Eles estão entre nós. E você vai continuar sem e-commerce?
Desde do início da pandemia e do isolamento social ficou claro que as empresas que já tinham uma plataforma de vendas online conseguiram se manter ativas. As empresas que não tinham nenhum contato com vendas pela internet, tiveram que improvisar, lançando produtos nas redes sociais e tentando vender por direct ou WhatsApp. Essas duas soluções podem ter êxito sem dúvida, desde que seu time esteja preparado para atender com agilidade.
Mas, quando você tem apenas a rede social como ferramenta de vendas online, é impossível que o consumidor pesquise um produto específico, uma categoria ou filtre pelas características do produto, além disso, a rede social é fechada, mecanismos de pesquisa como o Google não leem o conteúdo da rede social, então os consumidores que estão pesquisando por seu produto não te acharão.
Podemos imaginar que você fará inbound marketing, que criará campanhas pagas no Facebook e Instagram para impactar e conquistar consumidores ofertando alguns produtos de giro e que sua campanha foi um sucesso, pessoas estão mandando mensagens por direct ou WhatsApp, aí vem um outro ponto: qual a capacidade de atendimento você tem?
Você não tem uma página ou loja virtual que apresenta os detalhes do produto, mas o consumidor vai querer ter todas as informações antes de comprar, então, ele iniciará uma conversa longa com seu vendedor pedirá fotos, perguntará sobre as características, sobre as variações, preço, formas de pagamento etc, imagine 20, 30, 40 consumidores ao mesmo tempo falando com um único atendente, imagine o tempo entre as respostas para cada consumidor e nós sabemos que o consumidor de hoje sofre de imediatismo.
Agora vamos sair um pouco do atendimento e vamos analisar outro ponto: concorrência de grandes empresas.
Há algum tempo os grandes varejistas vem acelerando seu processo de digitalização e logística. A Magazine Luíza, case de sucesso consegue vender praticamente tudo online e passou a utilizar suas lojas como centros de distribuição. A Casas Bahia entrou na briga adquirindo empresas de logística para otimizar sua entrega por todo o Brasil, em um teste recente, onde simulei a compra de um celular, o prazo de entrega era de apenas 2 horas (em Fortaleza/CE). As lojas Americanas estão criando lojas em municípios com mais de 50 mil habitantes, também pensando em entrega mais ágil e disseminada. E nem vou falar da Amazon e Mercado Livre.
Você empreendedor local, que conseguiu sobreviver ao COVID, fique atento a próxima onda que irá afetar seus negócios, onde grandes varejistas irão estar do seu lado e na palma da mão do consumidor, entregando rapidamente, com preços atrativos e de forma cômoda. O cenário mudou rápido e continua mudando. Há muito tempo as fronteiras geográficas se foram, agora a fronteira virtual e física está se dissipando, o consumidor continua o mesmo, mas seus hábitos de compra já não são mais os mesmos, como diz Walter Longo:
"as empresas vão quebrar por fazer a coisa certa durante tempo demais"
, ou seja, a fórmula de sucesso que você usa desde que fundou sua empresa precisa ser aperfeiçoada para esse "novo" mundo, conectado, ágil e sem fronteiras.