EM QUEM EU VOTARIA
2016, o ano do impeachment, ainda não terminou, mas já estamos atentos ao pleito de 2018. Existe possibilidade de eleições presidenciais em 2017, contudo, não creio. Um amigo, por telefone, semana passada me perguntou em quem eu votaria para suceder Temer.
Respondi: em nenhum dos nomes colocados.
Ele pediu explicações para cada um.
Lula já passou e acaba de dizer: se eu for eleito em 18 farei tudo outra vez. Ora, as ideias bem sucedidas de antes não servem para hoje. Além disso, o ex-presidente não explicou um décimo de tudo onde foi citado. Como homem público, insistindo em se manter no noticiário, é, no mínimo, bom senso.
Marina Silva é como quitanda crua e sem fermento. Brigou no PT, foi para outro partido, criou seu próprio partido, se aliou a quem criticou (apoiou Aécio Neves no segundo turno de 2014). Parece biruta de aeroporto.
Aécio Neves é o menino do Rio. Político escorado na inteligência da irmã e astúcia de seus correligionários. Perdeu a chance de ser a voz da oposição e capitanear um movimento antagônico ao PT.
Alckmin está liderando a corrida pessedebista, mas o faz na ausência de Aécio. Tem muito a explicar sobre a crise hídrica de São Paulo.
Para Joaquim Barbosa e Jair Bolsonaro, minha explicação foi: o Brasil não precisa de um "salvador da pátria", um discurso eloquente ou um nome de influência nas redes sociais. Cada um no seu quadrado. Barbosa é fera no meio jurídico e Bolsonaro é homem de legislativo. Querem votar nele para deputado? Nada contra. Mas a presidência o derrubaria.
Explicações feitas, ele perguntou por um bom nome para o cargo.
Respondi: quem eu gostaria de ver na presidência da República nunca será candidato; seu nome é Abílio Diniz.