A economia de imbituba e suas perspectivas
INTRODUÇÃO
Este artigo busca atender às exigências do Curso de Administração do Centro Universitário Barriga Verde (UNIBAVE), e se propõe a verificar qual a base econômica e suas perspectivas do município de Imbituba, em Santa Catarina, sendo este o tema do estudo.
O litoral catarinense constitui-se no principal ponto de referência para as pessoas que migram no Estado, seja com pessoas oriundas de seu interior como por migrantes vindos de outras localidades do país e também do exterior. Os bons níveis de qualidade de vida, expressos em índices de desenvolvimento elevados para o padrão brasileiro, o potencial paisagístico e o dinamismo econômico da região são fatores que tornam algumas das cidades catarinenses bastante atrativas.
Ao se referir a Santa Catarina, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE) salienta que se trata de:
[…] um Estado privilegiado, seus 95,4 mil km2, integram 293 municípios que juntos reúnem uma fascinante diversidade geográfica composta por praias de areias brancas, matas tropicais e serras nevadas. Somam-se a estes contrastes a riqueza de uma população de cerca de 6,1 milhões de habitantes, que traz a influência de mais de 50 etnias, predominantemente marcada por portugueses, italianos, alemães e em menor medida por poloneses. (SEBRAE, 2010, p. 11).
Do ponto de vista das atividades econômicas de Santa Catarina, de acordo com Mattei (2013), há uma predominância do setor terciário sobre os demais. No setor primário, as atividades ligadas à agricultura, embora fundamentais para alguns municípios, têm pouca expressão no âmbito do Estado, se restringem ao cultivo de produtos alimentares básicos, com destaque para os hortifrutigranjeiros, que além de servir de alimentos para as famílias são comercializados na própria região. No setor secundário, é baixa a participação da região no âmbito estadual. As atividades industriais, em sua maioria, são de pequeno porte e se distribuem por vários setores (alimentar, têxtil e de confecções, minerais não metálicos, calçados e embalagens de plásticos). Mas o que mais tem crescido em importância nos últimos anos são as atividades articuladas em torno do polo tecnológico de Florianópolis, cujo objetivo é desenvolver tecnologias para os setores da informática, da automação industrial e de telecomunicações.
Ainda conforme Mattei (2013), mesmo com esses avanços, é o setor terciário quem ainda comanda a dinâmica econômica regional. Isto se deve à forte presença dos serviços correlacionados ao setor do turismo, que transformou a região num dos mais importantes polos turísticos do país.
Diante do exposto, percebe-se que o fortalecimento da economia local passa, necessariamente, pelo ordenamento das atividades econômicas existentes e pela busca de alternativas para o seu pleno desenvolvimento. E o município precisa estar preparado para isso. Desse modo, importa saber sobre as atividades econômicas do município de Imbituba, objeto deste estudo, formulando-se a seguinte questão-problema, que dará suporte a esta pesquisa: "Qual é a base econômica do município de Imbituba?"
Entre as formas mais aceitas para se analisar o desenvolvimento econômico de Imbituba, está o uso de indicadores. Assim sendo, para este trabalho, adota-se os indicadores propostos pelo SEBRAE (2010), quais sejam: indicadores populacionais; indicadores sociais; indicadores econômicos; e infraestrutura. Acredita-se que, a partir desses indicadores, ter-se-á um importante instrumento para dar suporte ao conhecimento sobre a economia de Imbituba.
Para responder à questão-problema exposta, elaborou-se os objetivos, tanto o geral quanto os específicos. Como objetivo geral, tem-se: "Analisar as condições socioeconômicas do município de Imbituba". Para tanto, efetuou-se a identificação e a evolução dos indicadores populacionais, sociais, econômicos e infraestrutura deste município, comparando-os, em alguns momentos, com outros municípios da região.
Já os objetivos específicos elaborados são: 1. Apresentar um resgate histórico de Imbituba; 2. Demonstrar os Indicadores Populacionais de Imbituba; 3. Expor os Indicadores Sociais do município; 4. Abordar os Indicadores Econômicos; 5. Discorrer sobre a Infraestrutura de Imbituba.
Justifica-se a escolha desse tema, tendo em vista que, atualmente, constata-se a necessidade de se buscar contínua melhoria nas atividades econômicas e sociais do município de Imbituba, uma vez que este possui um dos mais importantes portos do Centro-Sul do litoral catarinense, pela sua ligação portuária com o Brasil e demais países do Mercosul. Foi construído em uma enseada aberta ao mar, numa região de águas profundas e de baixo índice de assoreamento, o que permite a navegação de navios de grande porte. Por isso, acredita-se que o comércio marítimo é fundamental para a economia do município.
No entendimento de Felipe Júnior e Silveira (2010, p. 2):
O transporte marítimo – o mais internacional meio de transporte de mercadorias – é fundamental para o desenvolvimento econômico, representando 80% do comércio global. Nas últimas décadas, tem-se um aumento das trocas e do tráfego marítimo internacional, cujo crescimento foi superior a 130% nos últimos 30 anos, com forte impacto no movimento portuário, segundo dados da União Europeia. No que tange ao modal hidroviário marítimo, tem-se uma relação direta entre a natureza (mar e oceano) e os sistemas de movimento, visto que ambos são imprescindíveis para o escoamento de mercadorias e pessoas pela via aquática.
Desse modo, a presente pesquisa é pertinente sob o aspecto de três vertentes principais: previsão econômica, social e acadêmica. Previsão econômica, pois oferece aos gestores públicos de Imbituba, uma melhor análise do tema, possibilitando readequação de suas decisões.
No que se refere à vertente social, o trabalho permite que a sociedade como um todo tenha conhecimento da economia do município de Imbituba, e possa manifestar opiniões sobre o assunto.
No aspecto acadêmico, esta pesquisa é importante, primeiramente, porque, organizada como trabalho científico, permite a divulgação do conhecimento e propicia debates acerca do tema. Além disso, contribui com a quantidade de estudos desenvolvidos na área da Administração, em especial sobre a economia de Imbituba. Por fim, neste contexto, a pesquisa torna-se relevante também pelo fato de ser ponto de partida para novos estudos, possibilitando outras análises mais evoluídas sobre o tema.
Para melhor compreensão dessa abordagem, estruturou-se o artigo em cinco partes: a primeira é dedicada à Introdução, em que é feita a contextualização do tema e a justificativa da pesquisa, discutida a problemática e apresentados os objetivos. A segunda parte do trabalho é destinada ao capítulo caracterizado pela Fundamentação Teórica, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do tema a que este artigo ora se propõe. A terceira parte traz o capítulo da Metodologia, com os instrumentos utilizados para a coleta, descrição, análise e interpretação dos dados. A quarta parte destina-se à apresentação dos resultados, com a respectiva discussão. Por fim, na quinta parte, expõe-se a conclusão a que se chegou com a pesquisa realizada, encerrando-se com as referências correspondentes aos autores citados no decorrer do estudo.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo, são discutidos os pressupostos teóricos acerca do tema, razão pela qual a sua organização reflete uma análise em duas etapas: a primeira discorre sobre o desenvolvimento econômico, em uma abordagem conceitual, para o desenvolvimento de um município; a segunda apresenta a importância dos indicadores para medir o desenvolvimento dos municípios, momento em que são conceituados os indicadores populacionais, os indicadores sociais, os indicadores econômicos e a infraestrutura, complementando, assim, o tema principal deste artigo.
