A educação continuada com o passar da idade
Alto desempenho e capacidade de inovação são parâmetros onde os profissionais precisam se destacar, e uma educação continuada vai muito além de ofertar cursos para ensinar a ser gestor. Qualificar-se permanentemente ao longo da vida não é somente se manter atualizado e requer investimento pessoal, criatividade e flexibilidade.
O mercado tem cada vez mais priorizado a inovação à produção, mas precisamos refletir em como não ficar para trás numa corrida acirrada com os obstáculos de aprendizado que a idade impõe: falta de paciência, dificuldades de entendimento ou até mesmo uma carência de habilidades cognitivas. Mas até que ponto isso é realmente um problema?
Segundo a neurocientista Eleanor Maguire, pesquisadora da Universidade College London, a coisa pode não ser bem assim. Num estudo, em que acompanhou o desenvolvimento de taxistas de Londres por 4 anos, Eleanor constatou que, ao longo do tempo, eles adquiriram mais experiência e, com isso, tinham mais facilidade em responder a testes que incluíam exercícios de memorização e lógica. Aqueles que passaram pelo período de aprendizado, se mostraram significativamente mais bem-sucedidos do que os outros. Isso mostra que a capacidade de aprendizado de uma pessoa adulta permanece intacta ao longo do tempo.
Ora, lifelong learners são, antes de tudo, pessoas curiosas que buscam sempre agregar a seu próprio conhecimento por meio de tudo aquilo que os cerca, e isso não tem nada a ver com idade, colocando por água abaixo muitos pré-conceitos. Vejam por exemplo o jornalista Boris Casoy que, aos 80 anos, decidiu se matricular no curso de Medicina Veterinária.
Buscar especialização e conhecimento dentro e fora das salas de aula não é mais um diferencial, mas uma necessidade que não pode ter limitações de idade, quiçá ainda aumente com o passar dela.
Em 2060, 25,5% da população brasileira será composta de pessoas na faixa etária acima dos 60 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o que certamente leva a uma conclusão: cada vez mais pessoas com 50 anos
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ou mais estão e continuarão no mercado de trabalho.
O preconceito etário é cultural e o culto à juventude, em que só é produtivo ou bonito quem é jovem, ainda está bastante enraizado. Muitas empresas ainda conservam um pensamento de que essa faixa etária não é capaz de se adaptar ao novo mercado, às novas tecnologias, ao ambiente de trabalho mais dinâmico, o que a torna improdutiva mas, esse pensamento corporativo retrógrado, tende a diminuir com a mudança do panorama no mercado profissional, afinal o profissional 50+ já passou por crises nacionais e mundiais, mudança de moeda, guerras, quebra de bolsa etc, um know-how que pode trazer base para muitas decisões estratégicas.
Ricos em soft skills, como resiliência, adaptabilidade, criatividade, pensamento crítico e analítico, esses profissionais têm plena capacidade (e dever) de manter um aprendizado contínuo dentro e fora das salas de aula e mostrar que seja qual for a idade, dificuldades existirão sempre, mas as que aparecem pelo caminho também são oportunidades de cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.
Boa semana!
Never, ever
Consultor | Palestrante | Mentor | Liderança Espiritualizada | LIDERGIA - A energia que emana da lideranca
2 aPara essas empresas que ainda pensam assim, Vilma Mendes, vou me permitir parafrasear o ministro Barroso ao dizer, lá em Nova York: "perdeu, Mané."
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2 aAprender sempre! Um belo convite, Vilma! Não atendê-lo é jogar com a sorte!