Escreva como se estivesse protagonizando a cena mais marcante do filme que você ama

Escreva como se estivesse protagonizando a cena mais marcante do filme que você ama

Este artigo é bem especial pra mim, e você logo vai entender por quê. Segura esse conteúdo que correndo na veia, que eu quero te contar uma história.

É uma história que tem a ver com o processo de escrita no LinkedIn, com construção de marca pessoal, de como eu tento alcançar os meus resultados, sobre qual a relação do artigo com a dança mais enigmática do cinema e, quem sabe, no final dessa história, você consiga me dizer se vale a pena ou não seguir nesse caminho. 

Começo definindo a escrita pra mim, ela que é bem solitária na maior parte do tempo, mas que tem as suas compensações. No momento em que o mundo todo gira aceleradamente, é na hora de transformar a tela em branco em conteúdo que tudo se estanca, inclusive as minhas ansiedades e feridas, é como se tudo, pelo menos até a tela estar totalmente preenchida, paralisasse, até mesmo o tempo. 

E é por isso que não podemos nunca, eu não posso, negligenciar a tela em branco. Busco dar a ela todo o tempo necessário, e com o máximo de respeito, cada vez que ela fica frente a frente comigo. 

 Mas o que o filme Pulp Fiction tem a ver com isso? Tem vários ensinamentos nessa cena da dança protagonizada por Uma Thurman e John Travolta, exibida há mais de 25 anos, em mais um dos filmes épicos do Tarantino. Esse momento do filme ficou eternizado na memória de muitos espectadores, marcado para sempre como uma das cenas de dança mais sensacionais das telonas. 

E, assim, resolvi contextualizar a cena com o tema deste artigo, que é muito especial pra mim, porque finalmente cheguei ao 30º artigo por aqui. :D

Então, relaxa aí, coloca na música da cena do filme, que enquanto você ouve vou te contar essa história. A música está numa playlist exclusiva do próprio Spotify, com todas as músicas do Pulp Fiction e outras várias canções relacionadas.  

Cheguei no meu 30º artigo no LinkedIn. E agora, Matheus, o que eu faço? 

Ano passado, no início do isolamento social devido à pandemia, quando todo mundo se viu cercado de incertezas sobre a carreira e demais questões relacionadas ao trabalho, naquele primeiro mês de pausa, resolvi que finalmente iria fazer alguns cursos e estudar certos materiais que estavam na minha lista, mas não consegui achar tempo para fazer. 

Um dos primeiros cursos que fiz no período foi o do Matheus de Souza, sobre Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn. Logo na introdução do curso, ele comenta que foi quando chegou no seu 30º artigo, que ele começou a ter mais visibilidade e reconhecimento aqui na rede. Detalhe: ele estava prestes a desistir de escrever artigos quando conseguiu, finalmente, emplacar um artigo, exatamente esse 30º.

O artigo foi considerado pelo próprio Matheus o ponto de virada da sua carreira. Ele tem agora mais de 250 artigos publicados no In e mais de 160 mil seguidores, e o pulo do gato veio justamente quando ele decidiu que não iria mais continuar a escrever artigos, pois ainda não tinha conseguido nenhum resultado expressivo.

Não posso deixar de comentar que isso também passa pela minha cabeça, assim como aconteceu com ele; afinal, pode parecer pouco, mas quem escreve sabe do trabalho que dá escrever e publicar 30 artigos, principalmente pelo tempo que isso toma e sem receber nada ainda por eles. E não quero a responsabilidade de ser comparada ao Matheus, os caminhos dele foram diferentes do meu, e existem pouquíssimos Matheus no mundo.

Por essa razão, levando em consideração que os tempos mudaram bastante e não seria diferente no LinkedIn, existem muitas outras funções que concorrem com os artigos e que roubam a atenção do leitor, como vídeos curtos, mensagens instantâneas no feed, fotos com chamadas, stories, enquetes, entre outras coisas, e que ainda são interrompidas muitas vezes por diversas outras distrações na internet. 

Todo esse contexto torna o ato de prender a atenção do leitor cada vez mais difícil, principalmente em se tratando de textos mais elaborados e longos, como o que estou fazendo com você, que parou para ler este artigo. 

Como ter resultados com publicações de artigos no LinkedIn?

O fato de ter dado certo para alguém não significa que vai acontecer o mesmo com você, principalmente se não seguir algumas regrinhas básicas, baseadas em práticas de quem já consegue ver resultados por aqui. Vou citar algumas delas abaixo.

Inclusive, quero deixar registrado que, apesar de muitas inseguranças, e de nem sempre ter a certeza de seguir em frente, já consegui fechar diversos negócios por meio dos meus conteúdos publicados aqui, nesta plataforma. 

1 - Crie rotinas consistentes - Além daquele famoso plano de conteúdo, a que sempre me refiro, é preciso saber, primeiramente, para quem você quer comunicar as suas mensagens, como você se comunica e qual o seu objetivo com aquele conteúdo. Partindo  dessas premissas, já é possível criar e manter uma rotina de publicação de conteúdo, que precisa ser levada a sério, caso você queira obter resultados com isso. 