2.1 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – UMA ABORDAGEM CONCEITUAL
O desenvolvimento faz parte da história das grandes metrópolis, cujo principal destino de sua função é integrar questões sociais, políticas, geográficas e históricas. Em outras palavras, o desenvolvimento busca trazer expansão para a sociedade, liberdade, mudança estrutural e um aumento na produção e no bem-estar de todos.
A definição pura do termo "desenvolvimento econômico" corresponde à totalidade de todas as medidas realizadas por parte do poder público e da iniciativa privada ao nível local que visam ao aumento do grau da competitividade do município. Outro termo, porém, que recentemente ganhou força entre as pessoas que lidam com desenvolvimento econômico local é "desenvolvimento sistêmico". Segundo Oliveira (2006), a concepção sistêmica ao qual descreve um sistema de inter-relações propõe que o verdadeiro desenvolvimento deve prover dos efeitos positivos entre os organismos sociais e econômicos, priorizando fundamentalmente o desenvolvimento humano na condição de seu bem-estar e não de suas necessidades materiais.
Ainda na concepção de Oliveira (2006), o desenvolvimento precisa ir além da simples progressão material, devendo promover a justiça, o acesso à informação, à educação e dando poder a toda a sociedade envolvida no processo, considerando uma metodologia de amadurecimento cultural e social. Repensar o desenvolvimento a partir da construção do capital cultural pode estimular a solidariedade ao buscar ações coletivas que fortaleçam o uso comunitário dos recursos presentes, tendo em vista que a valorização da cultura local pode propiciar a autoafirmação, a identidade e melhorar as forças produtivas.
Já na opinião de Dowbor (2002), o problema econômico não passa pela forma de organização dos recursos escassos, pela decisão de mais ou menos Estado, no processo produtivo, mas pela melhoria da vida dos cidadãos comuns.
Desse modo, segundo Pinho e Vasconcelos (2003) e Mankiw (2005), para perceber desigualdades econômicas, é necessário medir a produção de riquezas por uma sociedade. Quando o aumento desta produção de riquezas permite que a renda per capita se eleve de forma contínua e persistente, ocorre um processo de crescimento econômico.
Com o mesmo entendimento, Souza (2009, p. 13) salienta que:
O crescimento da renda per capita é fundamental para melhorar indicadores sociais. Essa variável correlaciona-se com os níveis educacionais e liberdades políticas. Imprensa livre e debate público aberto influenciam indicadores de bem-estar.
Nos termos de Schumpeter (1985), o desenvolvimento econômico busca uma qualidade de vida com sustentabilidade, com distribuição de renda, emprego, saúde, infraestrutura e educação são elementos essenciais para uma economia, com crescimento e qualidade. Com isso, a sociedade procura estabelecer estes recursos fazendo com que haja uma melhor distribuição, e que as famílias e empresas possam estar adquirindo seu consumo por meio de mão de obra especializada e ter um produto de qualidade no mercado.
Segundo Sen (2000), o desenvolvimento econômico é um processo de cada região e o crescimento econômico social são os recursos disponíveis, e dependem das características de cada região, do seu passado histórico, da cultura, da população e de outros aspectos sociais. Para isso, é necessário ter uma linha de raciocínio em que a economia deve ser como um processo amplo de mudanças de natureza econômica, política e, principalmente, social, para que seus objetivos e satisfações possam suprir as necessidades do ser humano, como saúde, habitação, transporte, alimentação, lazer, dentre outras.
Para Pinho e Vasconcelos (2003) e Mankiw (2005), tratar do crescimento econômico significa considerar e organizar um conjunto de variáveis e medidas relativas aos aspectos econômicos. O indicador que mensura o crescimento econômico, sob o aspecto quantitativo, de um determinado país ou região, definido territorialmente, por um determinado período de tempo, usualmente de um ano, é o Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo é mensurar o valor da produção de bens e serviços finais de forma agregada e avaliado a preço de mercado, utilizando-se de três métodos independentes (produto final, renda agregada e despesa agregada).
Por conveniência, salientam Pinho e Vasconcelos (2003) e Mankiw (2005), o PIB pode ser desmembrado em primário, secundário e terciário. O setor primário é composto por um conjunto de atividades econômicas que exploram recursos naturais renováveis e não renováveis, com o objetivo de obter matérias-primas. O setor secundário é responsável pela transformação ou manufaturação dos produtos fornecidos pelo setor primário em bens de consumo, de capital e intermediário. O setor terciário envolve as atividades relacionadas com serviços, desde a distribuição, comercialização até serviços públicos. Em economias desenvolvidas, este setor é o mais representativo, pois requer trabalho qualificado e diversificado. Neste caso, a medição da atividade é feita a custo de fatores e computam os valores relacionados à distribuição e comercialização dos produtos.
Já o PIB per capita,ainda no entendimento de Pinho e Vasconcelos (2003) e Mankiw (2005), se refere à distribuição do montante da riqueza produzida por uma determinada economia em um ano e dividida pelo número da população residente no mesmo período. Apesar de ser um método eficiente de identificar a potencialidade de um país, por si só, não é condição suficiente para tal, pois sendo um derivado do PIB, mede apenas o aspecto quantitativo.
Em suma, conhecer e analisar a realidade econômica constitui-se como importante desafio para o planejamento da vida das cidades, dos cidadãos e das instituições. Este desafio foi propulsor da criação de diversos indicadores socioeconômicos, simples e compostos, que podem quantificar e qualificar as realidades de um município, como se abordará a seguir.
2.2 A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES PARA MEDIR O DESENVOLVIMENTO DOS MUNICÍPIOS
A Teoria Econômica beneficia-se do conceito do desenvolvimento regional e este pode ser aplicado no estudo das microrregiões. Começa-se com os indicadores de renda, isto é, do PIB per capita, porém, esse não é melhor apontador do desenvolvimento. Nesse sentido, Clemente e Higachi (2000, p. 130) alertam que:
[...] o indicador mais amplamente utilizado para representar o nível de desenvolvimento de uma região ou de um país é a renda ‘per capita'; no entanto, as deficiências desse procedimento são evidentes, principalmente quando não se complementa a análise com outros indicadores. Entre esses outros indicadores surge imediatamente a distribuição de renda, pois, sendo a renda ‘per capita' um valor médio, é muito desejável que haja também informação sobre a distribuição. [...] Há, porém, outro conceito de desenvolvimento que merece ser considerado: o desenvolvimento auto-sustentado. [...] O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publica desde 1990 o Relatório de Desenvolvimento Humano. Esse relatório é baseado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que considera três fatores: longevidade, educação e renda ‘per capita'. Nessa abordagem, fica clara a dimensão econômica do desenvolvimento. [...] O desenvolvimento de uma região tende a estimular o desenvolvimento das regiões vizinhas ou, pelo contrário, constitui obstáculo para que estas também se desenvolvam? A Teoria do Crescimento Regional fornece resposta positiva a essa questão. [...] Não seria possível exagerar a importância dessas hipóteses para a política de desenvolvimento regional. Se a hipótese de espraiamento estiver correta, os desequilíbrios regionais tenderão a diminuir espontaneamente com o passar do tempo, e as regiões menos desenvolvidas aos poucos se aproximarão dos padrões das regiões adiantadas. Se, entretanto, a hipótese de dominação estiver correta, os desequilíbrios tenderão a se exacerbar com o passar do tempo e as regiões atrasadas se distanciarão cada vez mais das regiões desenvolvidas.
