Economia de aplicativos

Economia de aplicativos

“O computador vai decidir sua próxima refeição”, afirma Fabrício Bloisi da Movile, um superaplicativo brasileiro, um ecossistema de aplicativos – nova tendência – como os chineses Ali Baba, Tencent e que pretende atingir um bilhão de usuários até o fim de 2020. Em recente matéria da revista Exame, ele diz que esse movimento dos aplicativos mal começou e na próxima fase, da inteligência artificial em tudo, os aplicativos vão adivinhar o que você quer, onde e por qual preço.

Cerca de 125 milhões de brasileiros têm acesso à internet e há 220 milhões de smartphones no país. Na tela principal pedimos comida e transporte, lemos livros, jornais e revistas, pagamos estacionamento, pegamos bicicletas ou patinetes, ouvimos música ou compramos de tudo. Mas também podemos ganhar dinheiro. Quase 45 milhões de brasileiros já usaram aplicativos para obter renda, incluindo 5,5 milhões prestadores de serviços no Uber, 99, iFood e Rappi. Milhões também usam Facebook, Instagram ou WhatsApp para a prestação de serviços. O aplicativo GetNinja conecta mais de 500.000 prestadores de serviços que oferecem mais de 200 tipos de serviços a potenciais clientes. A plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre tem 296.000 vendedores que utilizam o site como principal fonte de renda. Há plataformas até para localizar passeadores de cachorros.

No Brasil, os aplicativos de entrega de comida cresceram 20% em número de usuários no último ano, acima da média global de 12%. Somos também o segundo maior mercado do Uber, com 600.000 motoristas, atrás apenas dos EUA.

Há também benéficos efeitos colaterais no uso de aplicativos. Com os apps de transporte, passamos a usar as avaliações de usuários para saber quem é bom prestador de serviços, sem precisar de governo para regular.

E surgem novas oportunidades de negócios como restaurantes fechados que atendem apenas por aplicativos. O iFood criou o iFood Shop, marketplace que une 150 fornecedores de 15.000 ingredientes e embalagens a 55.000 restaurantes cadastrados. As incorporadoras já desenvolvem imóveis projetados para compartilhamento, depois do sucesso do Airbnb. Um novo mercado foi criado também para as locadoras de veículos. Na Grande São Paulo, estima-se que 60% da frota que serve os aplicativos seja alugada.

As capixabas PicPay, em parceria com o banco Original e a Zaitt, para mercados sem caixas, em parceria com o Carrefour, procuram surfar nessa onda. A melhor coisa para despertar o espírito animal dos empreendedores e desenvolver o ecossistema capixaba é o exemplo de alguém tendo sucesso. Um unicórnio, se possível.

Sobre o autor: Evandro Milet é consultor e palestrante e escreve artigos semanalmente sobre inovação e negócios.

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