EMPRESAS FAMILIARES E A BUSCA POR PROFISSIONALIZAÇÃO: DESAFIANDO PERCEPÇÕES

Aula 13 do PFCC com a professor Udo Kurt Gierlich

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INTRODUÇÃO:

No cenário empresarial, a expressão "profissionalizar" frequentemente emerge como um mantra ao discutir empresas familiares. No entanto, essa afirmação não raro carrega consigo um subtexto que subestima a expertise, a paixão e o comprometimento dos fundadores dessas empresas. Neste artigo, desvendaremos a complexidade subjacente à busca por "profissionalização" em empresas familiares, destacando como essa abordagem muitas vezes obscurece a valiosa contribuição dos visionários que as estabeleceram.

VALORIZANDO A RAIZ DA FUNDAÇÃO

A alegação de que empresas familiares precisam ser "profissionalizadas" pode desvalorizar a habilidade e a dedicação dos fundadores. As raízes dessas empresas muitas vezes se originam na paixão, visão e esforços incansáveis daqueles que as criaram. Rotular a administração fundadora como não profissional é, portanto, simplista e injusto. Os fundadores são profissionais em sua própria medida, e o conhecimento intrínseco que possuem sobre a história e a cultura da empresa é inestimável.

CAPITALIZAÇÃO NAS FORÇAS FUNDADORAS

A ênfase na "profissionalização" pode minimizar as forças exclusivas que as empresas familiares possuem. A coesão intrínseca à família, bem como os valores compartilhados, podem gerar um ambiente propício para a inovação e a resiliência. Tentar introduzir estruturas gerenciais rigorosamente "profissionais" pode dissipar a singularidade que as famílias trazem para os negócios. Em vez disso, uma abordagem mais equilibrada pode ser encontrada ao aproveitar as vantagens únicas da dinâmica familiar enquanto se adota práticas eficazes de gestão.

ENCONTRANDO O EQUILIBRIO: CONSELHOS CONSULTIVOS

A necessidade real em muitos casos não é transformar completamente a empresa, mas sim complementar áreas específicas nas quais os fundadores possam não estar tão familiarizados. É aqui que entra em jogo o valor dos conselhos consultivos. Ao trazer expertise externa, um conselho consultivo pode oferecer uma perspectiva imparcial e uma base de conhecimento adicional, sem desvalorizar a experiência dos fundadores. Essa colaboração estratégica pode abordar lacunas e desafios de forma eficaz, sem comprometer o tecido intrínseco da organização.

RECONHECENDO O VALOR DAS DUAS ABORDAGENS

É imperativo reconhecer o valor intrínseco tanto dos fundadores quanto da necessidade de competências externas. Ao encorajar a linguagem de "profissionalização", pode-se inadvertidamente enviar a mensagem de que os fundadores não são capazes de liderar seus próprios empreendimentos. Em vez disso, devemos adotar uma postura que celebre a complexidade das empresas familiares, honrando os fundadores como profissionais que possuem conhecimento inigualável sobre sua jornada, enquanto também reconhecemos a importância dos conselhos especializados para aprimorar áreas específicas.

FINALIZANDO

A expressão "profissionalizar" empresas familiares não deve obscurecer a profunda experiência e dedicação dos fundadores. As empresas familiares trazem consigo uma herança de paixão, visão e perseverança que deve ser respeitada. A verdadeira necessidade não reside em uma transformação completa, mas sim em um equilíbrio sensato que valoriza tanto as capacidades familiares quanto a expertise externa. Nesse contexto, a busca por melhorias pode ser alcançada por meio de colaborações inteligentes, como a integração de conselhos consultivos, que enriquecem as capacidades fundadoras, elevando a empresa a um novo nível de excelência e impacto.

  





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