Até o presente momento, contudo, a renda per capita foi amplamente usada para medir o desenvolvimento de uma microrregião, do estado, do país ou mesmo com outras nações. Mas não é o suficiente, uma vez que este indicador não averigua os males da má distribuição da renda ou mesmo sobre a educação, longevidade e renda. Com reforço a esse argumento, Lourenço (2005, p. 9) escreve que:
[...] é conveniente ter presente que nem sempre as grandezas, PIB total ou per capita, expressam a disponibilidade de potencialidades econômicas ou de qualidade de vida das populações locais, a não ser quando são fruto da combinação entre expansão da renda e da população e, por extensão, dos níveis de emprego. Em certas situações, a implantação e consolidação de atividades com parâmetros assimétricos de agregação de valor e de absorção de mão-de-obra pode provocar inclusive o fenômeno de impulsão da renda e de expulsão de população, bastante comum em municípios de pequeno porte, especializados na exploração agrícola de subsistência e/ou desprovidos de infra-estrutura.
De qualquer forma, a utilização de indicadores socioeconômicos como variáveis é significativa para a formulação das estratégias municipais.
Para efeitos deste trabalho, como dito anteriormente, serão utilizados os indicadores populacionais; indicadores sociais; indicadores econômicos; e infraestrutura, razão pela qual serão conceituados a seguir.
2.2.1 Indicadores Populacionais e/ou Demográficos
Segundo Cerqueira e Givisiez (2013), a Demografia é uma ciência que tem por finalidade o estudo de populações humanas, enfocando aspectos tais como sua evolução no tempo, seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e características gerais.
Ainda de acordo com Cerqueira e Givisiez (2013), uma preocupação fundamental no estudo das populações humanas é com o seu tamanho em determinado momento e com os possíveis fenômenos que determinam ou afetam esse tamanho, tais como os nascimentos, os óbitos e fenômenos migratórios. É importante investigar de que modo cada um desses componentes pode ser afetado por mudanças nos demais e como esses fenômenos se relacionam entre si.
Para Cerqueira e Givisiez (2013), além da preocupação com o tamanho e crescimento da população, é de fundamental importância em Demografia o estudo da composição da população por idade e sexo, principalmente pela sua repercussão sobre os fenômenos demográficos, sociais e econômicos. Existem outras características populacionais que merecem destaque pela sua importância na compreensão de outros fenômenos de natureza social e econômica, entre elas, a estrutura populacional segundo estado civil, região geográfica de residência ou de nascimento, condição de atividade econômica, etc. O tamanho e a composição são considerados aspectos estáticos de uma população. No entanto, a Demografia trata também dos aspectos dinâmicos das populações, ou seja, das mudanças e inter-relações entre as variáveis demográficas básicas – fecundidade, mortalidade e migração.
2.2.2 Indicadores Sociais
Tomando-se como medida direta de bem-estar, alguns conceitos e definições de indicadores sociais são bem elucidativos. Nos termos de Villamonte (2001), um indicador social é uma medida em geral dotada de significado social substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas públicas).
Em outras palavras, Villamonte (2001) salienta que um indicador social é um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma. Já para a pesquisa acadêmica, o indicador social é o elo de ligação entre os modelos explicativos da teoria social e a evidência empírica dos fenômenos sociais observados. Por sua vez, em uma perspectiva programática, o indicador social é um instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de políticas públicas. Taxas de analfabetismo, rendimento médio do trabalho, taxas de desemprego, proporção de crianças matriculadas em escola, etc., são, neste sentido, indicadores sociais ao traduzir em cifras tangíveis e operacionais várias das dimensões relevantes, específicas e dinâmicas da realidade social.
2.2.3 Indicadores Econômicos
De acordo com Lourenço e Romero (2013), os indicadores econômicos representam, essencialmente, dados e/ou informações sinalizadoras ou apontadoras do comportamento (individual ou integrado) das diferentes variáveis e fenômenos componentes de um sistema econômico de um país, região ou estado. Por isso, são fundamentais tanto para propiciar uma melhor compreensão da situação presente e o delineamento das tendências de curto prazo da economia, quanto para subsidiar o processo de tomada de decisões estratégicas dos agentes públicos (governo) e privados (empresas e consumidores). Pode-se dizer que são medidas de desempenho utilizadas para medir o desenvolvimento de uma economia.
Ainda conforme Lourenço e Romero (2013), os indicadores econômicos podem ser classificados em cinco subconjuntos de variáveis macroeconômicas relevantes:
a) nível de atividade: funcionam como um termômetro das condições gerais dos elementos mais sensíveis às flutuações cíclicas do lado real da economia, sintetizados no comportamento do PIB, da produção industrial e das estatísticas de emprego e desemprego;
b) preços: a inflação pode ser entendida com uma elevação generalizada e permanente dos níveis de preços do sistema econômico, resultando em deterioração do poder aquisitivo da moeda e depreciação dos valores dos ativos. A complexidade do cálculo da inflação decorre da necessidade de aferir a variação de preços de produtos distintos fisicamente, e de serviços, que variam a taxas diferenciadas. Para o cumprimento dessa tarefa, existem diversos índices de preços que procuram medir a inflação em toda a cadeia de produção e de comercialização, ou em partes relevantes da mesma. Daí a existência de índices gerais, no atacado (indústria e agricultura), no varejo (consumidores) e na construção (insumos e materiais de construção);
c) setor externo: resume-se em: 1. Exportações (valor das vendas e outras remessas de bens e serviços de propriedade para o exterior, realizadas por agentes econômicos residentes do país, a preços de embarque, excluindo o pagamento de fretes, seguros, impostos e taxas); 2. Importações (valor das compras e outros ingressos de mercadorias e serviços procedentes do exterior do país); 3. Saldo da balança comercial (exportação menos importação); 4. Saldo em transações correntes (consolidação das balança comercial e de serviços e das transferências unilaterais. Os serviços compreendem transportes, seguros, viagens internacionais, assistência técnica, lucros e dividendos e juros da dívida externa. As transferências unilaterais correspondem às doações, remessas de imigrantes, etc.); 5. Dívida externa (valor total de débitos do país, contratados com residentes no exterior e garantidos pelo governo, decorrentes de empréstimos e financiamentos, com prazo de vencimento superior a um ano);
d) agregados monetários: São eles: 1. Juros Over/Selic - taxa de juros média (em %) praticada pelo Banco Central para a rolagem dos títulos da dívida pública por um dia. Apesar de terem sido concebidos para propiciar a gestão da liquidez do sistema econômico, os papéis do governo sempre representaram ativos de primeira linha, indicando o piso da rentabilidade do mercado financeiro, devido à sua pronta liquidez e à plena garantia de recompra; 2. Poupança - rendimento calculado para a remuneração mensal dos depósitos em caderneta de poupança, a partir da Taxa Referencial de Juros (TR), acrescida de 0,5%. A TR é obtida a partir da combinação da remuneração média mensal, livre de impostos, dos depósitos a prazo fixo, captados pelos bancos comerciais e de investimentos e agências operadoras com títulos públicos.
