A era da democratização dos dados não tão democratizados assim
Em um mundo onde mais de 1.8 bilhão de sites existentes e onde a cada dia mais de 100.000 novas páginas são criadas, a informação está cada dia mais próxima e acessível. Mas será mesmo? Será que não estamos em um epílogo da falta de informação de qualidade pelo excesso da mesma?
Hoje eu começo esse texto com a provocação acima e levantando a dúvida clássica do "E se.." para a área de dados. Nosso poder computacional nunca foi tão grande, nossas técnicas de web-scrapping, lematização e classificação de texto nunca foram tão avançadas. Será que para democratizar realmente os dados, nós não devemos filtrá-los e classificá-los de maneira mais objetiva?
Os sites de notícia, as redes sociais e os outros tantos canais de informação nos bombardeiam com notícias, com títulos extremamente capiciosos e com o intuito de mendigar algum clickbait. O Youtube com milhões de vídeos de tutoriais e ensino até mesmo gratuito. A educação básica no século 21 com cara do século 19. Setorizamos nosso ensino com em um modelo industrial, com o modelo mecânico de repetição bem ao estilo fabril.
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Vivemos na era da tecnologia, em que o uso de ferramentas digitais e a cultura multidisciplinar imperam, mas, infelizmente o modelo de ensino e consumo da informação não acompanham esses novos tempos.
Veja bem, acesso não é apenas estar disponível, é dar o caminho, é demonstrar como acessar, é classificar e organizar o conteúdo de forma que as pessoas consigam consumi-lo com qualidade, é ensinar a subjetividade das informações e assim como separar o joio do trigo (Informação de baixa qualidade ou nenhuma). O objetivo precisa ser a (r|)evolução do conhecimento, o incentivo ao consumo de informações de qualidade e cada vez mais democrático desde o ensino básico. Assim, e só assim, teremos a tão sonhada era da "Democratização dos Dados" onde todos nós conseguiremos sobreviver e "nadar de braçada nesse mar de informação do século 21".