Empreender como Dona de Si

Empreender como Dona de Si

Muitas mulheres começam a empreender por necessidades urgentes e muitas vezes, até pela subsistência da família e dos filhos. E quando param para se observar, percebem-se emaranhadas em atividades desgovernadas e numa rotina extremamente desgastante, sem a mínima possibilidade de pensarem sobre si mesmas.

Diante dessa realidade, nem sequer refletiram sobre sua missão de vida ou, mais profundamente, sobre seu propósito, que são pontos importantíssimos para que a rotina atribulada entre trabalho, filhos, empreender e as outras diversas facetas e papéis que ocupa, faça sentido. E assim, não tenham depressão, desgaste excessivo e contraiam doenças mais graves.

Como especialista em Imagem Pessoal, posso dizer que a maioria das empreendedoras que atendo vivem essas mesmas dificuldades e estão numa busca contínua para entender qual o melhor caminho e estratégia para que o seu negócio cresça e ao mesmo tempo possa, literalmente respirar – sim, atualmente esquecemos de respirar com consciência – e assim, ter um tempo no seu dia para cuidar de si mesma e fortalecer sua identidade e autoestima.

No 7º Fórum da Rede Mulher Empreendedora, a palestrante Suzi Pires trouxe uma analogia de personagens femininas para identificar o público ali presente com os diversos perfis comportamentais das mulheres. Me chamou atenção o fato de realmente nos identificarmos com personagens que, apesar de suas forças, fraquezas, objetivos e crenças, têm a pior das crenças: acreditar que podem seguir sozinhas no caminho do sucesso. E que além disso, muitas vezes, por não terem seu propósito (de novo ele) muito claro, desistem no meio do caminho e estão sempre no estado de recomeçar. Essa é uma das razões de muitos negócios não alavancarem, e muitas mulheres terem uma visão completamente distorcida de si mesmas.

Suzi Pires usou o termo #donadesi, perfeito para o que acredito e o que já comprovei ter ajudado inúmeras mulheres nessa trajetória do reconhecimento de si mesmas. Isso quer dizer saber a fundo o funcionamento de seus padrões comportamentais, focar em suas habilidades e competências, validar sua história de vida e transformar traumas, erros e fracassos numa oportunidade de, inclusive, inspirar as pessoas. Além disso, aceitar sua natureza, potencializar suas qualidades e fortalecer algo essencial: o ato de se admirar e se reconhecer na frente do espelho.

Dessa forma, para empreender como uma mulher #donadesi é preciso estar atenta a 3 pontos muito importantes:

1-   Autoconhecimento

Só conseguimos dar o próximo passo, assim que sentimos segurança no passo anterior. Isso quer dizer que sem entendermos nosso próprio funcionamento, qual nosso padrão comportamental, que crenças nos limitam ou impulsionam e o porquê, fica mais desafiador conquistarmos nossos objetivos e lidarmos com qualquer frustração, imprevisto ou fracasso.

Saber o que de fato nos dá prazer, quais talentos e habilidades naturais podem nos impulsionar rumo aos nossos objetivos mais facilmente e o que precisamos melhorar ou aperfeiçoar para que nossas fraquezas não nos impeçam de evoluir é essencial para nos aproximarmos cada dia mais dos nossos sonhos e possamos realmente nos destacar e fazer a diferença num mundo de tantas imitações.

Jaime Troiano, pioneiro em Branding no Brasil, e à frente da Troiano Branding há 25 anos afirma que, “estamos obesos de conhecimentos e anoréxicos de insights”. Na minha visão, essa afirmação também mostra a necessidade de nos investigarmos e conhecermos profundamente, para que as “fichas caiam”, possamos nos ver como uma segunda pessoa e assim tenhamos os insights necessários para nossa transformação e capacitação pessoal verdadeiramente aconteça.   

2-   Ter um capital relacional potencializado

A ideia de desenvolver o capital humano nas organizações foi fortalecida por Adam Smith, que defendia que trabalhar de maneira diferente com indivíduos em níveis de educação e formação distintos, traria retornos positivos para as organizações.

É essencial para o sucesso de qualquer empreendimento e negócio que o Capital Relacional também seja desenvolvido e pensado de forma estratégica. Não falo aqui de interesses egoístas, mas de entender que juntos vamos muito mais longe. Em especial, quando percebemos que podemos somar interesses genuínos que beneficiem a sociedade ou abracem uma causa, por exemplo.

Somar esforços para algo maior do que sua capacidade individual pode alcançar, que em conjunto se potencializam e ganham mais vida. Assim, é mais fácil e rápido a materialização e realização de projetos, empreendimentos e grandes sonhos (porque não?!).

Afinal, é através do Capital Relacional que aumentamos nossa capacidade de gerar mais conhecimento, promovemos mais criatividade e geramos mais valor.

3-   Vestir-se de si mesma

Quanto tempo de nossa vida perdemos seguindo padrões, rótulos e tentando ser aceita por uma sociedade, que muitas vezes, não nos apoia ou incentiva? Quantas vezes dizemos sim querendo dizer não, dizemos não querendo dizer sim ou mesmo paramos para sentir e perceber o que sentimos?

Quando realmente nos libertamos dos padrões que nos aprisionam e temos a coragem de seguir o que fala o nosso coração, de acordo com nossos valores e com tudo o que acreditamos é que nossa missão ganha força e realizamos grandes feitos.

Segundo o maior e mais conceituado instituto de pesquisas sobre o coração dos Estados Unidos, o HeartMath Institute, centenas de estudos científicos confirmaram que ter consciência sobre o coração tem um impacto mensurável no bem-estar físico, emocional e mental das pessoas.

Todo grande projeto começa com uma grande ideia que parte do coração de alguém. Somos todos seres humanos, vivendo aqui nesse mesmo planeta, cheio de verdades, mentiras, sucessos, fracassos e paradigmas infinitos que, se não trouxermos à luz da consciência, nos aprisionam em nós mesmos.

Portanto, vestir-se de si mesma significa superar os medos e agir de acordo com o que faz sentido para nossa vida, nos desapegando das máscaras, cobranças e necessidades alheias que de certa forma possam ferir nossos princípios e sistemas de valor.

É olhar para dentro, respirar fundo, acolher as fraquezas, aceitar o que não pode ser mudado e ter criatividade para fazer diferente com o que tem em mãos no momento atual. É ter a força necessária para dar o próximo passo, rumo ao sucesso e realização e mesmo assim manter o pé no chão.

Tudo isso, claro, com muito planejamento, estratégia e dedicação. Afinal, até a águia para voar alto, precisa do mínimo esforço de bater as asas.

Nesse sentido, empreendedoras #donadesi sabem criar looks diferentes com a mesma peça de roupa, mudando apenas pequenos detalhes, que na verdade são essenciais. 


Vivian Lopes 💎

Posicionamento executivo | Estrategista de comunicação p/ C-levels |Mãe, palestrante & Mentora de thoughtleaders| Consultoria LinkedIn B2B @VContent | Personal Branding TOP Voice Thinkers360| Ghostwriter

5 a

Adorei seu artigo, Rosália, parabéns!

Rosália Casagrande

Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Expert em Personal Branding -> IG @rosaliacasagrande

6 a

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