e) setor público: 1. Dívida líquida - somatório do endividamento dos governos federal
(inclusive Banco Central), estadual e municipal e por suas empresas junto ao sistema financeiro (público e privado), ao setor privado não financeiro e ao resto do mundo, descontados os valores correspondentes aos créditos do governo. Ao contrário do ocorrido em outros países, no Brasil o conceito inclui a base monetária, por contemplar os ativos e passivos financeiros do Banco Central; 2. Necessidades de financiamento - déficit ou superávit resultante da variação líquida da dívida pública, deduzidos os empréstimos concedidos ao setor privado. O conceito nominal incorpora a totalidade das receitas e despesas, o operacional exclui as correções monetária e cambial da dívida pública e o primário desconta a correção monetária e as receitas e despesas financeiras (juros nominais).
2.2.4 Infraestrutura
Entende-se por infraestrutura o conjunto de atividades e estruturas da economia de um país que servem de base para o desenvolvimento de outras atividades. Por exemplo, para que as empresas de um país possam exportar, são necessários portos e aeroportos (elementos da Infraestrutura de um país). Desse modo, fazem parte da infraestrutura: rodovias, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, rodoviárias, sistemas de telecomunicações, ferrovias, rede de distribuição de água e tratamento de esgoto, sistemas de transmissão de energia, etc.
Em outras palavras, o conjunto de sistemas técnicos de equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas é conhecido como infraestrutura. Zmitrowicz e Neto (1997) definem estas funções sob os seguintes aspectos:
- Aspecto social: visa promover adequadas condições de moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e segurança.
- Aspecto econômico: deve propiciar o desenvolvimento de atividades de produção e comercialização de bens e serviços.
- Aspecto institucional: deve oferecer os meios necessários ao desenvolvimento das atividades político-administrativas da própria cidade.
Sendo assim, segundo Zmitrowicz (2002), a infraestrutura urbana tem como objetivo final a prestação de um serviço, pois, por ser um sistema técnico, requer algum tipo de operação e algum tipo de relação com o usuário. O sistema de infraestrutura urbana é composto de subsistemas que refletem como a cidade irá funcionar. Para o perfeito funcionamento da cidade são necessários investimentos em bens ou equipamentos que devem apresentar possibilidades de utilização da capacidade não utilizada ou de sua ampliação, de forma a evitar sobrecargas que impeçam os padrões de atendimento previstos.
Zmitrowicz (2002) classifica o sistema infraestrutura como o conjunto dos seguintes subsistemas técnicos setoriais:
a) Subsistema Viário: é composto de uma ou mais redes de circulação, de acordo com o tipo de espaço urbano, sendo complementado pelo subsistema de drenagem de águas pluviais, que assegura o uso sob quaisquer condições climáticas.
b) Subsistema de Drenagem Pluvial: tem como função promover o adequado escoamento da água das chuvas que caem nas áreas urbanas, assegurando o trânsito público e a proteção das edificações, bem como evitando os efeitos das inundações.
c) Subsistema de Abastecimento de Água: tem como função prover toda a população de água potável suficiente para todos os usos. Sendo assim, a qualidade e a quantidade da água são, pois, as duas condições primordiais a serem observadas.
d) Subsistema de Esgotos Sanitários: tem a função de afastar a água distribuída à população após o seu uso, sem comprometer o meio ambiente. Sendo assim, este subsistema constitui-se no complemento necessário do subsistema de abastecimento de água e cada trecho da rede de distribuição de água deve corresponder ao da rede coletora de água servida.
e) Subsistema Energético: fundamentalmente tem a função de prover a população com dois tipos de energia: elétrica e de gás. Basicamente, para ter-se o fornecimento de energia elétrica é necessário um conjunto de elementos interligados com a função de captar energia primária, convertê-la em elétrica, transportá-la até os centros consumidores e distribuí-la neles, onde é consumida por usuários residenciais, industriais, serviços públicos, entre outros.
f) Subsistema de Comunicações: compreende a rede telefônica e a rede de televisão a cabo, sendo as conexões feitas por condutores metálicos. As redes de infraestrutura que compõem este subsistema (cabeamento e fios) seguem especificações similares às do sistema energético.
Os subsistemas da infraestrutura urbana, contudo, estão relacionados ao conceito de habitação e de meio ambiente e devem ser analisados em conjunto, pois segundo Zmitrowicz e Neto (1997):
A qualidade do espaço urbano se prende a um conjunto complexo de fatores ligados, não apenas à tipologia da construção como ao meio ambiente interno e externo, apoiados em equipamentos sociais e urbanos próximos, e nas redes de infraestrutura e serviços correspondentes. E deve estar dentro das possibilidades de desempenho da população, nas suas condições econômicas e culturais específicas.
O próprio conceito de habitação não se restringe apenas à unidade habitacional, mas necessariamente deve ser considerado de forma mais totalitária envolvendo também o seu entorno, abrangendo serviços urbanos, infraestrutura urbana e equipamentos sociais.
3 METODOLOGIA
Neste capítulo, são apresentadas a classificação e as etapas do trabalho, bem como os instrumentos de coleta, interpretação e análise dos dados coletados, objetivando-se mostrar o caminho percorrido para a realização do estudo, que serviram para a análise da economia do município de Imbituba, conforme o objetivo geral e os específicos deste trabalho.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Pesquisa, para Gil (1999, p. 42), é um "processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental [...] é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos".
Para este estudo, faz-se uso da Pesquisa Básica, a qual, segundo Gil (1999), tem a curiosidade intelectual como motivação, pois visa entender ou descobrir novos fenômenos, bem como gerar conhecimentos básicos ou fundamentais, a fim de divulgar os conhecimentos obtidos. De acordo com as palavras do autor, este tipo de pesquisa "[...] procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com suas aplicações e consequências práticas" (GIL, 1999, p. 42).
