A educação no Brasil é inspirada internacionalmente?

Vocês já sabem que sou mestranda na MUST University , no curso Tecnologias Emergentes em Educação, e esta experiência está sendo uma delícia! E como uma das melhores formas de aprender é ensinar, comecei a falar sobre meus avanços de aprendizado neste post sobre "Como se deu a evolução do currículo no Brasil". Porém, como os assuntos rendem e quero ouvir e ler vocês também, vou transpor minhas percepções sobre os assuntos aprendidos para artigos aqui na rede.

Ainda no contexto sobre surrículo, uma das provocações foi sobre as políticas educacionais amparadas em um contexto globalizador. O desenvolvimento dos currículos brasileiros é mais complexo do que aprendi na Licenciatura; no que diz respeito à elaboração das competências, conhecimentos, atitudes, habilidades, emoções e valores tivemos grande influência de políticas internacionais, os nossos programas consideram essas inspirações externas tanto no âmbito da educação privada quanto da pública; desde o recebimento de investimentos monetários a regras e políticas no processo educativo do país.

A “Association for the Advancement of Curriculum Studies (IAACS)” é um dos exemplos desse pensamento para um currículo global, das reuniões já realizadas para discutir sobre a importância do debate acadêmico que ultrapasse fronteiras, o Brasil participou em 2012, o que reforça a ideia de influências internacionais em nossos currículos. Moreira (2012), ressalta que os fundadores da IAACS, tem o intuito, “ao promover a organização, de proporcionar apoio aos debates acadêmicos locais e internacionais sobre conteúdos, contextos e processos educacionais, que encontram no currículo seu centro organizacional e intelectual.”

Isto faz com que ocorra um pensamento conjunto para ajustes na forma de ensino e, também, o que se observa na prática e há de se ter cautela são as questões sociais, culturais e econômicas em sala de aula, é dever do Estado, Municípios, corpo docente e demais envolvidos nesse processo, considerar a comunidade e os sujeitos que trabalharão esses currículos, a aplicabilidade real que o aluno poderá fazer no seu meio. Assim, os resultados desses debates devem ser adaptados para cada região e indivíduo que será impactado pela “nova proposta”.

Entre os modelos de currículos que influenciaram e influenciam os métodos de ensino brasileiro temos:

• de origem britânica: promove o desenvolvimento de habilidades pessoais e acadêmicas, com estrutura interdisciplinar; este modelo possibilita ao aluno se formar como um cidadão para atuar globalmente.
• de origem sueca: promove ao estudante o desenvolvimento do pensamento crítico e atitudes comunicativas, neste modelo o indivíduo sai preparado para estudar no exterior, pois se formam como “cidadãos do mundo”.
• de origem australiana: neste modelo o aprendizado se aproxima da realidade e necessidades dos alunos, considerando que todos tem o direito de aprender igualmente.

Arrisco-me a dizer que mais do que nunca teremos influências internacionais em destaque, tendo em vista as novas tecnologias e o avanço da Inteligência Artificial, já bastante à frente em suas práticas e produções acadêmicas no exterior, o Brasil certamente aproveitará essas referências para inovar e melhorar os seus mais diversos currículos.

Moreira, A. F. B. (2012). A internacionalização do campo do currículo. Revista Contemporânea de Educação, 7(13), janeiro/julho. Acesso em 25 de fevereiro de 2024.

E, por aí? O que você tem visto nos currículos escolares que teve inspiração internacional?