Em 10 anos, 2 mil mídias sumiram do mapa. É urgente reverter esse processo!

Em 10 anos, 2 mil mídias sumiram do mapa. É urgente reverter esse processo!

Dados exclusivos do I’Max mostram como o MPJ é necessário

Olá! Newsletter atrasada por um motivo nobre. Precisamos de um tempinho a mais para preparar os destaques da apresentação do projeto Mais Pelo Jornalismo, no último dia 5. O I’Max promoveu um almoço para jornalistas, investidores, representantes de empresas de checagem de notícias, empresários, publicitários, cientistas e estudiosos da comunicação para debater e dar visibilidade ao projeto. Trouxemos as principais dúvidas levantadas sobre o MPJ e dados que o I’Max apresentou, justificando a importância do projeto.

👉 Destaques da News

🏅 Mais pelo Jornalismo: apresentação para o mercado

❓ Dúvidas que foram respondidas sobre o MPJ

🥳 ReleaseGate: o problema não sou eu. E daí? Assista!

🎙️ Sessão nostalgia com o documentário Beatles ‘64

🔗 Título caça-clique não resolve o problema do jornalismo

📢 Quem disse

“Longe de mim querer fazer o MPJ sozinha. O que mais desejo é que chegue logo o dia em que esse projeto ficará independente do I’Max, se tornará um instituto autônomo, com CNPJ próprio, estatuto próprio, com vários investidores e abraçando milhares de mídias pelo mundo afora.”

Fernanda Lara, CEO do I’Max

🔥 Batismo de fogo do MPJ

No último dia 5, o Mais Pelo Jornalismo (MPJ) foi apresentado por Fernanda Lara, CEO do I’Max e idealizadora do projeto, para um grupo multidisciplinar de profissionais e estudiosos do jornalismo e comunicação, somado a investidores e a advogados especializados em digital. Também fizemos um resumo aqui.

Quem estava lá: Armindo Ferreira, jornalista do Blog do Armindo e LinkedIn Top Voice; Eliara Santana, doutora em Linguística e Língua Portuguesa e pesquisadora associada CLE/UNICAMP; Denyse Godoy, editora-chefe de economia do UOL; Sérgio Lüdtke, editor do Projeto Comprova e um dos responsáveis pelo Atlas da Notícia; Nayara Felizardo, cofundadora do Cajueira; Ricardo Bona Bonatelli, fundador do NexCom Group e sócio-diretor da Agência PUB; Tiago Maranhão, diretor de Comunicação do Corinthians; Regina Valente, head de PR da Pub; Alexandre Berti, head de publishing na TEADS; Nina Fideles, diretora de jornalismo do Brasil de Fato; Gustavo Peccicacco, diretor de comunicação da Infor América Latina e influenciador no LinkedIn; Paulo Muzzolon, editor de especiais do Valor Econômico; Ana Carolina Damaceno, representante do Jusbrasil; Marcela Duarte, gerente de produto da Agência Lupa; Sheila Magri, diretora executiva da ABRACOM; Cíntia Gomes, da Agência Mural; Enrico Manzo, CEO da Boxnet. 

Reunimos este grupo qualificado para ouvir dúvidas e abrir portas para parcerias que possam nos ajudar a atrair os publishers para o projeto, qualificar as entregas do MPJ e juntar esforços para conseguir a meta de colocar ou recolocar no ambiente digital mídias que não têm como sustentar um combo tecnológico de qualidade para continuar existindo. Desde o lançamento, o MPJ ganhou mais de 60 inscritos - 12 deles saíram do ar por problemas tecnológicos, em especial invasões de hackers aos seus portais. Confira os detalhes do projeto, o código de ética, o formulário de inscrição

ℹ️ Dados apresentados ao grupo

Fernanda Lara expôs alguns dados extraídos da plataforma I’Max e que mostram como o projeto MPJ pode contribuir para reduzir os desertos de notícias.

▶️ O principal deles: um deficit de mais de 2 mil mídias jornalísticas em 10 anos. 

▶️ De 1000 veículos impressos mapeados pelo I’Max em cidades com até 100 mil habitantes, 214 não têm presença digital, ou seja, um site.

▶️ De 2.400 rádios que têm conteúdos noticiosos em cidades com até 100 mil habitantes, 52% também não têm portais.

São dados que demonstram como há espaço para o MPJ frutificar, aumentando o número de mídias locais e segmentadas em cidades pequenas, algo fundamental para o acesso à informação, para a democracia brasileira e, é claro, para a comunicação corporativa, que tem o jornalismo como um braço importantíssimo para construir reputação para os seus clientes.

❓ Dúvidas que surgiram no almoço de apresentação

▶️ Capacitação tecnológica: como amparar e ensinar ao publisher sobre reputação digital?

Fernanda Lara explicou que todos os jornalistas que aderirem ao Mais pelo Jornalismo terão todas as informações e o suporte necessário para operar seu site. Um dos primeiros passos, antes mesmo de assinar o contrato, será experimentar uma plataforma de teste, onde poderá usar o CMS (editor de texto).    