Para a Pesquisa Básica, foram seguidos os procedimentos abaixo:
a) escolha de um tema de pesquisa e sua delimitação, problematização e elaboração de seus objetivos;
b) elaboração de um plano de estudo;
c) identificação e localização das fontes de pesquisa;
d) leitura crítica desses materiais;
e) elaboração dos fichamentos de leitura;
f) redação do trabalho, com texto próprio, priorizando os assuntos que foram levantados no plano de estudo e que constituíram os capítulos.
Quanto à abordagem do problema, o estudo classifica-se como Pesquisa Qualitativa, caracterizada pelo papel-chave do pesquisador, não requerendo métodos e técnicas estatísticas. A pesquisa ocorreu em um processo de análise indutiva dos dados, em que se partiu de fatos ou dados particulares, para se chegar às conclusões (GIL, 1999).
Na concepção de Goldemberg (1999), os dados da abordagem qualitativa não são padronizados como os dados quantitativos, obrigando o pesquisador a ter flexibilidade no momento da coleta dos dados.
Dadas às características de investigação do presente estudo, a utilização de uma metodologia qualitativa constitui-se na abordagem adequada, pois permite o aprofundamento necessário da busca do conhecimento proposto neste trabalho.
Quanto aos objetivos, a pesquisa é Exploratória-descritiva. Conforme Marconi e Lakatos (2002), a pesquisa Exploratória-descritiva é delineada por estudos que focam aspectos como: descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento. Trata-se de abordagem adotada para familiarizar-se com o fenômeno, obter uma nova percepção a seu respeito ou à busca de maiores informações sobre este. Possui um planejamento flexível, e é indicada quando se tem pouco conhecimento do assunto. Vem preencher lacunas existentes na área do conhecimento que é objeto de pesquisa.
De acordo com Roesch (1996, p. 129), o objetivo do estudo exploratório-descritivo "[...] é obter informação sobre uma população. [...] não procuram explicar alguma coisa ou mostrar relações causais, como as pesquisas de caráter experimental".
Quanto aos Procedimentos Técnicos, a pesquisa é classificada como: bibliográfica e estudo de caso.
Na concepção de Vergara (2009, p.46), a Pesquisa Bibliográfica é o estudo "sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma".
A Pesquisa Bibliográfica foi constituída, principalmente, de livros, trabalhos acadêmicos e artigos de periódicos, verificando as contribuições de diversos autores a respeito do tema que este trabalho ora se propõe. Fez-se uso, também, dos dados colhidos junto ao SEBRAE, como os Relatórios Estadual e Regional.
Finalmente, a Pesquisa se enquadra como Estudo de Caso, uma vez que permitiu aprofundar o conhecimento da problemática junto ao município de Imbituba. Tratou-se, assim, de investigar o fenômeno dentro de seu contexto real, o que, para Gil (1999, p. 79):
[...] se fundamenta na idéia de que a análise de uma unidade de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa.
Na concepção de Godoy (1995, p. 25):
[...] o estudo de caso tem se tornado a estratégia preferida quando os pesquisadores procuram responder às questões ‘como' e ‘por quê' certos fenômenos ocorrem, quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de algum contexto de vida real.
O estudo de caso foi empregado num estudo exploratório-descritivo, visto que se pretendeu obter informações e conhecer este fenômeno por meio da exploração, para, assim, descrever a realidade sobre a economia de Imbituba, tendo em vista o seu desenvolvimento socioeconômico.
Desse modo, dadas às características de investigação exploratória e descritiva do presente estudo, a utilização de uma metodologia qualitativa constituiu-se na abordagem adequada, pois permitiu o aprofundamento necessário da busca do conhecimento, proposto neste trabalho.
3.2 ETAPAS DO TRABALHO
Este trabalho segue as etapas constantes na Figura 1.
Figura 1. Etapas do Trabalho
Fonte: Elaborada pelo Pesquisador
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
3.3.1 Coleta dos Dados
Para atender à formulação do problema, à pergunta de pesquisa e aos objetivos, tanto o geral quanto os específicos, é necessário realizar procedimentos e utilizar instrumentos de suporte à Pesquisa. Assim, tendo como base a Pesquisa Bibliográfica, este trabalho se baseia nos seguintes procedimentos, no que diz respeito à coleta de dados: consulta a livros, artigos, dissertações, teses, bem como material publicado via Internet, consistindo-se no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à Pesquisa.
Essa Pesquisa Bibliográfica tem os seguintes objetivos:
- Fazer um histórico sobre o tema;
- Atualizar-se sobre o tema escolhido;
- Encontrar respostas ao problema formulado.
A revisão da literatura tem sido crítica, baseada em critérios metodológicos, a fim de separar os artigos que têm validade daqueles que não têm. Toda a ênfase está sendo dada na metodologia científica utilizada, ou seja, no rigor científico.
3.3.2 Interpretação e Análise dos Dados
Para a interpretação e análise dos dados, privilegia-se a técnica de Análise de Conteúdo. Richardson (2008, p. 223) considera a Análise de Conteúdo:
[...] um conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens.
Conforme Gil (1999, p. 163), a Análise de Conteúdo é: "[...] como uma técnica de investigação que tem por finalidade a interpretação das comunicações, de maneira objetiva, sistemática [...] do conteúdo manifesto dessas comunicações".
Desse modo, durante todo o processo de investigação, realiza-se a análise de dados, elaborando-se um fechamento das principais conclusões obtidas no desenvolvimento do trabalho.
4 RESULTADOS
Este capítulo destina-se à apresentação dos resultados obtidos com a realização de pesquisa. Inicia-se com a abordagem sobre o histórico de Imbituba, para, na sequência, serem apresentados os indicadores adotados neste trabalho sobre a economia do município.
4.1 BREVE RESGATE HISTÓRICO SOCIAL E ECONÔMICO DE IMBITUBA
O município de Imbituba sempre esteve ligado à Espanha que detinha todo interesse e poder sobre a região sul do Continente Americano, e ocupava a Ilha de Santa Catarina. De acordo com Melo Filho (2009, p. 81), foram os espanhóis os primeiros navegadores europeus que se instalaram na região de Imbituba:
A partir de 1516, predominante ibérica, formada na sua maioria por espanhóis, complementada por portugueses e também um negro cuja nacionalidade é desconhecida, todos refugiados da expedição de Juan Diaz de Solis, que se juntaram aos carijós da grande nação Guarani. Os náufragos integrados à comunidade indígena local construíram choças, tomaram as nativas por suas companheiras, formando o que se convencionou chamar de família. Ao desposar as índicas Carijós, os náufragos tiveram seus filhos e com eles iniciou-se a mestiçagem.
Os Mazombos – descendentes de europeus nascidos no Brasil tiveram aquí sua vertente através da prole resultante da misceginação que apresentou uma nova figura humana: o mameluco – mestiço de europeu e indígena, e com isso a integração dos europeus com a comunidade Carijó no litoral sul de Santa Catarina foi se consolidando, especialmente com o conhecimento da língua dos nativos e de sua cultura. Os indígenas revelaram suas crenças, mitos e lendas.
Assim, os europeus foram se integrando à comunidade indígena no litoral sul de Santa Catarina, especialmente com o conhecimento da língua dos nativos e de sua cultura.
