Editora Viva e as promessas da Educação através de dispositivos móveis
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Editora Viva e as promessas da Educação através de dispositivos móveis

Durante um ano, eles se debruçaram sobre o desafio com a mesma obsessão dos perfeccionistas: criar uma multiplataforma de educação superior – então inexistente no mercado – que levasse a estudantes e profissionais de áreas tão distintas como Direito, Finanças e Saúde uma série de conteúdos exclusivos em ensino especializado. O único pré-requisito? Que os clientes possuíssem um tablet ou celular.

Foi a partir desta premissa abrangente e ao mesmo tempo direcionada que três sócios baianos resolveram dar forma à Editora Viva, uma lean startup voltada para o fornecimento de materiais educativos como eBooks, videoaulas, audiolivros e palestras a usuários online de todo país. O meio para casar produtores e consumidores desse conteúdo veio a partir da construção de plataformas interativas, que vão desde os sites e portais aos aplicativos mobile, disponíveis nos produtos que todo brasileiro – sem nenhum medo de exagerar – tem ao alcance das mãos: os tablets e celulares. Para Rico Nery, sócio e diretor executivo da empresa, trata-se deste público, especialmente aquele ávido por consumo de informação e cada vez mais dependente dos seus gadgets, para quem a notícia de uma fornecedora de livros digitais e outras mídias não poderia ser mais bem-vinda. “É preciso oferecer educação de qualidade dentro do universo digital”, afirma Nery. “Aplicativos não servem apenas para jogar ou conversar com amigos nas redes sociais. Eles também devem educar”.

Pensando justamente em fomentar o catálogo de conteúdo dentro de suas plataformas de nicho, a exemplo da recém-criada Viva Direito (com foco em conteúdo jurídico), a Editora Viva não perdeu tempo: fechou parcerias de peso com várias provedoras de material especializado, como a JusPodivm (líder no setor de vendas de material jurídico, com mais de 200 títulos publicados em 2014), a LTr, a Push! Questões, a JusVirtua, a Múltipla, o Instituto Baiano de Direito Processual e Penal (IBADPP) e a Freitas Bastos. Estendeu-se ainda para a área das finanças, fechando contrato com a AZ FuturaInvest (Azimut Group) para o desenvolvimento da sua segunda plataforma, a ClickInvest, que em breve será lançada no mercado.

Ao longo deste rápido processo de expansão, a Editora Viva viu-se traçando a sua própria rota no mapa ainda incipiente dos mercados digitais – onde nem sempre prevalece a lei do mais forte. “No mundo digital, neste nicho de infoprodutos, não há predileção por um parceiro ‘A’ ou ‘B’”, explica Rafael Santos, diretor de criação e outro sócio. “Para nós, e muito também para o consumidor, o importante é a qualidade do que se produz e se veicula, e neste quesito nosso trabalho caminha com a mesma confiança das empresas de maior porte”.

A confiança do grupo não é gratuita. Desde o início do processo de Incubação de Empresas no Programa de Empreendedorismo e Inovação do SENAI Bahia, a Editora Viva tem ganhado destaque pela clareza do plano de negócios (plataformas com exclusividade de conteúdo), o pragmatismo do portfólio (metas capazes de atrair visitações por contingência), e, naturalmente, a espinha dorsal de seu modelo sustentável: parcerias saudáveis com os fornecedores de material educativo, agora entrando na safra da Saúde. “Precisamos afugentar a ideia equivocada de que o livro digital mina o crescimento do livro físico. Os parceiros podem se beneficiar com os dois modelos”, diz Marcos Sepúlveda, diretor de desenvolvimento da startup. “Como já se comprovou, ambas as alternativas – impressa e digital – podem coexistir no mesmo espaço. Não se trata de um mercado de soma-zero, onde um deve perder para o outro ganhar”, emenda Rico Nery.

Guiados por essa filosofia, e sustentados pelas projeções positivas do mercado – a consultora americana PricewaterhouseCoopers estima que, em 2018, o lucro das editoras com livros digitais já chegará a ser maior do que o valor arrecadado com a venda de livros impressos –, a startup amealhou a confiança e o aporte financeiro da DATEN de um grupo investidor externo, líder no mercado de tecnologia de hardware.

As razões para a convicção do investidor são muitas. Pesquisa feita na base e expandida para as suas plataformas no Facebook fortaleceu na Editora Viva as certezas de uma trajetória promissora: perguntados sobre as vantagens do livro digital, um universo de 100 usuários listou “capacidade de consumo em diversos meios” (64%), “possibilidade de levar o conteúdo ‘a qualquer lugar’” (61%), e “preço (38%) como os grandes diferenciais para a sua adoção em massa no Brasil (o que já vem acontecendo nos Estados Unidos).

Canal Viva Direito – Aliando a inclinação de consumidores na direção destas promessas, os três sócios voltaram à mesa de negócios para segmentar os seus públicos-alvo potenciais. Não por acaso, encontraram no estrato de consumidores de educação superior – uma categoria seleta, exigente e capaz de votar suas preferências com o bolso – o seu foco de atuação. O passo inaugural, quase como resposta imediata às tantas demandas do setor, veio na forma de uma plataforma jurídica, a mencionada Viva Direito, que chegou para atender a um público de mais de 62 mil bacharéis colocados por ano no mercado brasileiro e que logo se juntarão ao contingente de quase um milhão de advogados cadastrados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“Sozinho, o Brasil tem mais faculdades de Direito do que todos os demais países do mundo somados”, informa Nery, valendo-se de dados extraídos da própria OAB. “É este mercado – além dos outros porvir – que queremos atender”.

A plataforma Viva Direito já encontra-se disponível na web e em aplicativos para tablets e celulares, tanto nos sistemas operacionais Android como iOS.

Segurança para além do ePub – Uma das maiores preocupações da empresa revoluciona em torno da segurança dos seus produtos que, como é típico do meio digital, sofre constantes ataques de sabotadores de copyright; seja pela facilidade de encontrar o mesmo conteúdo em sites pirata, seja porque hackers encontraram uma saída para burlar direitos autorais da indústria, quebrando códigos de proteção e disponibilizando materiais em prejuízo dos que vivem de sua produção e gerenciamento. “Solucionamos este problema por meio de um robusto investimento em tecnologia, onde todos os nossos conteúdos ficam armazenados e criptografados na nuvem”, informa Gustavo Perez, diretor executivo da MTM Tecnologia, empresa de tecnologia contratada pela Editora Viva para dar conta de suas demandas de proteção. “Tão pronto o material ‘sobe’ para um dos nossos servidores criptografados, nem mesmo nós temos acesso a eles”, acrescenta Sepúlveda, responsável pelos códigos que dão vida às plataformas da startup.

Por essas razões, a Editora Viva acredita num futuro favorável para os seus negócios e para a sua progressiva carteira de clientes, tanto da parte dos usuários de sua plataforma quanto dos produtores de conteúdo, que poderão contar com um marketplace exclusivo para apresentar e vender seus títulos.

Cybele Cypriano

Psicóloga Clínica, Administradora, Mentora, Mestre e Doutora em Saúde

9 a

Rico Nery, eu gostaria de conversar a respeito de um projeto meu na área da psicologia que pode te interessar. Cybele Cypriano

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