Escancarou nossas realidades

A atual pandemia escancarou nossas tristes realidades:

“Estratégias sociais da época colonial” que sempre provocaram insanas desigualdades;

“Falta de estratégias nas importações” que arrasaram nosso parque industrial.

Salta aos olhos a indiferença da nossa “sociedade pensante” a estes terríveis fatos.

Em decorrência nosso país amarga uma inércia que se traduz numa enorme falta de produtividade e competitividade em quase todas as áreas, principalmente nas indústrias.

 Opta-se por outros investimentos em detrimento aos necessários e mais coerentes investimentos nos ativos (material e humano) que manteriam as empresas no trilho.

Lembro que ao final dos anos 70 o mundo reconhecia o operário brasileiro como muito criativo e produtivo e que a nossa indústria era a “mais cotada” para ser um dos pilares da produção industrial mundial.

Esta baixa produtividade técnica-administrativa reinante na maioria das empresas brasileiras ocorre por vários motivos, de parques industriais defasados até a falta de uso de ferramentas gerenciais adequadas, mas passa principalmente pelo "profundo desinteresse da alta direção das empresas".

Mas o que aconteceu?

Nossas “péssimas lideranças” não tiveram a percepção óbvia do que poderia acontecer a médio/longo prazo, e esta estúpida falta de visão aniquilou a pujante indústria nacional que tínhamos.

Minha prioridade não é explicar o que aconteceu e sim registrar que deixamos de fazer a nossa lição de casa e a China assumiu o que nos era reservado, e de quebra hoje importamos quase tudo deles quando "devíamos estar é exportando".

“Fico perplexo com a passividade das instituições e o descaso e aceitação dos empresários brasileiros em relação ao assunto”.

Basta ver as evoluções de alguns PIB no gráfico abaixo para constatar o que perdemos:

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Fonte: Banco Mundial

 Em 1.987, o professor “João Carlos Hopp” da Fundação Getúlio Vargas (FGV) já alertava:

 ”O administrador financeiro da década de 80 está inteiramente absorvido na tarefa de fazer dinheiro pela administração do próprio dinheiro e está cada vez mais divorciado do processo de geração dos lucros operacionais”.

Infelizmente isto ainda hoje é uma realidade nacional e a atual pandemia mostra o quão enganoso foi e é este caminho.

Muitos ainda acham que é mais fácil e lucrativo importar para apenas revender se esquecendo de que os asiáticos por não pensarem assim colhem a tempos resultados muito, mas muito melhores do que os seus.

São legítimas e indiscutíveis as alegações que tentam justificar a nossa estagnação: custo Brasil, paridade do dólar, falta de apoio, etc, mas também são inquestionáveis as péssimas opções escolhidas.

Ficar como sempre “apenas aguardando” soluções vindas do governo não dá mais, o que se precisa é finalmente arregaçar as mangas e partir para novas e melhores alternativas.

Buscar um algo realmente novo que eleve exponencialmente nossa produtividade para obtermos um nível de competitividade tal que elimine ou ao menos minimize as diferenças existentes.

É claro que não é fácil e é trabalhoso, mas certamente a recompensa mais do que compensa.

Luiz Carlos Freire Cimatti - LC Consultorias

 

 


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Danilo Filgueira

Diretor Executivo da Filgueira Corretora | Especialista em Planejamento Financeiro | Gestão de Risco | Blindagem de Patrimônio | Ajudo você a blindar o seu patrimonio e potencializar seus resultados.

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