Em sua obra, Melo Filho (2009) descreve que os espanhóis navegantes que vinham em direção ao Rio da Prata aportavam em Imbituba e interagiam com os indígenas locais, antes dos portugueses, o que ocorreu por motivos de naufragios, por necessidade de abastecimento de água e de mantimentos.
Ainda segundo as explicações de Melo Filho (2009), a estada de Don Rodrigo de Acuña fez com que o Ancoradouro de Imbituba passasse a ser conhecido como Porto de Don Rodrigo, transformando-se, mais tarde, no Porto de Imbituba, por iniciativa de Henrique Lage. Portanto, tem-se um mesmo lugar com duas denominações: "Embitiba", designada pelos nativos guaranis que habitavam o lugar, e "Porto Don Rodrigo", dado pelos ibéricos.
Segundo Martins (1979), a história de Imbituba teve início no Século XVII, com a chegada dos missionários Padres Antonio de Araujo e Pedro da Mota, em 1622, para catequizar os índios tupis e guaranis que habitavam essas regiões; porém, esta missão durou somente dois anos, por causa da intervenção de algumas pessoas com outras intenções que não queriam que os índios fossem catequizados. Com a saída dos religiosos, Vila Nova (então distrito de Laguna) passou a ser novamente a terra de origem. Na mesma época, estava sendo instalada a Armação Baleeira (pesca da baleia) em Imbituba.
Um século mais tarde, começa a construção da estrada de ferro Tereza Cristina, com o intuito de suprir a economia da região voltada ao comércio de minas de carvão, no sul do Estado. De acordo com Neu (2003, p. 17):
No início do século XX, as mudanças foram muitas e a economia de Imbituba conheceu o maior progresso de sua história. A organização espacial se reestruturou, e passou de economia pesqueira e de subsistencia, para organização voltada à atividade portuária. A necessidade de mão-de-obra atraiu centenas de trabalhadores da região, que devido à perspectiva de melhoria das condições de vida, como água encanada, luz elétrica, etc., são atraídos para a nova atividade econômica instalada na cidade. Todas as industria que surgiram neste processo estavam ligadas diretamente à exploração do carvão, seja pela materia-prima, o barro branco, seja pela prestação de serviço como hotéis, por exemplo.
Segundo Neu (2003), a colonização açoriana ocorreu somente a partir de 1715, quando uma expedição de imigrantes portugueses, composta por casais procedentes do Arquipélago dos Açores e da Ilha da Madeira. Na época, Imbituba era uma pequena vila. Alguns se dedicaram à pesca da baleia que até então era permitida e outros à agricultura. Muitas foram as manifestações da cultura popular açoriana deixadas em Santa Catarina, como por exemplo: os folguedos da Farra do Boi, o Boi de Mamão, as danças, o carro de boi, a olaria utilitária e decorativa, as festividades do Divino Espírito Santo, a culinária, além da variação linguística. E a emancipação político-administrativa de Imbituba ocorreu em 30 de agosto de 1923, mediante a Lei 1.451, sancionada pelo então governador Hercílio Pedro da Luz, em função de seu crescente desenvolvimento econômico.
4.1.1 Limites do Município
Imbituba faz fronteira com os municípos de Garopaba, Imaruí, Laguna e Paulo Lopes, como demonstrado na Figura 2.
Figura 2. Limites do Município
Fonte: Prefeitura Municipal de Imbituba (2013)
4.1.2 Centros Urbanos Próximos
O município dista 80km da capital Florianópolis, 40km do município de Tubarão e 120 km de Criciúma, centros importantes do Estado de Santa Catarina.
4.1.3 Características do Município
Como se pode observar no Quadro 1, e de acordo com estimativas do Censo 2010 do Institubo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Imbituba é de 40.170 habitantes, com uma unidade territorial de 182,929 km2, e com densidade demográfica por habitante por km2 de 220,06. Cidade pouco edificada, sua população se dispersa nos distritos do Mirim, Vila Nova e a Sede. O PIB é de 848.290 milhões e o PIB Per Capita é de 25.270,28.
Quadro 1. Características Gerais de Imbituba
População 2010
40.170
Área da unidade territorial (Km²)
182,929
Densidade demográfica (hab/Km²)
220,06
PIB
848.290 Milhões
PIB Per Capita
25.270,28
Fonte: IBGE (2010)
4.2 INDICADORES POPULACIONAIS
4.2.1 População de Imbituba
Conforme se pode constatar no Quadro 2, a população de Imbituba apresentou um aumento de 8,9% desde o último censo demográfico realizado em 2000. De acordo com as estimativas do IBGE (2010), para o ano de 2009, a população da cidade é composta de 38.882 habitantes, o equivalente a 0,64% da população do Estado. Imbituba é a 33ª cidade no ranking populacional catarinense.
Quadro 2. População de Imbituba – período de 1991 a 2010
ANO
POPULAÇÃO
1991
30.942
1996
32.876
2000
35.700
2005
38.681
2007
36.117
2009
38.882
2010
40.170
Notas: 1 Censos de Demográficos 1991,2000 e 2010.
2 Contagem populacional de 1996 e 2007
3 Estimativas populacionais de 2005 e 2009.
Fonte: IBGE (2010)
Considerando o período avaliado, o município apresentou uma taxa acumulada de crescimento populacional na orden de 8,9%. E, conforme definição do IBGE (2010), a população de Imbituba está localizada na área urbana.
A estrutura etária de uma população habitualmente é dividida em três faixas: os jovens, que compreendem do nascimento até 19 anos; os adultos, dos 20 anos até 59 anos; e os idosos, dos 60 anos em diante. Segundo esta organização, no município de Imbituba, em 2007, os jovens representavam 31,4% da população, os adultos 56,4% e os idosos, 12,2%.
Na sequência, apresenta-se os dados sobre a população imbitubiense no que se refere à aptidão ao trabalho.
4.2.2 População Apta ao Trabalho
A Figura 3 demonstra a população de Imbituba apta ao mercado de trabalho.
Figura 3. Gráfico sobre População Apta ao Mercado de Trabalho
Fonte: IBGE (2010)
Segundo a contagem populacional ativa no mercado de trabalho, o IBGE (2010) usa o índice População Economicamente Ativa (PEA) que caracteriza todos os indivíduos de um lugar que, em tese, estariam aptos ao mercado de trabalho, ou seja, todos os indivíduos ocupados e desempregados.
No Brasil, o IBGE calcula o índice PEA como o conjunto de pessoas que estão trabalhando ou procurando emprego. A pesar de o trabalho de crianças ser proibido no país, o IBGE calcula o PEA considerando pessoas a partir dos 10 anos de idade, uma vez que a realidade brasileira mostra uma situação diferente do que prevê a lei.
Desse modo, tomando-se por base a metodologia do IBGE (2010), a PEA de Imbituba, no ano de 2007, representava 86,4% dos habitantes.
