Entre o tempo e a entropia - por Armando Macatrão
De impulso a impulso,
a existência se agita.
Nela, nada se perde,
e, nada, nela se cria.
Desarruma o espaço,
redesenha o cosmos,
perpetua a entropia.
De mutação em mutação,
conduz ao esquecimento
qualquer configuração.
E, de fotograma em fotograma,
em movimento aparente,
gera a noção de tempo,
que se reduz a uma ilusão.
Quando tudo ainda era nada,
quem, misteriosamente,
lhe terá dado o empurrão?