Esgotamento físico e emocional no trabalho? Você pode estar com a Síndrome de Burnout
Em tempos de tantas estabilidades, as pressões profissionais passam a ter um peso extra em nossa carga mental. Você sente que a cobrança de evoluir profissionalmente tem se tornado um peso emocional?
Estamos no Janeiro Branco, o mês dedicado ao cuidado da nossa saúde mental. Por isso queremos alertar sobre o que é a Síndrome de Burnout, como identificá-la e, principalmente, qual o tratamento adequado.
Imagine uma propaganda, pessoas jovens e bem-sucedidas, conquistando novos espaços e tudo isso sendo representado em alto poder aquisitivo e qualidade de vida invejável. Não é preciso muito esforço para lembrar o quão bombardeados com essas imagens e referências de sucesso nós somos a todo momento.
Você precisa, o tempo inteiro, ser melhor do que você já é. Esse ideal vem afetando o mercado de trabalho, gerando trabalhadores cada vez mais frustrados com os seus desempenhos e conquistas profissionais. Não é comum estarmos em uma roda de amigos que compartilham os estresses da vida profissional?
Nem toda pessoa estressada por conta das pressões do dia a dia tem, necessariamente, a síndrome. Mas, neste cenário, a Síndrome de Burnout, que é conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, tem se tornado cada vez mais comum.
De acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema.
Essa síndrome se manifesta com o esgotamento emocional, a diminuição da realização pessoal no trabalho e a despersonalização do profissional. Reconhece alguns desses sintomas em você ou em algum colega de trabalho?
A máxima “O céu é o limite” acaba colocando os profissionais em um ciclo vicioso de ambição não saudável e aumenta os efeitos das pressões inerentes ao ambiente de trabalho.
A Síndrome de Burnout pode ser entendida a partir dessa máxima: quando você encontra o seu limite, físico e psicológico, várias cobranças começam a se desdobrar em sua mente. Isso nos faz sentir aquém do que o mundo nos exige.
Engana-se, no entanto, quem acha que basta tirar férias ou adotar hábitos saudáveis nos momentos de lazer para diminuir os efeitos dessa doença, embora sejam duas atividades bem-vindas às pessoas diagnosticadas com a doença.
Mas estamos falando de uma síndrome que precisa ser acompanhada de perto por psicólogos e psiquiatras — mesmo porque os sintomas são preocupantes.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Para identificar um quadro de Síndrome de Burnout, os profissionais da saúde analisam alguns sintomas específicos. Confira agora os principais sintomas que indicam o desenvolvimento da Síndrome de Burnout:
Cansaço constante e progressivo, dores musculares, dores de cabeça e enxaqueca, alterações gastrointestinais, insônia, infecções repetidas por baixa imunidade, palpitação e pressão arterial alta, prejuízo à qualidade da vida sexual e outros.
2. Sintomas mentais
Dificuldade de resolver problemas com rapidez, sentimento de solidão e impotência, prejuízo da memória recente, diminuição da atenção e da concentração, irritabilidade, labilidade emocional (choro fácil e variação de humor repentina), perda de interesse pelo trabalho.
Como você pode ver, são sintomas sérios e que afetam a qualidade de vida em todos os âmbitos.
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Podemos falar em grupo de risco?
Os profissionais de serviços, saúde, cuidadores, médicos veterinários, jornalistas, advogados, bombeiros, policiais e bancários são os profissionais mais suscetíveis a desenvolver a Síndrome de Burnout.
Mas essa doença pode atingir qualquer profissão, especialmente quando o trabalho exige grande esforço e dedicação, fazendo com que o trabalhador tenha uma autocrítica negativa e passe horas do seu dia voltado para seu serviço.
Tratamento: por onde começar?
É preciso que fique claro: médicos psiquiatras são os especialistas responsáveis por diagnosticar a doença e orientar para o tratamento mais adequado.
A Caliper tem algumas dicas que podem ser adotadas agora:
Não há como fugir disso. Uma séria condição emocional que se desenvolve ao ponto de se tornar uma síndrome precisa ser acompanhada por um profissional da Psicologia ou da Psiquiatria.
O tratamento é à base de antidepressivos e psicoterapia.
2. Pare e reavalie seu estilo de vida
Não adianta ter completa dedicação ao trabalho se isso causar problemas graves às suas condições físicas e emocionais. A melhor dica é criar uma rotina saudável, incluindo uma boa dieta, exercícios físicos e momentos de lazer.
Pare, respire fundo, respeite o seu tempo de assimilar as coisas e reveja suas prioridades. Como estão os outros âmbitos da sua vida e o que você pode fazer hoje para melhorar sua relação com todos eles?
Momentos de lazer e conquistas pessoais também são capazes de reconfigurar sua relação com o trabalho.
3. Desconecte-se!
Esta dica começa no gerenciamento do seu tempo. A ideia é cumprir com suas obrigações, sem causar danos à saúde ou à qualidade dos seus momentos de lazer.
A partir de atividades com gerenciamento de tempo adequado, o seu trabalho fica no trabalho e sua cabeça fica mais tranquila e focada em seus outros interesses.
A carreira é algo importante e devemos sempre estar atentos às oportunidades de nos aprimorarmos e de conquistarmos nossos objetivos profissionais. No entanto, levar uma vida mais saudável fará com que você siga um caminho mais promissor. O seu desenvolvimento pessoal tem tudo a ver com a sua saúde física e mental.
Fique bem!