4.3 INDICADORES SOCIAIS
4.3.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
Como demonstrado na Tabela 1, em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Imbituba alcançou 0,805, colocando o município na 106ª posição estadual neste indicador.
Tabela 1. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Imbituba – período de 1970/2000
ANO
EDUCAÇÃO
LONGEVIDADE
RENDA
IDH-M
1970
0,506
0,450
0,235
0,397
1980
0,620
0,546
0,861
0,676
1991
0,800
0,781
0,635
0,739
2000
0,894
0,827
0,693
0,805
Evolução no período
76,7%
83,8%
194,9%
102,8%
Fonte: SEBRAE (2010)
Considerando o período de 1970 a 2000, o IDH-M do município acumulou uma evolução de 102,8%. O maior avanço foi determinado pela dimensão renda, que no mesmo período evoluiu 194,9%.
4.3.2 Educação
A organização das informações a seguir permite avaliações sobre a evolução de diversos indicadores relacionados à educação no município de Imbituba. O Quadro 3 apresenta o número de alunos matriculados em 2009.
Quadro 3. Alunos Matriculados em 2009
EDUCAÇÃO
2009
OBSERVAÇÃO
1º Grau (Fundamental )
5.469
-
2º Grau (Médio)
1.359
De 450 alunos por ano, 20% ingressam no Ensino Superior
3º Grau (Superior)
2.000
-
Fonte: SEBRAE (2010)
Já o Quadro 4 traz o número de estabelecimentos de ensino, de acordo com as clases escolares, no ano de 2012.
Quadro 4. Número de Estabelecimentos de Ensino – dados de 2012
CLASSES ESCOLARES
N. DE ESCOLAS
Creches
14
Pré-escola
30
Ensino Fundamental
23
Ensino Médio
4
Educação Especial
1
Educação de Jovens e Adultos
1
Escolas Particulares – Nível Superior
2
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte de Imbituba (2013).
O Quadro 5 traça um comparativo escolar dos alunos matriculados por região.
Quadro 5. Comparativo Escolar da Região – Alunos de 2º Grau
município
alunos matriculados
Imbituba
1359
Laguna
1986
Garopaba
1000
Imaruí
419
Paulo Lopes
191
Fonte: SEBRAE (2010)
4.3.3 Saúde
A avaliação do desempenho municipal em relação aos aspectos ligados à saúde foi associada ao acompanhamento do total de estabelecimentos de saúde, como demonstrado no Quadro 6.
Quadro 6. Estabelecimentos de Saúde em Imbituba
TIPO
NÚMERO
Estabelecimentos de Saúde total
43
Estabelecimentos de Saúde público
30
Estabelecimentos de Saúde público municipal
30
Estabelecimentos de Saúde privado total
13
Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos
11
Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos
2
Estabelecimentos de Saúde privado SUS
8
Estabelecimentos de Saúde com internação total
1
Estabelecimentos de Saúde sem internação total
34
Estabelecimentos de Saúde com apoio a diagnostico e terapia
8
Estabelecimentos de Saúde sem internação público
28
Fonte: IBGE (2010)
Além dos estabelecimentos de saúde, a avaliação do desempenho municipal em relação aos aspectos ligados à saúde também foi associada ao número de leitos para internação por 1.000 habitantes, em comparação a Santa Catarina e Brasil, como consta na Tabela 2.
Tabela 2. Leitos de Internação por 1.000 Habitantes – nov. 2007
LEITOS
IMBITUBA
SANTA CATARINA
BRASIL
Leitos existentes por 1000 habitantes (total)
2,4
2,5
2,5
Leitos SUS por 1000 habitantes
1,9
1,9
1,8
Nota: Não possui leitos complementares.
Fonte: Ministério da Saúde (2013).
Como se pode constatar pela Tabela 2, no Estado, em 2007, havia 2,5 leitos de internação para cada 1.000 habitantes, índice que cai para 1,9 quando considerados os leitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo ano, conforme demonstrado, em Imbituba eram 2,4 leitos hospitalares para cada 1.000 habitantes, reduzindo para 1,9 leitos quando avaliada a oferta do SUS.
4.3.4 Domicílios
Segundo o Sebrae (2010), em 2000, Imbituba possuía 10.335 domicílios. Deste total, 88,4% eram próprios, 6,5% alugados, 4,9% eram cedidos e 0,3% tinham outra forma de ocupação, comparativamente a Santa Catarina e Brasil. Tal comparação pode ser apreciada na Tabela 3.
Tabela 3. Comparativo do Número de Domicílios
TIPOLOGIA
IMBITUBA
SANTA CATARINA
BRASIL
Próprio
9.132
1.190.558
33.306.136
Alugado
672
187.957
6.403.325
Cedido
503
113.522
4.532.093
Outros
28
6.705
553.547
Total
10.335
1.498.742
44.795.101
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4 INDICADORES ECONÔMICOS
Apresenta-se nesta seção uma visão geral de Imbituba sob o ponto de vista de seu desempenho econômico nos últimos anos. Desse modo, foram estudados aspectos como produto interno bruto, balança comercial, valor adicionado fiscal, volume de empresas e empregos, renda da população, finanças públicas e movimentações realizadas pelo setor primário. Nesta seção também são apresentados levantamentos de setores tradicionais, emergentes e com tendências de crescimento e participação na movimentação econômica municipal.
4.4.1 Divisão do PIB
Na avaliação dos setores produtivos de Imbituba, a agropecuária contribuiu com 3,0%, a indústria com 14,0% e os serviços com 51% do PIB municipal. A Tabela 4 apresenta a composição do Valor Adicionado Bruto de 2006, integrando a administração pública e impostos.
Tabela 4. Divisão do PIB
Serviços
323,976 Milhões – 51%
Indústrias
90,065 Milhões – 14%
Agropecuária
16,693 Milhões – 3%
Fonte: SEBRAE (2010)
A Tabela 5 apresenta o comparativo com outros municípios.
Tabela 5. Comparação com outros Municípios
INDICADOR
IMBITUBA
GAROPABA
LAGUNA
IMARUÍ
PAULO LOPES
População-Mil
40.170
18.138
51.562
11.672
6.692
PIB - Milhões
848.290
166.992
409.697
109.073
71.008
PIB Percapita - Mil
21.991,24
10.073,74
7.206,79
9.206,79
9.865,00
IDH
0,805
0,785
0,793
0,742
0,759
Fonte: SEBRAE (2010)
Na sequência, a Figura 4 apresenta Imbituba (destaque em vermelho) em relação ao PIB Estadual.
Figura 4. Gráfico Imbituba no PIB Estadual
Fonte: SEBRAE (2010)
O ranking do PIB da Região Sul é apresentado na Figura 5 a seguir.
Figura 5. Gráfico sobre Ranking do PIB da Região Sul – Valores em Milhões
Fonte: SEBRAE (2010)
Por sua vez, na Figura 6 consta o ranking do PIB Percapita.
Figura 6. Gráfico sobre Ranking do PIB Percapita
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.2 Setores Produtivos de Imbituba
Como demonstra a Figura 7, a maior fatia pertence ao setor de serviços, com um percentual de 75,02%. Já o setor indústria perfaz um total de 20,90% e a agropecuária com um percentual de 3,09%.