Todo o suporte será personalizado, de acordo com o grau de amadurecimento digital do publisher, e não em um curso único para todos ou um treinamento geral. E, como haverá uma rede de apoio ao publisher do MPJ, ele também será impactado com conteúdos diversos, entre eles a reputação digital. “O jornalista muitas vezes acha que está criando um negócio de comunicação, mas na verdade ao iniciar um portal ou site ele está criando um negócio de tecnologia cujo conteúdo é a comunicação”, diz Fernanda. Segundo ela, é fundamental entender essa diferença.

▶️ Como os publishers de pequenas cidades vão descobrir o MPJ?  

O I’Max começará a trabalhar com campanhas e outras estratégias de relações públicas para fazer o MPJ ser conhecido e atrair publishers. Mas também haverá um trabalho de busca ativa em pequenas cidades. 

“Vamos entrar em contato com as comunidades, saber se existem jornalistas trabalhando na produção de informações ou se gostariam de cobrir as notícias daquele lugar. Será um trabalho de formiguinha. A longo prazo, podemos fomentar a ideia de criar mais cursos EAD de jornalismo, entre outras ações”, explicou Fernanda. 

▶️Como garantir que eles vão seguir os princípios éticos e a qualidade jornalística?

Fernanda Lara explicou que o MPJ contará com muita inteligência artificial para filtrar conteúdos que podem se desviar do foco jornalístico. Parcerias com agências de fact checking também devem ajudar a combater ou treinar os publishers sobre os riscos da desinformação. 

O MPJ contará com um código de ética e, em casos de flagrante desrespeito aos preceitos jornalísticos, o publisher pode ser retirado da plataforma. Haverá uma comissão para decidir casos mais complexos. 

Mas Fernanda teve o cuidado de ressaltar que, em nenhum momento, os gestores e editores do MPJ terão qualquer tipo de controle ou interferência sobre o conteúdo publicado.

▶️Quais as vantagens de migrar de servidor para o I’Max?

Uma das principais resistências dos publishers pode ser a insegurança de migrar de servidor e de estrutura tecnológica. Por isso, Fernanda Lara ressaltou que a tecnologia do I’Max, incluindo o servidor, é própria, robusta e aperfeiçoada há muitos anos.

Portanto, a principal vantagem é a cibersegurança. E, para garanti-la, ao aderir ao MPJ o publisher abrirá mão de ter um programador próprio, já que o I’Max assumirá toda essa parte, trabalhando para evitar ataques cibernéticos.

O editor também poderá personalizar seu projeto, a partir da combinação de peças de layout prontas. Poderá manter sua marca, escolher fontes e cores, entre outras possibilidades de personalização.

👉 Principais links para entender o MPJ: 

Projeto Mais pelo Jornalismo vai garantir tecnologia para 1.000 portais jornalísticos

Site do MPJ: o formulário de inscrição para dar um upgrade no seu projeto jornalístico 

Web série: 14 conceitos fundamentais do Mais Pelo Jornalismo


👉 ReleaseGate, parte II

A live ReleaseGate: o problema não sou eu. E daí?, também realizada no último dia 5. No encontro, estavam presentes Fernanda Lara, CEO I’Max; Armindo Ferreira, do Blog do Armindo; Guga Peccicacco, diretor da Infor; Jorge Soufen Junior, diretor de Atendimento da 2Pró - todos do grupo que organizou que a primeira live - além de Guilherme Ravache, colunista do Valor Econômico. Veja a íntegra do encontro. Semana que vem trazemos insights mais mastigados! 

🎥 Para ver no streaming

Estreou no Disney+ o documentário Beatles '64, que o cineasta Martin Scorsese produziu com Paul McCartney, Ringo Starr, Olivia Harrison e Sean Ono Lennon para marcar o 60º aniversário da primeira visita dos Beatles aos EUA. A direção é de David Tedeschi. No longa, há uma mistura de cenas do icônico documentário de 1964 com novas entrevistas de Paul e Ringo, além de remix de músicas. Uma verdadeira viagem nostálgica. 

🤯 Brain rot é a expressão do ano, eleita pelo Dicionário Oxford. Significa cérebro pobre ou podridão cerebral em inglês e está relacionada ao consumo de conteúdos superficiais. No G1.  

🆘 O portal Aos Fatos fez uma bela investigação sobre os conteúdos de anúncios que aparecem em portais jornalísticos. Foram analisados mais de 242 mil anúncios veiculados nos nove maiores veículos brasileiros: 9 em cada 10 anúncios nativos de saúde são enganosos. Vimos esta notícia na newsletter do Redes Cordiais.

😬 Os títulos “pegadinha” e o POP Seo não salvam em nada o jornalismo - nem mesmo os cliques. Boa análise de Eduardo Tessler para o Meio & Mensagem. 

🔎 Ainda sobre os rumos do jornalismo, o artigo necessário, que repercutiu bastante, de Paula Miraglia, cofundadora da Gama Revista: Fugir das notícias é o melhor que você pode fazer.

Obrigada pela leitura. Acompanhe nossos conteúdos nas redes sociais.

Jorge Soufen Junior

Jornalista antes de tudo; agenciano, linkediner e palestrante

1 sem

Um número assustador, que precisa ser revertido!

Armindo Ferreira

LinkedIn Top Voice | News Influencer | +20 anos em Jornalismo, Games, Tecnologia & Inovação | Publisher do Blog do Armindo & Techvibeez | Apresentador e Criador de Conteúdo | IA no jornalismo

2 sem

Hey Julio Ottoboni esse projeto aqui deve te interessar demais

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos