Educação Financeira e a mesada das Crianças...O que fazer?

Se para os adultos é difícil resistir às tentações do consumo, imagine para as crianças, não é mesmo?

Basta dar uma passadinha rápida pelos canais infantis que pipocam nas redes de TV a cabo! São milhares de propagandas coloridas, chamativas, repletas de criancinhas felizes, se esbaldando com um brinquedo novo ou com uma guloseima apetitosa.

Além da TV, os pequenos são bombardeados também pela internet, pois, navegam como ninguém! Até de redes sociais eles participam, apesar de terem a restrição de que o usuário tenha mais de 18 anos.

O fato é que as crianças estão mais antenadas do que nunca no mundo do consumo e tendem a se tornar cada vez mais consumistas, se não forem corretamente orientadas. 

Alguns acreditam que não é necessário dar mesada aos filhos ou têm dúvidas a respeito, outros dão mesada, porém administram essa decisão de forma equivocada.

O ideal é que as crianças recebam uma certa quantia que administrem por conta própria, contando, é claro com a orientação dos pais.

A partir dos 6 ou 7 anos, a criança pode receber uma “semanada”, já que ainda é muito nova para lidar com espaços de tempo mais longos. O ideal é que seja dada sempre a mesma quantia e no mesmo dia da semana. A partir dos 8 anos, o tempo pode aumentar, por exemplo, para uma quinzena. E, a partir dos 11 ou 12 anos, a frequência pode se tornar mensal.

Quanto ao valor, ele deve ser dosado pela condição financeira dos pais e pelo bom senso, e não pelo valor que “o amiguinho recebe”.

Alguns pontos são importantes: a mesada não pode servir como recompensa para atividades que fazem parte das obrigações da criança, ou seja, arrumar o próprio quarto, guardar suas coisas, arrumar os brinquedos, ter boas notas na escola. Tudo isso é obrigação da criança e não está vinculada à mesada. Caso a criança se recuse a cumprir essas tarefas, a mesada também não deve ser retirada. Os pais devem encontrar outro meio de “punição”, como por exemplo, tirar o vídeo game ou internet por alguns dias, ou alguma outra coisa que a criança goste. 

A mesada também não pode ser destinada à compra de produtos essenciais, que devem ser providos pelos pais como, por exemplo, o lanche da escola.

As regras devem ser claras quanto ao destino que a criança deve dar ao dinheiro. Os pais devem explicar que a mesada é para comprar coisas que a criança deseja e que ela pode usar o dinheiro para comprar produtos de menor valor hoje -  como guloseimas, brinquedos ou outros artigos de pequeno valor –, ou pode optar por começar a poupar e então, em um determinado prazo de tempo, ela poderá começar a comprar coisas mais caras que deseja ter.

No Coaching Financeiro, temos o conceito dos “potes”, que representam o destino do dinheiro que está sendo guardado. No caso das crianças, ela pode criar um pote para diversão, que seria o dinheiro para coisinhas que trazem alegrias de curto-prazo e um outro pote para o futuro, que seria destinado aos objetivos de prazo mais longo, por exemplo para comprar coisas de maior valor ou mesmo para investir.

Investir???? Sim! Tem crianças que já fazem isso! Pedem para os pais guardarem parte da mesada para o futuro. Neste caso, claro, é necessário buscar uma aplicação que dê uma rentabilidade,  mesmo que pequena, para esses recursos. Mas, gradualmente, os investimentos podem ir se sofisticando e o dinheirinho da mesada pode conseguir arcar com feitos surpreendentes no futuro.

Aprenda mais como lidar com o seu dinheiro e o da família com o Coaching Financeiro!

 Rosimara Donadio - Donadio Academy

Coach Financeiro – Certificada pelo Instituto Coaching Financeiro. Mestre em Economia e Doutoranda em Finanças pela USP. Certificação em Psicologia Econômica.

E-mail: Rosimara.coach@gmail.com / Tel: (11) 3042-0465 

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