A minha rotina para artigos no momento tem sido de 15 em 15 dias, com artigos para esta newsletter, Conteúdo na Veia – aproveito para pedir que você assine, se ainda não assinou. :D 

2 - Saiba aonde você quer chegar - Aqui vou parafrasear Lewis Carroll: "Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve". Portanto, não basta ter rotinas consistentes se você não tiver um plano para as suas publicações. Não precisamos vender o nosso peixe o tempo todo, existem muitas formas de fortalecer posicionamentos e de entregar conteúdos de qualidade, sem que fique massante, e que vão te preparando para ações mais sólidas e resultados concretos, mas para isso seus propósitos e objetivos devem estar muito claros.  

Atualmente divido o meu conteúdo entre escrita criativa, marketing de conteúdo e marca pessoal, além de sempre trazer minhas impressões pessoais sobre a vida e outros diversos temas sobre os quais tenho vontade de falar e me sinto confortável para abordar. 

3 - Crie oportunidades - O sucesso está muito relacionado às oportunidades que você cria para chegar até ele, sempre associado ao desenvolvimento pessoal e profissional. Portanto, não espere que lhe deem chances, crie as condições para alcançar essas oportunidades. 

Mexa-se, busque relacionamentos que possam gerar oportunidades, fique atento a eles, não faça apenas contatos, mas interaja com eles, não publique e saia correndo, muitas vezes criamos relações comentando sobre certos assuntos, dando opiniões, ouvindo e se interessando realmente por aquilo que os outros fazem também. 

Muitos dos relacionamentos que criei no LinkedIn – e que saíram do virtual para oportunidades realmente concretas – partiram não só das minhas publicações, mas também por acompanhar o trabalho de quem me interessa por aqui. 

Um olhar atento sobre a escrita 

E, para finalizar esta delícia de papo, pelo menos do meu ponto de vista, se você é produtor de conteúdo e pretende fortalecer a sua marca pessoal, além de ter resultados com a sua escrita, não trate este momento com desprezo e pressa. Não transforme a escrita em uma correria, dedique-se a ela!

É assim que a escrita funciona, como se fôssemos escrever um livro todo dia, cada vez que abrimos uma tela em branco, com uma ideia de conteúdo, que normalmente partiu de uma pauta prévia, mas que é preciso muita dedicação para que tudo se transforme.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

* Foto arquivo pessoal - Meu cantinho preferido para preencher a tela em branco :D

E cada texto deve ser escrito como se você tivesse que protagonizar a dança dos dois personagens centrais de Pulp Fiction e ainda ser o seu próprio Tarantino na hora de escolher o roteiro e dirigir a sua cena. 

Nunca será possível colocar em um único papel tudo que está no seu coração e em sua mente, mas o verdadeiro escritor tenta incansavelmente achar o seu tom de voz e deve ter um olhar para cada texto, da mesma forma que Uma Thurman e John Travolta encenaram o momento da dança no filme.

Há alguns meses, terminei de ler o livro "Sobre a Escrita – A Arte em Memórias", do Stephen King, que talvez seja a única obra de não ficção do gênio do terror. Ele afirma entre suas memórias, que narram os seus processos criativos, que não podemos tratar uma tela em branco com desprezo, ansiedade: "Encare a escrita como quiser, menos levianamente. Deixe-me repetir: não encare a página em branco de maneira leviana."

E foi assim, seguindo esses passos e acompanhando o trabalho de escritores e produtores de conteúdo que me servem de referência, que cheguei ao meu 30º artigo no LinkedIn. O que vem pela frente só o destino e o cara lá de cima vão dizer, mas uma coisa é certa: a cada novo texto publicado, a gente começa a desenvolver habilidades com a escrita que jamais imaginamos ter.

Deixo você agora com a cena da dança de Pulp Fiction, para finalizarmos de maneira bem agradável e gostosa esta história, contada com muito carinho e uma vontade enorme de preencher com dignidade esta tela em branco.

 Sobre a autora

Fundei a INBOX Conteúdo em 2017 para compartilhar conteúdos autênticos e verdadeiros na era digital. Sou especialista em marketing digital, consultora e escritora Ghostwriter.

Meu trabalho é te ajudar a criar sua reputação na rede e a ganhar autoridade na sua área, por meio de conteúdo estratégico e autêntico. Onde você está e aonde quer chegar?

Te convido a me acompanhar também no Instagram: @flage_







Roxana Loreto Varela Sepúlveda

Diretora de Comunicação e Marketing LATAM - Tecnologia - Scrum Master e Product Owner

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Parabéns, Fê. Muito feliz pelo seu 30º artigo. Ah, esse seu cantinho é inspirador. Bj

Arnaldo Mefano

CEO & Founder | Mapa Mental Expert | Mentor - Consultor | Sucesso Negócios, Produtividade, Uso Produtivo Linkedin | Especialista Marketing Digital - Automação Marketing - Podcast | Autor e-Book Linkedin

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Li com atenção cada linha de sua publicação Fernanda, uma história cativante, com excelentes dicas sobre a escrita criativa. Parabéns.

Paulo Fernando Silvestre Jr.

Mestre e Doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, LinkedIn Top Voice e Creator, Consultor de customer experience, mídia, cultura, reputação e transformação digital, Professor, Jornalista

3 a

Parabéns não só pela marca, Fernanda, mas também por inspirar outros a escrever. Isso é mesmo incrível! :-) Um abraço.

Matheus de Souza

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital”, livro finalista do Prêmio Jabuti na categoria Economia Criativa. Criador de Passageiro, newsletter best-seller do Substack com +11 mil assinantes.

3 a

Cara, você não sabe como fiquei feliz lendo o seu artigo. Obrigado pela generosidade de sempre! Sucesso!

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