... ficamos mais presentes e mais profundos.
��
Fiquem presentes, talvez alheios... mas mais profundos ainda!
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Lisboa ~ Porto ~ Aveiro ~ Leiria ~ Coimbra
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"Tu vais ajudar. É para isso que aqui estás."
in "Diálogo com os Anjos" transcrito por Gitta Mallasz

(imagem: "Angelic Presence" / jasperb86 / deviantart)

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