Empreendedorismo para pessoas com deficiência cresce no Brasil

Empreendedorismo para pessoas com deficiência cresce no Brasil

Texto originalmente publicado no blog da i.Social, consultoria especializada na empregabilidade de PCDs. Para conferir outros artigos, acesse: blog.isocial.com.br

Andrea Schwarz e seu marido, Jaques Haber, iniciaram sua história de empreendedorismo em 1998, um ano após Andrea se tornar paraplégica e cadeirante devido a uma má-formação congênita na medula espinhal. Hoje, aos 40 anos, Andrea coleciona histórias de superação e empreendedorismo ao lado de seu marido e da empresa i.Social da qual são sócios há 18 anos.

O empreendedorismo de pessoas com deficiência vem crescendo nos últimos anos no Brasil e tornando-se uma alternativa para os profissionais realizarem seus próprios projetos ou mesmo buscarem outras formas de inclusão quando encontram dificuldades para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), quatro em cada dez brasileiros são empreendedores, já têm um negócio ou estão envolvidos na criação de uma empresa. Estima-se que entre 23% e 27% dos profissionais com deficiência economicamente ativos empreendem. 94% dos empreendedores atuam por conta própria, 6% são empregadores e entre 42% e 54% deles trabalham em casa.

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Ainda segundo a pesquisa do Sebrae, conduzida a partir do Censo do IBGE de 2010, algumas cidades do estado de São Paulo se destacam no empreendedorismo como forma de inclusão. Na região de São Carlos, no interior do estado, há atualmente 3.815 empreendedores, sendo 1.981 pessoas com deficiência visual e 897 com deficiência física. Em São João da Boa Vista, 3.331 PCDs são empreendedoras: 1.788 têm dificuldade visual e 709 têm deficiência física. E em Araraquara, há 2.642 pessoas com deficiência que também optaram pelo empreendedorismo.

No caso de Andrea e Jaques, o empreendedorismo não foi a primeira opção. Na época, Andrea cursava o último semestre de fonoaudiologia, com o desejo de se especializar em atendimento clínico, e Jaques trabalhavam em uma agência de publicidade. A paraplegia de Andrea fez com que ela e Jaques adotassem um novo olhar sobre o universo das pessoas com deficiências, bem como o ambiente social no qual eles estavam inseridos.

A falta de acessibilidade e de informação acerca do universo das pessoas com deficiência os motivou a escrever e publicar, em 2000, o Guia São Paulo Adaptada, o primeiro guia do gênero no país, para tentar diminuir as adversidade que os cadeirantes passavam pela cidade e conscientizar pessoas e estabelecimentos sobre as necessidades de uma pessoa com dificuldade de locomoção.

Por fim, após a fundação da i.Social, consultoria especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, eles encontraram a oportunidade de empreender e ajudar outras pessoas com deficiência, trabalhando para promover um mercado de trabalho mais inclusivo e pensado para todos.

A i.Social é o resultado dos obstáculos vencidos, da persistência e do perfil desbravador de Schwarz e Haber e já ajudou a incluir mais de 12 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal a partir da legislação de cotas.

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Conte sua história e inspire outras pessoas com deficiência a trilharem o seu caminho de sucesso!

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