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  • Carreira

Modelo de trabalho volta ao centro das discussões de RH

O debate sobre o modelo ideal de trabalho foi reacendido por movimentos recentes de grandes empresas como Amazon, Meta, Google e Apple, que ampliaram os dias presenciais ou retornaram ao escritório em tempo integral. No entanto, o formato híbrido continua sendo o mais adotado pelas empresas. De acordo com a pesquisa ‘Modalidades de Trabalho’, realizada pela BMI com 83 líderes de Recursos Humanos no Brasil, 73% das empresas participantes mantêm de 2 a 3 dias de trabalho remoto, consolidando o modelo híbrido como o novo padrão.

Embora o híbrido ainda prevaleça, o cenário permanece em evolução. A pesquisa revela que 26% das empresas consideram aumentar os dias no escritório, mas apenas 5% planejam retornar ao modelo totalmente presencial, e nenhuma delas demonstrou interesse em intensificar o trabalho 100% remoto. Isso demonstra que as empresas ainda buscam um equilíbrio entre os modelos, buscando soluções que atendam tanto à produtividade quanto ao bem-estar dos colaboradores.

Os benefícios do trabalho híbrido são evidentes, com destaque para a atração de jovens talentos (69%), aumento no engajamento das equipes (64%) e redução da rotatividade (40%). No entanto, também existem desafios a serem superados, como a desconexão com a cultura organizacional, apontada por 46% dos respondentes, principalmente entre os novos colaboradores, que perdem a vivência imersiva da empresa.

A flexibilidade vai além de um simples benefício, tornando-se um diferencial competitivo essencial para atrair e reter talentos, especialmente os mais jovens. Ela reflete uma marca empregadora moderna e inovadora, alinhada com as expectativas do mercado atual. No entanto, é importante que as empresas continuem ajustando suas práticas para equilibrar engajamento, produtividade e conexão com a cultura organizacional. O futuro do trabalho segue em constante evolução, mas uma coisa é certa: flexibilidade e propósito serão sempre os pilares que guiarão as decisões corporativas.


  • Tecnologia

O que esperar em 2025

O panorama tecnológico segue avançando a uma velocidade impressionante, trazendo inovações que podem revolucionar a forma como vivemos e trabalhamos. De acordo com um estudo recente da Globant, 2025 será marcado por tecnologias emergentes que já estão moldando diversos setores, como a computação quântica, a inteligência artificial (IA) autônoma, a robótica avançada e as experiências invisíveis.

A computação quântica, por exemplo, deu um salto significativo com o novo chip Willow, desenvolvido pelo Google. Este computador quântico foi capaz de resolver, em minutos, problemas que levariam septilhões de anos para os supercomputadores atuais. Essa tecnologia promete aplicações revolucionárias, desde a otimização de operações logísticas até avanços na indústria aeroespacial, embora ainda enfrente desafios para se tornar prática e acessível.

Outro destaque são as chamadas experiências invisíveis, que integram tecnologia de maneira quase imperceptível ao cotidiano. Wearables como o recém-lançado Friend utilizam grandes modelos de linguagem e ação para interações mais naturais e antecipação de necessidades. Lentes inteligentes, por exemplo, poderão traduzir idiomas em tempo real, transformando a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor.

Além disso, sistemas de agentes de IA estão redefinindo a automação, permitindo que agentes especializados colaborem de forma autônoma em tarefas complexas. E no campo da robótica, o mercado deve alcançar US$ 346 milhões em 2025, com aplicações em hospitais, construção civil, restaurantes e outros setores.

Essas inovações apontam para um futuro conectado, eficiente e cada vez mais integrado. Estamos no limiar de uma transformação que promete redefinir como vivemos e trabalhamos.


  • Mercado de RH

RH: Tendências para o próximo ano

Diante das discussões mais relevantes deste ano, destacamos algumas tendências que prometem moldar o RH em 2025:

Automatização e IA: Tecnologias como inteligência artificial generativa e plataformas de gestão de força de trabalho (WFM) devem reduzir até 30% os custos administrativos, permitindo foco em estratégias de maior impacto. O desafio será equilibrar eficiência tecnológica com interações humanas.

