Energia sustentável: isso é Agricultura Moderna

Uma das coisas que gosto de fazer, sempre que possível, é acompanhar as feiras agrícolas que acontecem pelo país. É uma das boas maneiras de ficar por dentro das novidades do setor e ver as tendências do mercado aplicadas. É quando a gente realmente percebe que a “Agricultura do Futuro”, que parecia distante, já é o presente. Muitas tecnologias já estão aí, auxiliando o agricultor para aumentar a efetividade da produção de alimentos ao mesmo tempo em que usa os recursos naturais de maneira mais consciente.

O site Agricultura Moderna fala bastante sobre elas. Lá, os assuntos são abordados em três pilares: água, solo e energia. Hoje, vou falar um pouco sobre um deles e que frequentemente é um assunto do mercado.

Desde os anos 70, a agricultura reduziu seu consumo de energia em mais de 25% nos EUA

Quando falamos em energia, automaticamente pensamos na conta de luz. Na agricultura, é algo que vai um pouco além: usar um trator (ou qualquer outro tipo de maquinário), os sistemas de irrigação e todo o processo de logística de sementes e insumos, por exemplo, consomem energia, demandando, para tanto, combustíveis fósseis ou eletricidade, entre outros. E dada a escala agrícola, as quantidades são bastante grandes.

Uma das principais pautas da agricultura, atualmente, é sustentabilidade, que entre tantos tópicos, inclui a ideia de usar os recursos naturais de forma mais eficiente. Portanto, economizar energia encaixa-se nessa premissa.

Algumas práticas agrícolas ajudam a economizar energia, como o plantio direto. Ele ajuda, por exemplo, a reduzir o número de vezes que os tratores cruzam o campo. Além disso, ajuda a reduzir a erosão, o que melhora a capacidade do solo em absorver e manter água e nutrientes, diminuindo a energia para os sistemas de irrigação e fertilização.

Energia sustentável é um investimento de médio a longo prazo, mas essencial para um setor que busca mais eficiência usando menos recursos.

Além da economia, é necessário pensar em formas mais sustentáveis de geração de energia. Já existem tratores movidos à biometano, utilizando dejetos animais como fonte. Outra alternativa pode ser a solar ou a eólica: existem programas do governo que incentivam pequenos produtores a adotá-las por meio de financiamentos. Além de ser mais sustentável, o investimento é rentável, pensando na economia gerada, no baixo custo de manutenção e até na possibilidade de vender a energia produzida excedente – isso, evidentemente, pensando a longo prazo. Os investimentos em energia fotovoltaica no meio rural ainda não são uma realidade grande no Brasil: o agronegócio responde por menos de 2% dos sistemas instalados, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

É motivador ver o engajamento do setor sobre a aplicação de energia solar nas propriedades rurais. É gratificante fazer parte dessa revolução que está acontecendo na agricultura e, definitivamente, vale a pena gastar energia para ficar por dentro de todos os tipos de tecnologia, tanto dentro, quanto fora do campo.