Equipes empoderadas - Invista nesta ideia!

Sou uma profissional que gosta de autonomia. Mais do que isto, gosto mesmo é que me deixem trabalhar. 

Os líderes com quem trabalhei que captaram isto conseguiram tirar o melhor de mim e, consequentemente, me deram a chance de replicar o mesmo modelo com as equipes que tive e tenho.

Sei que parece óbvio o que estou escrevendo, entretanto, ao longo dos anos e dentre todas as experiências que tive lidando com os mais deferentes tipos de equipes, posso garantir que muitos profissionais gostam de ser conduzidos. E há muitas razões para isto.

Com a vinda da autonomia, a responsabilidade pelo sucesso ou não de um projeto/produto está nas suas mãos. E nem todos querem sofrer as cobranças, assumir uma eventual derrota ou até mesmo pedir ajuda quando não há mais saídas. A verdade é que a autonomia vai te deixar exposto, e somente você poderá construir suas defesas. 

Como gerente de produto, uma das melhores partes do meu dia-a-dia é criar novos produtos, fazer releituras de outros e é fundamental ter a liberdade de criar e testar novas fórmulas. E este caminho livre não se conquista do dia para a noite. Precisamos conquistar uma reputação com os nossos gestores a ponto de nos darem a chave para abrir as portas necessárias. E esta liberdade precisa ser conquistada em conjunto, com sua equipe ao lado.

Para que você tenha na equipe pessoas com a mesma habilidade que a sua em assumir riscos e saber conduzir um projeto é fundamental compartilhar suas decisões, fazer com que cada um tenha clareza so seu papel dentro do time. É um exercício diário e trabalhoso.

Nem todo mundo tem tempo ou paciência em compartilhar cada decisão com todos da equipe, entretanto, o caminho para conseguir as liberações mais importantes PRECISAM ser compartilhadas e democratizadas. Envolva o seu time! É o caminho para ter uma equipe empoderada!

Então significa que dar responsabilidade para as pessoas do seu time já resolve todos os problemas? Calma, ainda faltam alguns ingredientes nesta receita: ferramentas, acessos a todos os tipos de relatórios, compartilhar o máximo de informações são outros ingredientes necessários para um líder ter uma equipe capaz e eficiente. Outro ponto importantíssimo é mostrar aos seus diretores que sua equipe tem voz ativa e que eles estão preparados para possíveis indagações e questionamentos. 

Não é porque o seu chefe foi buscar informação com alguém de sua equipe que significa que ele esteja te descartando ou passando por cima de ti. Muito pelo contrátio! Fico muito feliz quando isto acontece. Significa que meus colaboradores estão fazendo o trabalho deles e consequentemente eu o meu, já que uma das principais funções de um líder é desenvolver a sua equipe.

E quanto as pessoas que não querem se empoderar? Caso você tenha alguém com esta caraterística dentro de sua equipe, dê feedbacks constantes mostrando o quão importante é pegar para si a responsabilidade para seu desenvolvimento. Uma hora ela vai entender. Caso não queira mesmo assim, o direito é todo dela e você como líder deverá repensar se vale a pena ou não ter esta pessoa em seu time.

Por outro lado, com as pessoas que gostam desta autonomia e se querem para si mais e mais responsabilidade, mostre exatamente o caminho que você percorreu para ter esta autonomia perante seus diretores. Nada melhor que o bom exemplo para elucidar!

Para finalizar o raciocínio, lembre-se que o mundo dá muitas voltas e cuidar bem de sua equipe significa cuidar bem de você. Um dia um dos seus colaboradores poderá vir a ser seu chefe, ou ainda, um deles poderá ser crucial no momento de uma indicação ou opinião. Portanto, sejamos democráticos e acima de tudo boas pessoas. O retorno a longo prazo valerá a pena.

E você? Como é a relação com seu chefe e sua equipe? Compartihe sua experiência!

Até a próxima!

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Sobre a autora: Mariana Mello Campos

Profissional de Vendas e Marketing, especialista em Serviços e Varejo. Em seus artigos aborda temas relacionados à Transformação Digital, Inovação e os Novos Caminhos do Varejo. É apaixonada por viagens, ballet e podcasts. Adora escrever quando tem um tempinho livre, isto é, quando o Marquinho (filho de 03 anos), deixa!