Economia Circular: pensando o consumo

O consumo consciente é um tema de forte importância para as práticas ambientais, porque requer a observação de atitudes e escolhas que impactam diretamente o meio que vivemos socialmente, ambientalmente e economicamente. Mas, o modelo de consumo que usamos não está, em definitivo, aliado ao pensamento de consumo consciente. Sendo importante rever a maneira de exploração da natureza como extração de matéria-prima e despejo de rejeitos, dentro de um processo de consumo de desperdício que usamos atualmente na Economia Linear.

A economia Circular vem como alternativa para repensar todas as etapas de produção e consumo, revendo a necessidade de que tudo que é produzido retorne para a cadeia produtora. É uma ferramenta estratégica sustentável e de produção, englobando desde o design do produto, nossa maneira de consumo até a geração de resíduos. É muito além da ideia de reciclar ou logística reversa, porque busca a utilização racional do produto, extraindo o máximo de seu valor. Com isso, parte da proposta de modificar o conceito de resíduo com a evolução de projetos e sistemas que privilegiem materiais naturais que possam ser totalmente recuperados, gerando uma gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes, ou seja, mantendo produtos e componentes em seu mais alto nível de utilidade e valor o tempo todo, dentro de um escopo econômico de desenvolvimento sustentável.

No Brasil, a PNRS implantada desde 2010 visa garantir a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a operação reversa e o acordo setorial. Assim, todos os agentes do ciclo produtivo, os consumidores e os serviços públicos devem minimizar o volume de resíduos sólidos gerados e adotar práticas que assegurem que os produtos sejam reintegrados ao ciclo produtivo.

Com isso, empresas, consumidores, fornecedores e todos os envolvidos devem adotar medidas para práticas que contribuam com fatores como:

• Utilização eficiente de recursos naturais (minimização da extração de recursos);
• Aumento da durabilidade, capacidade de aproveitamento e reciclagem (maximização da reutilização);
• Prevenir ou reduzir a geração de resíduos (aumento da eficiência no desenvolvimento de processos e uso de produtos);

Assistam um excelente vídeo da Fundação Ellen MacArthur sobre a Economia Circular: