A engenharia de custo como ferramenta de gestão e controle de obras.
A engenharia de custo como ferramenta de gestão e controle de obras.
Manoel Melo
O mercado da construção tem se transformado nos últimos anos. Muita empresa tem optado por terceirizar seus serviços, antes, apenas os serviços mais específicos eram terceirizados, mas, atualmente há uma crescente demanda de empreiteiros nos canteiros, exigindo cada vez mais das empresas uma gestão eficiente no controle e acompanhamento de suas obras. Como também, outros fatores tem contribuído nesta transformação, a competitividade de mercado, a complexidades dos projetos e o avanço tecnológico empregado na indústria da construção civil, em busca de índices mais expressivos de produtividade, além do conhecimento técnico-cientifico aliados ao processo de constante desenvolvimento. Este cenário tem refletido nos orçamentos que passaram de estimativas de custos, para uma ferramenta indispensável de gestão de compras e acompanhamento dos contratos.
Na busca desses resultados um dilema ainda permeia as obras, como reduzir as perdas na construção, em forma de desperdício de materiais, produção de entulho e perdas econômicas. Que em muitos casos afetam diretamente os resultados dos empreendimentos. Sabendo que muito deles podem ser evitados e mitigados em seus efeitos. Por esta razão um orçamento preciso em conjunto com o planejamento será um aliado importante neste objetivo, que não só contribui na qualidade dos empreendimentos, mais nos resultados econômico das construtoras.
O perfil do orçamentista também evoluiu, passou a ser estratégico nas empresas, que buscam neste profissional, capacidade de trabalhar sobre pressão, senso crítico, capacidade analítica e experiência de canteiro.
“Não existe futuro possível sem planejamento. E nenhum planejamento é possível sem acompanhamento.” Peter Drucker.
Como o orçamento e o planejamento podem contribuir:
Estudo Preliminar – Fase de Projeto
O orçamento analítico detalhado em conjunto com o planejamento é essencial para sucesso de um empreendimento. Nesta etapa de estudo deve se ter como meta a busca por soluções de engenharia, índices de consumo de material que reflitam a necessidade aplicada no campo, ou seja, cada vez mais próximo o previsto do realizado, como também o emprego de técnicas construtivas que sejam menos agressivas na geração de entulhos e desperdícios de materiais. Ficando claro que é primordial a elaboração de orçamentos que forneçam a sistematização de todo o processo produtivo e um planejamento que retroalimente de informações cada atividade de forma significativa. Para se entender este grau de importância, grande parte dos custos adicionais não previstos é atribuída a esta fase do processo. Ou seja, não se pode desprezar nenhuma informação do projeto, e como efeito e causa o desconhecimento detalhado do mesmo. Outro fator é a necessidade de interação entre o orçamento, planejamento e a produção gerando fluxos de informações entre vários profissionais envolvidos estabelecendo uma integração entre setores escritório e campo.
Construção do empreendimento – Fase executiva
O orçamento analítico detalhado é uma poderosa ferramenta de compras e controle dos custos na obra, ainda na fase de elaboração do orçamento negociações foram feitas com fornecedores e cotações de insumos, e este devem ser explorados na fase de execução do empreendimento, como dito anteriormente a interação entre o orçamento e a produção é uma prática altamente construtiva no caminho do sucesso do projeto. Como o controle e acompanhamento das informações geradas no orçamento e planejamento devem ser incorporados e também criados procedimentos sistêmicos de gestão da obra. O gerenciamento dos custos é de suma importância ao resultado da obra. Outro fator de alerta é o setor de suprimentos da obra como interagem com o custo previsto no orçamento e distribuído no planejamento em sua atividade de compras para obra. Sendo esta atividade estratégica para evitar perdas econômicas e materiais.
O nosso objetivo é demostrar a importância do orçamento analítico não só como estudo de viabilidade e custos das obras, mas, como ferramenta de gestão em todas as fases do empreendimento, assegurando cada vez mais as construtoras uma posição competitiva no mercado.