EMPREENDEDORISMO: O EMPREGO FORMAL MORREU?

EMPREENDEDORISMO: O EMPREGO FORMAL MORREU?

Em comemoração ao dia do empreendedor, comemorado em 05/10, o texto de hoje fala sobre a relação de empreendedorismo e emprego formal. Antes de começar a discorrer sobre o assunto é bom conhecer alguns dados interessantes: 

  • Em 2019 somos 52 milhões de brasileiros com negócios próprios, o que representa ⅓ da população brasileira empreendendo*. 
  • Os jovens de até 34 anos são a maioria dos empreendedores e nas Startups essa faixa de idade diminui para 18 a 24 anos. 
  • O número de Sturtups brasileiras dobrou de 2018 para 2019**. 

Todos esses dados mostram que o ambiente de crise econômica, desemprego e falta de oportunidade para os jovens estimula a população a investir capital financeiro e intelectual em outras formas de trabalho, que não CLT. Porém, há outros aspectos que fazem com que as pessoas (principalmente jovens) partam para o mundo do empreendedorismo, são eles: 

  • Relação empregado X empregador: dificuldade com lideranças tradicionais e hierarquias sem sentido. 
  • Ambiente: Falta ambiente agradável para se trabalhar, políticas flexíveis e clima organizacional amistoso. 
  • Reconhecimento: Falta de reconhecimento por parte da empresa. 
  • Criatividade e inovação: Falta de ambientação e políticas que estimulem a criatividade e inovação. 

Fato é que as relações de empregado e empresa estão em transformação e que sofrerão grandes mudanças com a entrada dos millennials (e gerações posteriores) no mercado de trabalho. Esses profissionais não aceitarão comportamentos empresariais intoleráveis como assédios de qualquer tipo, clima organizacional ruim, preconceitos, excesso de pressão e trabalho, falta de reconhecimento e gestão das pessoas, afinal para este novo colaborador sempre haverá a saída do empreendedorismo. 

O ambiente organizacional também tem sentido as mudanças trazidas com esses novos profissionais, tecnologias e métodos ágeis de gestão e inovação. As empresas têm obrigação de evoluir para melhoria e perpetuação do negócio; ou as organizações tradicionais mudam ou quebram, essa é a realidade. 

Quando falamos sobre empreendedorismo, salientamos o conceito de intra-empreendedor e de suas realizações extraordinárias dentro das organizações, porém só é possível estimular o público interno com mudanças reais de comportamento organizacional e isso inclui capacitação operacional para se fazer mais, melhor e mais barato; programas de desenvolvimento de lideranças que promovam a conscientização do papel do líder, ambiente e clima organizacional agradável que visem a criatividade e inovação, políticas de desempenho e reconhecimento de pessoas, transparência nas relações de trabalho e flexibilidade. 

Todas essas ações dependem ou interdependem do RH e da sua relação com pessoas. 


*Pesquisa GEM/Sebrae 2019

** Pesquisa ABStartups 2019

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