Em que nível de consciência sua empresa se encontra?
Inspirado na pirâmide de Maslow, Richard Barret, um dos maiores especialistas em Cultura e Liderança do mundo, criou o modelo dos Sete Níveis de Consciência, que é usado para entender o estágio atual de consciência de indivíduos, grupos, organizações e nações. Baseado neste modelo, ele desenvolveu instrumentos de medição para apoiar os processos de mudança, especialmente os de mudança cultural.
Cada nível da pirâmide representa um nível de consciência, que é formado por Valores e Necessidades específicas, e diz muito sobre a “lente” pela qual vemos o mundo.
Os níveis 1,2 e 3 correspondem às nossas necessidades básicas- Sobrevivência, Relacionamentos e Auto-estima- e os níveis 5,6,7 correspondem às nossas necessidades de crescimento- Coesão interna, Fazer a diferença, Serviço. O nível 4 corresponde ao nível da Transformação e é a ponte entre os níveis inferiores e níveis superiores – os quais Richard Barret chamou respectivamente de níveis do ego e níveis da alma.
Nos estágios iniciais mantemos o foco em suprir nossas necessidades de segurança, de pertencimento e de auto-estima: o que chamamos de fase do auto-domínio.
Quando sentimos que a maior parte destas necessidades já está suprida, abrimos espaço para o novo. Normalmente isso acontece durante algum processo de mudança que nos tira da zona de conforto, como por exemplo: a saída de um trabalho, a promoção para uma nova função, uma mudança de país, uma doença ou o nascimento de um filho. Neste estágio de transformação mudamos nossa visão de mundo e consequentemente podemos passar a priorizar outros valores. Este é o estágio 4, o qual nos facilita a entrada no estágio de coesão interna (5), que é onde identificamos nosso propósito e vivemos de acordo com nossos valores. Nos estágios finais (6 e 7), como já estamos “bem resolvidos” por dentro, voltamos o foco para fazer a diferença no mundo e podemos dedicar mais tempo para o serviço altruísta.
Os indivíduos e organizações saudáveis operam nos 7 níveis. A organização focada apenas no lucro não está atenta à sua contribuição social, assim como a organização focada apenas na contribuição social pode ir à falência por perder de vista os aspectos básicos de sua sobrevivência como a estabilidade financeira e a excelência operacional. O mesmo acontece com o indivíduo.
E a entropia cultural?
Nesta metodologia de cultura organizacional também mensuramos os valores positivos e os valores limitantes de cada indivíduo e organização, e a partir disso mapeamos a Entropia Cultural – que são as forças que inibem o desempenho e o crescimento da empresa. Nos processos de transformação, buscamos diminuir o nível de entropia eliminando ou minimizando estes valores limitantes, que na prática se traduzem em comportamentos disfuncionais, tais como fofoca, culpabilização, excesso de controle e burocracia, competição exagerada, vaidade, silos, disputa de egos, etc.
Os 7 níveis de consciência pode ser usado em processos de cultura, coaching e desenvolvimento de times.
Se interessou pelo tema e quer se aprofundar? Você encontra mais informações no livro “Organizações dirigidas por valores”, de Richard Barret.
Eu sou Joesse Queiroz, Coach Ontológica e consultora nas áreas de Cultura, Liderança e Desenvolvimento de Times.