A economia pós-25 de Abril, o preço a travar o IPO da Luz Saúde e os salários no PSI

A economia pós-25 de Abril, o preço a travar o IPO da Luz Saúde e os salários no PSI

Bom dia,

A poucos dias do 50.º aniversário do 25 de Abril, o Negócios tem vindo a publicar uma série de trabalhos dedicados ao tema. Esta quarta-feira olhamos para a economia e para a bolsa no pós-Revolução. Da adesão à UE, às crises quase coladas no final dos anos de 1970 e início da década de 1980. A economia portuguesa teve altos e baixos, como acontece em todos os países. Nos últimos 50 anos, Portugal atravessou sete crises.

Foi pelo Diário de Notícias que investidores e "traders" souberam, a 25 de abril de 1974, que a bolsa não iria abrir. Só voltou a funcionar em pleno três anos depois, com 80% do valor perdido, mas com maior abertura ao estrangeiro. Eram tempos de vida turbulenta na bolsa e negociação em cima do capô.

E por falar em bolsa, a Luz Saúde estava prestes a regressar, mas decidiu cancelar a operação que já decorria. Segundo a empresa havia apetite pelas ações mas as condições do mercado ditaram a decisão. Os analistas apontam para um potencial desfasamento entre o preço esperado e o que os investidores estavam dispostos a pagar.

A Galp Energia atingiu o marco de cotada mais valiosa do principal índice da bolsa de Lisboa. Com um "rally" patrocinado pela Namíbia, a petrolífera liderada por Filipe Silva já vale mais de 15,5 mil milhões de euros. A capitalização de mercado representa um quinto do total do PSI.

Os salários dos CEO do PSI cresceram 5,7% em 2023. As remunerações dos líderes das empresas cotadas no principal índice acionista não tiveram uma evolução uniforme, tendo sido registadas subidas expressivas, mas também descidas volumosas. Pedro Soares dos Santos, do grupo Jerónimo Martins, foi o CEO com a remuneração bruta mais volumosa em 2023 e a maior subida percentual face a 2022. Filipe Silva, da Galp, teve a maior queda. No total, receberam 19 milhões de euros.

Na edição do Negócios pode ainda ler sobre os preços da habitação em Portugal, que cresceram no ano passado bastante acima das previsões da Comissão Europeia e os indicadores de sobrevalorização voltaram também a agravar-se. Apesar disso, os riscos de uma “correção forte” de preços que eram identificados em novembro passado por Bruxelas parecem para já afastados, com um novo relatório a apontar apenas para moderação.

E hoje hoje ao ao plenário do Parlamento a proposta de lei do Governo, que prevê uma descida de IRS, com um impacto de 348 milhões de euros na receita e que abrangerá todos os escalões à exceção do último. Tem garantido o voto favorável da Iniciativa Liberal, mas em relação aos demais partidos, tudo pode acontecer. O Chega, que inicialmente anunciou que se ia abster, veio entretanto dizer que, perante a ausência de qualquer contacto por parte dos partidos que suportam o Governo e de reação destes à proposta que ele próprio apresentou, já admitiu até poder votar contra e apoiar antes a proposta do PS.

Boas leituras e bom feriado!

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