Engajamento no trabalho vai muito além de um bom salário. Entenda!
Salário engaja? Não, salário compromete, prende, mas não garante performance. Eis aqui outro muito sobre engajamento.
Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: "Eu odeio a minha empresa, mas estou aqui porque ganho bem."
Quantas vezes você viu um funcionário público dizer: "Eu odeio o meu ambiente de trabalho, mas aqui eu tenho estabilidade."
Quantas vezes você já viu alguém sonhar em abrir o próprio negócio e empreender, mas ficar preso à empresa porque ela oferece um bom salário, bons benefícios e convênio médico, permitindo manter um padrão de vida adequado?
Agora, eu te pergunto: você acredita que essa pessoa consegue atuar em alta performance? Você acredita que essa pessoa coloca seu melhor desempenho em jogo?
Obviamente que não.
O salário não engaja, o salário compromete
Qual é a diferença? Simples: com um bom salário, fico na empresa, entrego o necessário para me manter na função, jogo o jogo político, por vezes sou subserviente, desenvolvo doenças emocionais por não querer estar ali, mas faço o que é preciso para manter a posição, o salário e os benefícios.
Engajamento está longe de ser isso.
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Engajamento é estar na empresa porque você quer. Obviamente, se você ganha bem, tem bons benefícios e uma boa estrutura, ou seja, se os fatores racionais estão adequados, isso contribui muito para o engajamento. No entanto, se os fatores emocionais não estiverem em dia, você jamais se engajará.
O que são fatores emocionais? É a percepção de crescimento constante, o senso de contribuição que tenho na empresa, o reconhecimento que recebo, a relação que tenho com os gestores, o quanto me sinto valorizado e, o mais importante, a evolução pessoal ao longo do tempo.
A pessoa que está na empresa hoje não é a mesma que entrou anos atrás. Se estou na empresa há 10 anos, certamente sou uma pessoa diferente de 10 anos atrás: tenho outros valores, princípios e formas de ver a vida. Isso também pode afetar meu engajamento, se a empresa não permitir minha evolução.
Imagine uma pessoa que entrou na empresa 10 anos atrás, solteira e sem filhos, vivendo de forma completamente independente. Essa pessoa trabalhava 12 a 14 horas por dia, viajava sem restrições e estava satisfeita.
No entanto, ao passar do tempo, essa pessoa se casou, constituiu família e agora não quer mais trabalhar 12 horas por dia. Ela quer conviver com os filhos, não quer receber mensagens aos finais de semana e não quer viajar com tanta frequência a trabalho. Ou seja, essa pessoa mudou, a vida dela mudou, e, se a empresa não permitir que ela viva essa evolução pessoal, isso afetará seu engajamento.
Portanto, você pode aumentar o salário dessa pessoa e oferecer mais benefícios, fazendo com que ela fique mais 10 anos na empresa. Mas isso não garantirá que ela ficará engajada e colocando seu melhor desempenho.
Aprenda uma coisa: a alta performance depende da liberdade para acontecer.
Você jamais conseguirá obrigar alguém a ter alta performance, porque ela acontece a partir de uma decisão pessoal de colocar o melhor em jogo, e isso só vai se concretizar se os fatores emocionais e racionais estiverem alinhados.
Analista de Centro de Operação Integrado COI SR na EDP São Paulo Distribuição
2 mÓtimo conselho ! Mas o que prende mesmo são as contas, meu caro Alê Prates. Se o salário não paga as contas, aí o "jogo" é diferente. O resto é conversa.
Mentoria de Carreira | Facilitadora de treinamento | Desenvolvimento de Competências | Soft Skills | Liderança
2 mTambém acredito que o salário é um dos muitos fatores para um colaborador permanecer no emprego e ter uma boa performance. A partir do momento q fatores relacionados à cultura, clima, relacionamentos, reconhecimento, etc., são de baixa qualidade, o empregado passa a questionar sua permanência na organização e começa a procurar um local q esteja conectado com seus valores e propósito ou pensa em um plano B. Excelente reflexão!
Secretary Assistant
2 mAcredito que engajamento tem a ver com conexão, fluidez. Quando se tem a sensação de pertencimento, nada faz mais sentido do que estar engajado. Já em um ambiente que te oprime, te engessa, o salário e benefícios mantêm o profissional só até a primeira oportunidade de mudança.
I Ensino | Pesquisa | Gestão de Projetos | Processo de Envelhecimento | Desenvolvimento social | Empreendedorismo |
2 mAlê Prates, o sujeito não gosta da empresa, engaja pouco, quando engaja, mas se segura fazendo boas relações porque ganha bem, além de ter boas vantagens. Bem típico para os bajuladores.