Entendendo a economia circular

O conceito de economia circular vem para nos fazer repensar as práticas econômicas realizadas hoje pelas empresas e seus processos produtivos, a ECONOMIA CIRCULAR vai muito além do conceito já conhecido e habitual a todos que são os “3R’S” – REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR.

Atualmente o sistema produtivo utilizado pelas empresas funciona de forma linear, onde há exploração excessiva dos recursos naturais e um grande acúmulo de resíduos, na cadeia linear o homem explora a matéria-prima, produz e descarta. Não há muita preocupação ou questionamento quanto a sustentabilidade das matérias-primas, uma vez que estão disponíveis na natureza para nosso uso, ou então de que forma o seu produto será lançado no meio, se ele pode ou não ser inserido no ciclo dos 3R’s.

Já a economia circular tem como objetivo mudar a visão das empresas para seus produtos, visando reduzir a exploração dos recursos naturais e reinserir os resíduos não biodegradáveis (aqueles que não se decompõe no meio ambiente) ao ciclo produtivo, de modo que eles possam ser desmontados, otimizados, e devolvidos ao mercado.

Em novembro de 2019 a EMBAPEL empresa do ramo de comercio de resíduos de papel, papelão e plástico divulgou uma lista com os países que mais reciclam no mundo, com mais de 60% dos resíduos sólidos urbanos sendo reciclados, a Alemanha liderava essa lista, seguida pela Coréia do Sul (59%), Áustria (58%), Eslovênia (58%) e Bélgica (55%). Enquanto o Brasil, perto das últimas colocações, recicla aproximadamente 3% do seu lixo produzido.

Aplicando a economia circular em seus processos, mudaríamos esse cenário, porém é preciso rever e aprimorar a eficiência na criação de produtos, pois os produtos devem ser concebidos com materiais facilmente recicláveis e não perigosos, as substâncias utilizadas precisam ser puras, não tóxicas e capaz de serem segregáveis, esses processos são de suma importância para máxima circulação e reaproveitamento dos materiais, de modo que os componentes continuem circulando e contribuindo para a economia.

Texto: Kayane Franco