Edição Julho 2024
Em estudo publicado na semana passada, encomendado pelo G20 na esteira da proposta da presidência brasileira para taxação de grandes fortunas, indica-se que uma taxa anual de 2% sobre o patrimônio dos bilionários globais (cerca de 3.000 pessoas no mundo, dos quais 50 brasileiros) geraria a oportunidade de arrecadação adicional na casa dos US$ 250 bilhões anuais, que poderiam ser direcionados para a redução das desigualdades sociais e para a agenda ambiental. Na mesma linha, pelo menos desde os anos 1960, economistas de várias partes do globo defendem que a realocação de pequena fração dos gastos militares mundiais – que em 2023 atingiram a marca de US$ 2,4 trilhões – poderia ser destinada a fundos de redução da pobreza e mitigação de impactos ambientais de nossas atividades econômicas.
No que se refere aos desafios do financiamento para a transição ecológica global, são propostas que fazem todo o sentido, se considerarmos, por exemplo, que o 1% mais rico da população global é responsável direto pela emissão equivalente aos 2/3 mais pobres, ou cerca de 5 bilhões de pessoas. No que se refere aos orçamentos militares, Estados Unidos (37%), China (12%), Rússia (4,5%) e Índia (3,4%) lideram os gastos, ao mesmo tempo em que figuram também entre os Top 5 em termos de emissões de gases de efeito estufa acumulada nas últimas décadas.
Entretanto, a julgar pelos resultados das discussões ocorridas há duas semanas, durante a Conferência de Bonn, preparatória para a COP29, em novembro, ainda não podemos considerar que as alternativas acima estão sobre a mesa. Muito embora haja consenso entre os países sobre a relevância do tema ‘financiamento climático’, pouco se avançou no desenho de novas propostas, e o dissenso sobre responsabilidades compartilhadas – mas diferenciadas – persiste.
Desafios e oportunidades relacionados ao financiamento climático para o setor privado
Os desastres climáticos estão se tornando cada vez mais frequentes e severos, causando danos significativos tanto à infraestrutura pública quanto ao setor privado. A recuperação e a reconstrução após esses eventos exigem recursos financeiros substanciais e uma diversificação das fontes para preenchimento da lacuna de financiamento. Leia Mais >
O financiamento climático do setor público para a adaptação urbana
O mês de maio de 2024 entrou para a história do estado do Rio Grande do Sul devido a fortes chuvas e inundações, trazendo à tona a questão da adaptação climática urbana. Infelizmente, a discussão sobre essa temática tem seus picos após a ocorrência de desastres naturais, quando os impactos são ampliados em regiões cuja infraestrutura urbana não está preparada para seu enfrentamento. Leia Mais >
SWEEP , nossa nova parceira tecnológica, irá te ajudar a monitorar seus dados de carbono e ESG
Um dos principais desafios relacionados à estratégia de sustentabilidade é fazer a gestão dos indicadores e traçar metas realistas de redução. Para ajudar neste processo, anunciamos uma parceria estratégica com a Sweep, uma plataforma de software de gerenciamento de dados de sustentabilidade.
A Sweep é uma plataforma de Software como Serviço (SaaS) com uma interface amigável que permite que as empresas centralizem, organizem e analisem conjuntos de dados massivos em toda a organização e sua cadeia de valor. A plataforma utiliza IA para simplificar as tarefas, oferecendo recursos como relatórios automatizados, análise de dados e engajamento de fornecedores, todos acessíveis por meio de painéis personalizáveis.
Agora nos unimos à Sweep para nos tornarmos seu parceiro estratégico e agente de revendas no Brasil e temos o prazer de oferecer aos nossos clientes uma nova experiência em gerenciamento de dados de sustentabilidade por meio de seu software. Com a Sweep, nossos clientes poderão aproveitar os dados do CDP, IFRS e SBTi para tomar medidas orientadas por dados em suas metas de sustentabilidade.
