Escola comunitária do brejo paraibano que atende crianças e adultos se torna reconhecida internacionalmente

Escola comunitária do brejo paraibano que atende crianças e adultos se torna reconhecida internacionalmente

Crédito: GABRIEL PIETRO



A educação é a chave para um futuro carregado de esperança e transformações.



Uma escola de Bananeiras, no chamado “brejo paraibano”, leva esse conceito a um novo patamar, garantindo educação de qualidade para crianças e adolescentes, e a alfabetização dos adultos, especialmente do campo.

Gerida pela instituição “Irmãs do Carmelo Sagrado Coração de Jesus e Madre Teresa” (ou Irmãs Carmelitas), a Escola Nossa Senhora do Carmo surgiu nos fundos de uma casa simples, mantida por um lavrador.

O projeto social surgido em 2005 tinha como foco inicial alfabetizar camponeses da região. Logo, estendeu-se aos seus filhos, que passaram a integrar a rede de educandos beneficiados pela educação das Irmãs.





Hoje, a escola é prestigiada e reconhecida até no exterior.




A atual gestora da instituição é Leila Sarmento, professora e doutora em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Ela faz parte do projeto social desde o princípio. Na época, Leila buscava construir ao lado das Irmãs um novo modelo de educação, distante dos moldes tradicionais que conhecia.

“A partir desse desejo de fazer uma escola nova, Paulo Freire foi e ainda é nosso maior referencial, com essa proposta de educar com os sujeitos, sempre levando em conta os fatores sociais que cercam a vida de todos”, contou a professora.

Com a ajuda de doações, a construção da escola foi possível em 2007. Oito anos depois, por decisão interna da Igreja Católica, a “Nossa Senhora do Carmo” foi entregue à comunidade, ganhando um novo nome: ‘Escola dos Nossos Sonhos’.



Seu modo de ensino se resume na busca de uma jornada sem hierarquias, tendo a “subjetividade” dos educandos como centro, explica Leila.


Para a professora-doutora, um dos conceitos mais inspiradores do projeto é dividir as decisões com o coletivo.

“Cada passo é dado através de assembleias e colegiados, onde além da equipe de voluntários, os pais e integrantes da comunidade acrescentam ideias e sugerem mudanças”, explicou.


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