Em tempos de fake news
Desde 2018, o Brasil jamais será o mesmo. Definitivamente, a industrialização de fakenews, por meio das redes sociais, mudou as regras do jogo. As pessoas perderam o discernimento entre o que é notícia e o que é fictício. Segundo Marcos Donizetti, há um ódio perfomático que persegue um bode espiatório, a quem é atribuído todos os males da fantasiosa pátria. E , ele está certo, onde quer que você vá, o clima é de confronto e insegurança generalizados. De acordo com opsicanalista, em texto viral, via whatsApp,
É uma maneira de controlar não só a imprensa (é a estratégia de Trump) como os temas das conversas nas ruas, bares e condomínios (aqui entra em cena o WhatsApp). Não sei por quanto tempo isso funcionará, mas é assim, controlando o discurso e confundindo a todos, que as medidas (essas sim calculadas e planejadas) do segundo nível serão postas em prática sem maior resistência.
Eu obviamente fui checar e descobri a matéria original no site “Outras Palavras”. É fácil constatar que qualquer discurso é controlado por uma máquina de manipulação, sem rosto. Assim, cada vez que uma emenda constitucional é votada, nossa atenção é levada para a periferia, deixando em segundo plano o que realmente importa. Imprensa e opositores são fisgados diariamente. Quem está a favor ou contra, recebe outra avalanche de desmonte e fakenews. Bombardeados, estamos paralisados.
O comichão
Em pleno século XXI, opinar sem argumentação ou sem o mínimo bom senso acaba em rebelião imoral. Todo mundo diz o que pensa, sem se preocupar com as consequências de suas ações. O ato linguístico abre os porões da nossa (des)humanização.
E lembre-se, regimes de extrema direita ou de esquerda não fogem `a regra: censurar a liberdade de expressão e, claro, os livros. É perigoso pensar e alimentar a esperança. Felizmente, somos um país novo. Carregamos o olhar do mundo inteiro sobre nossas florestas e nosso devir. Cada um tem o dever de sair do nevoeiro e o direito de ligar o “pause”. Ser uma resistência criativa. Pintar o sete, colorir os muros, esbanjar poesia.