Figura 7. Gráfico sobre Setores Produtivos de Imbituba
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.3 Balança Comercial
Antes da análise dos dados de Imbituba, cumpre destacar as diferenças de metodologia para o cômputo das exportações por Unidade de Federação e Município. De acordo com a definição da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), para a Unidade da Federação, o critério para as exportações leva em conta o Estado produtor da mercadoria, independentemente de onde está localizada a empresa exportadora. Já no critério para as exportações por municípios leva-se em conta o domicílio fiscal da empresa exportadora, ou seja, os produtos contabilizados são de empresas com sede no município, independentemente de onde a mercadoria foi produzida. Desse modo, conforme demonstra a Tabela 6, em 2008, a balança comercial de Imbituba apresentou um saldo negativo de US$ 536.102.497. No período de 2004 a 2008, suas exportações apresentaram um decréscimo de 61,6% e as importações um crescimento de 816,2%.
Tabela 6. Balança Comercial de Imbituba
ANO
EXPORTAÇÕES
US$ FOB
IMPORTAÇÕES
US$ FOB
SALDO
2004
4.339.709
58.695.051
-54.355.342
2005
2.701.425
73.726.241
-71.024.816
2006
2.872.077
266.413.057
-263.540.980
2007
4.031.117
320.745.036
-316.713.919
2008
1.665.705
537.768.202
536.102.497
Evolução 2004/2008
-61,6%
816,2%
886,3%
Nota: Critério de Domicílio Fiscal.
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.4 Exportações e Importações
4.4.4.1 Relação das Empresas Exportadoras
Achou-se oportuno, para a identificação das empresas exportadoras do município de Imbituba, agrupá-las em conformidade às faixas de valores exportados em 2008.Desse modo, tem-se:
Quadro 7. Empresas Exportadoras
Até US$ 1 milhão em 2008
Bunge Fertilizantes SA
Cerâmica Artística Giseli Ltda EPP
Coral Comércio e Confecções do Vestuário Ltda. ME
Costa Leste Fornecedora de Navios Ltda. ME
Indústria Cerâmica Imbituba S.A.
Manuchar Comércio Exterior Ltda
Morartes Confecção Ltda. ME
Taniela dos Santos Lopes ME.
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.4.2 Principais Destinos das Exportações e Origem das Importações
Os três principais países de destino das exportações de 2008 de Imbituba foram: Chile, Argentina e Paraguai. Juntos, estes países representaram 68% das exportações do município. No mesmo ano, o Chile foi o principal país de origem das importações.
4.4.4.3 Principais Países de Destino das Exportações de Imbituba no Período de 2007-2008
Os principais Países de Destino das Exportações de Imbituba no período de 2007-2008 constam na Tabela 7.
Tabela 7. Principais Países de Destino das Exportações de Imbituba no Período de 2007-2008
Ordem – País de destino
Exportações em 2008 US$ FOB
1º Chile
475.858
2º Argentina
470.763
3º Paraguai
186.462
4º Reino Unido
89.888
5º Angola
40.927
6º Bahamas
37.506
7º Panamá
37.416
8º África do Sul
36.815
9º Bolívia
34.280
10º Guiana
29.256
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.4.4 Principais Países de Origem das Importações de Imbituba no Período de 2007-2008
Como demonstrado na Tabela 8, os principais países de origem das importações de Imbituba no período de 2007-2008 são:
Tabela 8. Principais Países de Origem das Importações de Imbituba no Período de 2007-2008
Ordem – País de Origem
Importações em 2008 US$ FOB
1º Chile
302.567.510
2º Argentina
41.605.471
3º Uruguai
33.359.200
4º Marrocos
29.877.913
5º Federação da Rússia
27.874.160
6º Espanha
25.368.854
7º China
21.663.503
8º Alemanha
12.332.647
9º Estados Unidos
12.126.225
10º Belarus
10.783.885
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.5 Valor Adicionado Fiscal - VAF
Conforme a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina (2009), em 2007, o VAF catarinense atingiu as cifras de R$ 69,6 bilhões. Neste ano, Imbituba respondeu por 0,48% deste valor.
Já considerando o período de 2003-2007, a evolução acumulada do VAF do município foi de 43,2% contra um aumento estadual de 57%.
Ainda segundo a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina (2009), as atividades econômicas mais representativas em Imbituba são o comércio atacadista especializado em outros produtos, com participação de 38,5%, representantes comerciais e agentes de comércio, exceto de veículos automotores e motocicletas, 17,6%; transporte rodoviário de carga 5,5%; extração de outros minerais não metálicos 4,9%; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 4,6%; comércio varejista não especializado 3,6%; telecomunicações por fio 3,6%; moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais 3,2%; outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas 3,0%; fabricação de produtos cerâmicos 2,6%.
4.4.6 Empresas e Empregos
Segundo o Sebrae (2010), tendo como referência dezembro de 2008, em Imbituba havia 2.211 empresasformais, as quais geraram 5.898 postos de trabalho com carteira assinada, conforme se pode constatar na Figura 8.
Figura 8. Gráfico sobre Número de Empresas e Empregos Formais em Imbituba no Período de 2004-2008
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.6.1 Taxa de Criação de Empresas e Empregos
De acordo com o Sebrae (2010), no período de 2004 a 2008, a taxa média de criação de empresas no município foi de 5,2% e a de empregos, 4,7% ao ano.
4.4.6.2 Taxa Acumulada de Criação de Empresas e Empregos, segundo Brasil, Santa Catarina e Imbituba, no Período de 2004-2208.
O comparativo da taxa acumulada de criação de empresas e empregos no período de 2004 a 2008 é apresentado na Figura 9.
Figura 9. Gráfico sobre a Taxa Acumulada de Criação de Empresas e Empregos - Período 2004-2008
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.7 Caracterização do Porte Empresarial
Conforme se pode constatar nas Figuras 10 e 11, as 2.211 empresas formais e os 5.898 empregos gerados no município, em 2008, de acordo com o critério de classificação do porte empresarial, são detalhados em números absolutos e participação relativa.
Nota: Portes - microempresa (ME), pequena empresa (PE), média empresa (MDE), e grande empresa (GE).
Figura 10. Gráfico sobre o Número de Empresas e Empregos Formais em Imbituba, segundo o Porte - 2008
Fonte: SEBRAE (2010)
Nota: Portes - microempresa (ME), pequena empresa (PE), média empresa (MDE), e grande empresa (GE).
Figura 11. Gráfico sobre a Participação Relativa das Empresas e Empregos Formais em Imbituba, segundo o Porte - 2008
Fonte: SEBRAE (2010)
4.4.8 Perfil Setorial das Empresas e Empregos
Em relação ao recorte setorial, como se pode constatar pela Tabela 9, o segmento do comércio é o mais representativo em número de empresas. No entanto, o setor de prestação de serviços é o que mais