Essência feminina no comando
Tenho alguns artigos publicados por aqui sobre liderança feminina, um trabalho realizado quando finalizei meu MBA, onde abordei este assunto em ascensão e de grande repercussão nas redes socais e, principalmente, no mundo corporativo. Hoje quero trazer este assunto novamente, mas com um pouco mais de profundidade não só sobre a importância de as mulheres chegarem em cargos de liderança, mas também sobre o comportamento delas quando chegam lá.
Há milhares de anos somos comandados por um mundo patriarcal, mas, desde os primórdios, nem sempre foi assim. Acreditem, o mundo nasceu pelo comando matriarcal e desde que as mulheres foram domesticadas, silenciadas e colocadas numa posição de objeto de desejo, isso se perdeu. Temos hoje o mundo patriarcal dominado pela força, ódio e competição.
Desde quando as mulheres foram silenciadas, queimadas e domesticadas, levou-se um tempo para que elas pudessem conquistar seu espaço. Sabemos que a mulher já foi proibida de estudar, de votar e tudo mais. Atualmente, vemos no mundo corporativo mulheres que alcançam cargo de liderança, que ocupam cargos como CEOs, presidentas, líderes de equipe, juízas, cargos públicos etc. Cada vez mais aparecem empresas escancarando as mulheres que promoveram no alto escalão hierárquico e divulgando em toda rede “aqui valorizamos as mulheres”, legal isso né? Mas, e aí? O que acontece quando a mulher chega lá?
Percebo que mesmo no cargo que lhe dá hierarquia as mulheres ainda se posicionam como um “homem”, ou melhor, ainda trabalha e age no modelo patriarcado e não quero dizer aqui sobre vestimenta masculina ou algum estereótipo masculinizado, mas sim falar da essência feminina, sua verdadeira força vital matriarcal. Entendam, enquanto o patriarcado proporciona força, ódio e competição, por outro lado, o matriarcado propõe equilíbrio, amor e cooperação, e é nesse sentido, que necessitamos trazer a essência feminina para as coisas mudarem de fato.
“...é preciso que a mulher tome consciência de seu valor, tanto quanto de seus valores, de seu gênio, tanto quanto do seu peso na sociedade, e ela mudará o mundo.”
A partir de recentes estudos que tenho feito em relação a essa “essência do feminino” trago um pequeno trecho do livro, Tantra – o culto da feminilidade de André Van Lysebeth que diz: “...é preciso que a mulher tome consciência de seu valor, tanto quanto de seus valores, de seu gênio, tanto quanto do seu peso na sociedade, e ela mudará o mundo.” Este trecho me fez refletir e ter um absoluto desejo de um novo futuro de sociedade em que todas as mulheres possam buscar sua verdadeira essência feminina, sua força vital que está adormecida e domesticada à milênios e assim despertar e levar toda essa essência para transformar seu legado ao verdadeiro caminho da liderança matriarcal.
Espero de todo coração que esse conteúdo, genuinamente compartilhado, sirva de reflexão e abertura para novos mindsets.
Abraços fraternos!
Carla Moreno