Educação Financeira para Profissionais Liberais. A importância em saber administrar suas Finanças
Desde o surgimento do sistema capitalista as pessoas tiveram a necessidade de se adaptar ao novo conceito de dinheiro e suas variações, quando comparado aos sistemas anteriores. A educação financeira surge como resposta para orientar a tomada de decisões, informando sobre os serviços financeiros ofertados, sobre necessidades e desejos de consumo, de necessidades de poupança, financiamento e juros, investimentos e rendimentos. Pode ser entendida como o conjunto de informações que auxiliam as pessoas a lidarem com a sua renda, com a gestão do dinheiro, com gastos e empréstimos monetários, poupança e investimentos de curto e longo prazo. Assim, a difusão da educação financeira às pessoas impactaria na forma como estas poderiam aproveitar as oportunidades de produtos e serviços ofertados de uma forma consciente.
Nesse contexto, sempre ouvimos de nossos pais que ter uma boa educação é a chave para abrir muitas portas, pois bem, ter uma Educação Financeira pode te levar a conseguir conquistar seus sonhos. Portanto, é importante saber como rentabilizar através de uma “Boa Educação Financeira”.
As decisões financeiras são tomadas diariamente e estas terão impacto na vida pessoal dos indivíduos. Por conseguinte, adquirir conhecimento de Educação Financeira Pessoal é investir diretamente para melhorar a qualidade de vida e aumentar a sua produtividade, visto que influencia diretamente nas suas decisões econômicas pessoais e profissionais. Assim, esse conhecimento específico e adquirido através de estudo, pode auxiliar as pessoas na administração de seus rendimentos e nas tomadas de decisões de poupança e investimento.
Além disso, a Educação Financeira deve e já está sendo inserida nas escolas para que isso seja desenvolvido junto com outros conhecimentos básicos. Dessa forma teremos mais investidores conscientes num futuro próximo. Assim, quando iniciamos nossas vidas profissionais, muitos já vimos sonhando com os resultados do trabalho, ainda não realizado, muitas vezes incentivados pelo sucesso de colegas da profissão que escolhemos. Porém, toda teoria quando colocada em prática requer alguns ajustes e o resultado pode não ser o mesmo.
Com o consumismo do país aumentando consideravelmente nos últimos anos através de incentivos por parte do governo, como no caso da redução do IPI dos carros em um país onde todos são apaixonados por estes, e excelentes campanhas de marketing das empresas tornando o desnecessário cada vez mais atrativo, e a própria obsolescência programada, onde compramos um smartphone da geração tal ou número tal, sabendo que a próxima muito em breve será lançada.
Todo esse consumismo feito por jovens empresários ou profissionais “despreparados” para fazer uma análise real da condição da compra. Eu preciso disso realmente? Eu posso comprar? Cabe no meu orçamento? Como devo realizar a compra? À vista ou a Prazo? Cheque, dinheiro ou cartão? Com isso, o endividamento do brasileiro aumenta aceleradamente e o descontrole financeiro junto com ele. Sendo assim, o profissional liberal que não estiver com suas contas detalhadas o suficiente para que possa planejar seu futuro, cada vez mais estará pensando, e quem sabe, se tornar um funcionário para que esses problemas desapareçam. Só que eles não vão desaparecer, pois a maioria dos problemas financeiros que temos não está relacionado a quanto ganhamos, e sim como gastamos o que ganhamos. Nesse sentido, cada dia mais se faz necessário um bom controle de nossas contas e rendimentos.
Agora imagine que além de administrar as contas de casa, você ainda tenha que administrar as contas de sua empresa, e mais, ter que distingui-las? Esse dilema é comumente encontrado entre os profissionais liberais.
Entretanto, sem muitas mudanças e com pouco esforço, adquirindo alguns hábitos, faz-se facilmente uma distinção entre as contas pessoais e profissionais, e ainda, consegue-se descobrir o quanto sobra ao final de cada período e o que fazer com esta sobra. Logo, por meio de uma agenda, um bloco de notas ou até de uma planilha virtual, anotando todos os gastos e rendimentos diários, semanais ou mensais, podemos facilmente ter uma contabilidade de nossas economias. Descobrindo, assim, como vai cada uma dessas contas e gerando informações para que as decisões tenham maiores chances de acerto.
Se por um lado precisamos saber se o que estamos ganhando será suficiente para cumprir com nossos compromissos, por outro, precisamos saber se o trabalho que estamos desenvolvendo está sendo recompensado o suficiente para cobrir os gastos para realizá-lo, o resultado deve ser positivo. Caso seja negativo, com estes controles teremos condições de avaliar e agir de forma a compensar o que está acontecendo.
Portanto, controlar as finanças pessoais envolve aprender conceitos e técnicas fundamentais para uma gestão mais eficiente do seu dinheiro. Além disso, aprender a poupar significa uma segurança para a vida do indivíduo, assim como investimentos mais precisos e planejados. Acrescenta-se, também, a necessidade de um consumo consciente. Por fim, ressalta-se que a questão não é deixar de viver, mas sim gerar maior utilidade para dinheiro que foi resultado do seu trabalho.
Fábio Gonçalves de Oliveira