Empreendedorismos
Vou começar este artigo com uma pergunta para o querido leitor: quando se fala de empreendedor de sucesso, qual o primeiro nome que vem a sua cabeça? Tempo…tic, tac, tic, tac…ok, tenho absoluta certeza que, a resposta da imensa maioria, foram nomes que estão entre os mais variados, mas o que não varia é que todos devem estar na lista dos mais, mais da revista Forbes. Pois eu gostaria de falar de um que você jamais passou perto de pensar.
Tenho acompanhado o trabalho e as ideias pregadas por Divaldo Pereira Franco já faz algum tempo. Para quem não sabe, Divaldo é médium, escritor e filantropo espírita, com palestras assistidas por milhões de pessoas em mais de 50 países deste nosso conturbado planeta. Agora uma pergunta, por que falar sobre um baluarte do espiritismo num artigo em uma rede social totalmente voltada ao mundo das relações corporativas como este Linkedin?
Bem, se há um conceito com o qual a gente tromba diariamente por aqui, este é o do empreendedorismo. Expressão glorificada, tida como quase sagrada pela grande maioria das pessoas que militam nesse mundo das multinacionais ou transnacionais, para usar uma definição assim mais trend. Empreendedores de sucesso ganharam status comparável ao de super heróis da Marvel, com direito a fã clubes e suspiros audíveis a cada vez que os seus nomes são mencionados pelas mídias afora. Super heróis cujos poderes vêm do número de zeros de seu patrimônio líquido que se estendem a direta de unidades, dezenas ou até centenas que estão na cabeça desse verdadeiro cometa feito de números.
Mas o que é, na verdade, um empreendedor? Fui procurar e, em todos os resultados há uma tendência a relacionar o termo com o mundo dos negócios. Até que achei uma definição que, pra mim, é a mais abrangente: “Ser empreendedor significa ser um realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação.” A Resposta à pergunta sobre o porque de eu ter mencionado Divaldo Franco mais acima fica clara. Não? Ah, é, ele nunca saiu na capa daquelas revistas de negócios. Mas, siga para o próximo parágrafo e acompanhe o raciocínio.
Divaldo Franco perseguiu um sonho, ou propósito, como queiram, ou seja, nada mais empreendedor do que isso. Qual o sonho? Cuidar de crianças que não tiveram a mesma sorte de nascer numa família em condições culturais e econômicas como, digamos, é o caso da Isadora, minha filha. Perseguiu este sonho com tanta obstinação que levantou, obviamente com ajuda de muita gente, a Mansão do Caminho, localizada na Rua Jayme Vieria Lima, 104, no Pau de Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. Um complexo com 83.000 m², onde são atendidas mais de três mil crianças e jovens, muitos deles adotados- sim de "papel passado" - como filhos do próprio Divaldo. Só aí o cara tem, uma prole de 600.
Hoje, estes filhos emancipados se tornaram professores, contadores, administradores, médicos, enfim, realizaram um futuro que, sem Divaldo, não existiria para eles. E, de quebra, deram mais de 200 netos a este avô espetacular. A Mansão do Caminho é, basicamente, mantida com venda dos livros psicografados pelo médium - mais de 8 milhões de exemplares vendidos – e pela venda dos DVDs de suas concorridas palestras.
Claro, pela lógica do mercado muita gente vai pensar, “nossa, esse cara colocou no mercado consumidor um número enorme de famílias de consumidores, que ajudaram a girar a economia”. Não estão errados, embora este não seja o grande mérito do empreendedorismo de Divaldo. O problema nessa hora, é que não existe forma de contabilizar o que Divaldo Franco faturou, pois este faturamento é "incontabilizável". Pelo simples fato de que não há preço que possamos colocar na vida e no futuro de um ser humano. O que nos leva a entender o porquê de ele nunca ter saído em nenhuma capa dessas publicações voltadas para o mundo dos negócios. Ele está acima, mas muito acima, de qualquer ranking.
E já que estamos falando no assunto, nestes dias de isolamento os idosos do lar Escola Francisco Xavier estão precisando de contribuições, inclusive para por comida na mesa. Quem puder ajudar:
Banco Bradesco (237) - Ag:1018 - CC: 2380-9 - CNPJ: 51.455.178/0001-68
Creative Director/ Art Director(Freelance)
4 aSimplesmente sensacional Fábio. É por isso q sou seu fã.
Atriz e produtora cultural pelo Célia Helena, estudante de Neurociência na UFABC.
4 aPerspectiva primorosa para esse momento delicado!
Specialist Data Scientist at EBANX
4 aObrigado por isso! Assim como o empreendedorismo mainstream, este lugar pode muitas vezes ser um antro de aparências e lucro. Por isso visões como a sua são tão necessárias... precisamos ver e nos espelhar no sucesso mais valioso: o humano.