Para saber mais, entre em contato conosco.
Estivemos na RPPN de Jacob, em Nova Ponte/MG, mantida pela ENGIE Brasil , para realizar mais uma edição da nossa ferramenta "Mural da Biodiversidade" com a equipe de sustentabilidade da empresa.
O Mural é uma dinâmica colaborativa de aprendizado e sensibilização sobre os principais conceitos e relações de causa e consequência da atual crise da biodiversidade que enfrentamos.
Além de contribuir com esse momento de reflexão sobre as questões climáticas e de biodiversidade, pudemos conhecer o trabalho de reabilitação e reintegração de animais silvestres promovido pela ENGIE.
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Apresentamos para a EDF um panorama abrangente dos riscos de eventos climáticos extremos para o setor elétrico, com ênfase nos impactos das mudanças climáticas. A apresentação abordou em detalhes o Protocolo ISO 14091:2021, uma ferramenta crucial para a avaliação criteriosa dos riscos e oportunidades associados ao clima sobre infraestruturas.
Na ocasião, compartilhamos nosso Infográfico Riscos Climáticos em Organizações e Infraestruturas, disponível gratuitamente pelo link abaixo.
A Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD) está desenvolvendo uma estrutura para auxiliar as empresas a avaliarem e divulgarem seus riscos e oportunidades relacionados à natureza.
Dentre os benefícios que a adesão ao reporte TNFD podem gerar, estão a melhoria no mapeamento, gerenciamento e divulgação de riscos associados à natureza, identificação de oportunidades e aumento na resiliência e perenidade do seu negócio, além de fortalecimento da reputação da empresa e aumento da facilidade para acesso a financiamentos. Leia Mais >
O LIFE Institute Global faz parte da Coalizão LIFE de Negócios e Biodiversidade, um grupo de empresas que tem por objetivo acelerar a inserção da biodiversidade nos negócios.
O Instituto tem sua própria metodologia, a Metodologia LIFE, na qual temos expertise e somos consultores credenciados. Nessa parceria, estamos desenvolvendo o Manual de Integração LIFE e TNFD, sobre o qual falamos no 1° Encontro da Coalizão LIFE de Negócios e Biodiversidade.
No evento, nossa Coordenadora de Biodiversidade apresentou os resultados preliminares do Manual, explorando a aderência da Metodologia LIFE às etapas do LEAP (Localizar, Estimar, Avaliar e Preparar) e às 14 recomendações do framework referente aos pilares de Governança, Estratégia, Gestão de Risco e Impacto, e Métricas e Metas.
A mudança climática vem impondo importantes desafios para o planejamento das cidades, que buscam reduzir suas emissões ao mesmo tempo em que precisam lidar com eventos climáticos extremos.
Nosso Coordenador de Clima falou um pouco sobre esse assunto na 3ª Mostra Sustentável Manaus Verde, promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (SemmasClima) da Prefeitura Municipal de Manaus , onde apresentou o processo de criação de um plano de ação climática, abordando seus passos, como a elaboração de um inventário de emissões e o levantamento e análise de riscos climáticos.
Nossa Líder em Projetos em Análise de Riscos Climáticos nos representou no Brazil Water Week 2024, que reuniu especialistas, pesquisadores, profissionais e autoridades para discutir a gestão hídrica no Brasil e no mundo, com a participação de instituições como o World Water Council, International Water Association (IWA), e Banco Mundial. O evento abordou os impactos das mudanças climáticas no saneamento básico, destacando a tragédia recente no Rio Grande do Sul como exemplo. Os debates focaram em soluções inovadoras, a melhoria no mapeamento e gestão de riscos climáticos, e a universalização dos sistemas de água e esgoto, enfatizando infraestruturas resilientes e a adaptação às mudanças climáticas, com destaque para Soluções Baseadas na Natureza e investimentos em inovação e resiliência.