Gestão humanizada e diversidade: A liderança empática e a promoção de culturas inclusivas continuarão a ser pilares para engajamento e resultados. Não basta diversidade, é preciso criar pertencimento.

Trabalho híbrido: O modelo seguirá em alta em 2025, com ferramentas que promovam conexão e colaboração sendo essenciais para seu sucesso contínuo.

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: Essa segue sendo uma das principais demandas no ambiente de trabalho. O estudo ‘Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho’ destacou que o equilíbrio entre vida social e profissional foi a escolha da maioria: 38,18% dos liderados e 37,56% dos líderes apontaram esse fator como essencial para a felicidade no trabalho, em um universo com várias opções de resposta. Esses dados reforçam a necessidade de políticas que promovam bem-estar e flexibilidade.

People Analytics: A análise de dados está transformando o RH, permitindo decisões mais precisas e estratégicas. O grande diferencial não está apenas em identificar padrões, mas em traduzir essas informações em ações que impulsionem tanto o desempenho organizacional quanto o bem-estar das pessoas, equilibrando tecnologia e humanidade.

Treinamento e requalificação contínuos: O ritmo acelerado das mudanças exige investimentos frequentes em upskilling e reskilling.

Sustentabilidade e responsabilidade social: Alinhamento com práticas ESG ganha força, reforçando reputação e conexão com públicos internos e externos.

Experiência do colaborador: Foco em jornadas significativas e na construção de uma marca empregadora forte, alinhada aos valores organizacionais, será diferencial competitivo.

Essas tendências refletem um cenário onde tecnologia, estratégia e humanidade caminham lado a lado para transformar o futuro do trabalho.


  • Autoconhecimento

A chave para um final de ano mais produtivo

O final do ano é um período de alta intensidade no ambiente corporativo. Metas a serem batidas, planejamentos para o próximo ciclo e as pressões típicas do encerramento anual podem gerar estresse e tensões. Nesse cenário, a inteligência emocional se destaca como uma habilidade crucial, tanto para líderes quanto para equipes.

Estudos mostram que líderes com alta inteligência emocional têm mais chances de engajar suas equipes e reduzir conflitos internos, pois, ao gerenciar suas próprias emoções, criam um ambiente de trabalho mais colaborativo e resiliente. Esse tipo de liderança é essencial para enfrentar os desafios atuais, e os dados da 4ª edição do estudo 'Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho' reforçam essa necessidade: 45,82% dos liderados e 44,72% dos líderes afirmam que as empresas devem ser muito responsáveis pela felicidade de seus colaboradores no trabalho, destacando a importância do cuidado com a saúde mental e o bem-estar emocional no ambiente corporativo.

Além disso, a saúde mental no ambiente de trabalho vem ganhando cada vez mais espaço na agenda corporativa, especialmente nos anos pós-pandemia. Em 2025, essa tendência promete se intensificar no Brasil com mudanças recentes na legislação e mais empresas oferecendo benefícios ligados à saúde mental para atrair ou reter talentos. A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-01) passa a exigir que as empresas identifiquem e gerenciem riscos psicossociais, como assédio, violência e burnout (considerado doença ocupacional desde 2022).

A Lei 14.831/2024 criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, reconhecendo empresas que implementam iniciativas para o bem-estar de seus trabalhadores. Entre os critérios estão apoio psicológico, combate ao assédio e políticas de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, visando inspirar mais empresas a priorizarem a saúde mental no trabalho.

Para profissionais de RH, é um momento estratégico para investir no desenvolvimento de IE, seja por meio de treinamentos ou ao priorizar essa competência em processos de recrutamento. A capacidade de lidar com emoções e construir relacionamentos saudáveis no trabalho pode ser a diferença entre terminar o ano sobrecarregado ou alcançar resultados com equilíbrio.

Se você quer começar 2025 com equipes mais engajadas, bem-preparadas e saudáveis, talvez seja a hora de colocar a inteligência emocional e a saúde mental no topo das prioridades.


Esperamos que tenha gostado desta edição! 😉

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