EPA! Qual o papel do líder e do RH na era da I.A?

À medida que embarcamos na era da Inteligência Artificial, uma pergunta se impõe: Como podemos, como líderes e gestores de RH, harmonizarmos os avanços tecnológicos com a essencial humanização dos nossos espaços de trabalho?

Nesta semana, tive o prazer de participar da SHERE 2024 CONFERENCE "A potência da ação" realizada no CIEE em São Paulo.

Um evento que não apenas ocupou meu dia, mas também expandiu minha mente de maneira que mal consigo expressar em palavras.

O tema central? O futuro do trabalho.

A abertura do evento foi marcada pela presença de uma estudiosa no impacto da IA no trabalho, Michelle Schneider , que nos levou em uma jornada histórica fascinante. Começando na revolução agrícola de 10.000 a.C., passando pelas revoluções industriais e culminando na era atual da biotecnologia e robótica, sua apresentação nos fez refletir sobre como a tecnologia sempre foi um catalisador de grandes transformações sociais e profissionais.

Mas o que realmente me arrepiou foi quando ela começou a falar sobre a IA generativa, uma fronteira que logo poderá fazer qualquer trabalho humano cognitivo. As possibilidades mencionadas, desde pagar contas automaticamente até renovar passaportes sem nossa intervenção, são tanto impressionantes quanto um pouco assustadoras.

Michelle Schneider, não só levantou preocupações como também destacou as incríveis oportunidades que a IA pode trazer:

• otimização de processos
• energia sustentável,
• saúde
• educação de qualidade para todos, e muito mais.

No entanto, ela também nos alertou sobre os riscos significativos, como:

• a perda de empregos e o
• agravamento da desigualdade social.

Sua discussão sobre a importância da consciência, em contraste com a mera inteligência, ressoou profundamente em mim. Enquanto a IA pode resolver problemas, a capacidade humana de sentir é o que realmente nos define e guia nosso julgamento ético e moral.

Cultivar um hobby, letramento tecnológico , inteligência emocional e saúde mental devem estar nos "TOP 10" de prioridades para 2024, segundo a palestrante! Olhar o horizonte em busca de uma vida mais equilibrada fora e dentro da sua pessoa e cuidar da natureza pode te deixar mais "habilitado" para ser um "SER HUMANO DO FUTURO". segundo Michelle Schneider .

O restante do dia foi igualmente enriquecedor, com representantes de empresas referencia : Unilever, IBM, Phillips, Cajú, Nubank, e muitas outras, compartilhando , através de seus representantes, suas visões e experiências sobre o futuro do trabalho. Destacaram-se temas como a necessidade de todos os profissionais se tornarem proficientes em tecnologia e a importância estratégica do RH em entender todas as áreas de uma empresa.

O evento reforçou uma mensagem crucial: estamos na geração de transição (independente da idade que nos encontramos neste momento) , e a inclusão 360 (de pessoas independente de : gênero, etnia, idade ou deficiência física).

Inclusive vale ressaltar o recorte social que os adoráveis e super comunicativos Ian Nunjara e Cinthia Oliveira (Ela/Dela) nos "ALERTARAM" sobre saber "nadar em um oceano azul" que não estamos atentos. Somos em nossa população brasileira mais de 50% pardos e negros, que em sua maioria não tem qualidade de vida, sem acesso a uma boa educação, transporte digno ou saúde adequada. Saber disso não é suficiente enquanto líderes, é preciso criarmos políticas dentro de nossas empresas, que realmente mergulhe nesse oceano azul !

Muitos outros recortes foram abordados pelos líderes que lá estiveram, que fomentaram insights significativos!

A verdade é que não temos respostas prontas para esse mundo volátil e ambíguo, mas , uma coisa é certa, fomentarmos espaços como esse , além de nos deixar mais ativos , resultado da inspiração pelo exemplo dos palestrantes , também nos dá a condição de nos sentirmos conectados enquanto seres humanos que somos .

Deixei o evento não apenas com saudades do dia, mas com uma expectativa muito positiva pelo que o próximo ano nos reserva. A CONFERENCE DA SHARE me mostrou que há muita "potência de ação" ao nosso redor, e estou mais motivada do que nunca a usar meu EPA—esforço, paciência e atitude—para enfrentar os desafios e abraçar as oportunidades que o futuro do trabalho nos trará.