Estão falando de você e inventando boatos. Mas está tudo bem, relaxe
Todo mundo fala de todo mundo! As opiniões das pessoas são as mais diversas possíveis por mais ridícula ou bela que seja qualquer coisa, atitude etc. Cada um entende e interpreta uma situação baseado na forma de olhar e raciocinar que mais lhe convém, além disso envolve outros mistérios variados que fogem da nossa compreensão. E quem está certo ou errado? Depende de muitos fatores, incluindo o velho bom senso. Tenhamos cuidado com as ditas verdades absolutas. A diversidade de ideias é salutar.
Então, no meio de toda essa complexidade mental e perceptiva dos seres humanos, você ainda vai insistir em querer agradar todo mundo? Os elogios podem ser o combustível para seguir em frente em algum projeto que esteja envolvido(a). Contudo as críticas, quando são de natureza construtiva, são muito importantes para o crescimento e aprendizado contínuo, super necessárias para a nossa evolução. Pena que existem muitas pessoas que não as aceitam, por puro orgulho. Além disso, não podemos esquecer da existência das críticas de natureza destrutiva que, diga-se de passagem, existem aos montes e saber lidar com elas é uma arte da maturidade.
No trabalho então nem se fala, convivemos na maior parte dos nossos dias com diferentes pessoas, geralmente sem muita visão sistêmica para incluir em suas análises uma amplitude maior para enxergar as situações como um todo. Cada um com o desejo insistente de garantir o seu emprego, passando por cima de tudo e de todos, e desta forma, partem logo para as críticas destrutivas, imperando muitas vezes a inveja e, acima de tudo, a competição.
Não existe fórmula mágica, ao meu ver, com o passar do tempo você acaba aprendendo a ficar cada vez mais longe das fofocas e também aprende a filtrar as críticas destrutivas. Não é nada fácil! Mas necessário para manter sua saúde e lhe ajudar a subir os degraus do sucesso.
E quando se está em algum cargo de gestão, não tenha dúvidas de que você fica muito mais exposto e o seu nome muito mais frequente nas rodas de conversa. Além da necessidade de se ter um cuidado redobrado em comunicar alguma coisa, pois a "rádio peão" pode distorcer completamente e alguma informação que teria pouca importância, pode se transformar em uma catástrofe e gerar pânico a várias pessoas que sequer estariam envolvidas.
Existem pessoas que alegam não ser atingidas pelo falatório alheio. Bato palmas para elas que conseguiram este feito. Nem todo mundo chega nesse nível, posso arriscar dizer que poucos chegam nesse nível.
A prova é tanta que artistas conhecidos mundialmente passaram por isso. Teoricamente uma pessoa assim poderíamos entender que por tudo o que passou até chegar no topo, com muito dinheiro, sucesso e reconhecimento teria todos os atributos necessários para aguentar a pressão interna e viver o momento mágico de sua carreira. Mas será mesmo?
Quem lembra da banda Nirvana e do seu talentoso vocalista Kurt Cobain? Bom, eu confesso que fui e ainda sou fã das músicas deles. Até hoje, após vários anos do seu suicídio, quando vou praticar exercícios, faixas como Smells Like Teen Spirit e Lithium, são obrigatórias na minha play list.
Com todo o respeito aos inúmeros fãs da banda, aos parentes e amigos de Kurt, mas permitam-se extrair um texto de um autor chamado Jacob Pétry que no seu livro "O Óbvio que Ignoramos" traz sobre a morte daquele músico, a saber:
"O que faz com que pessoas como Kurt Cobain, — apesar do seu imenso sucesso —, sejam tão vulneráveis às circunstâncias que os envolvem? Olhando de maneira superficial, no caso de Cobain, somos tentados a atribuir a causa ao uso de drogas, à vida desregrada e às distintas formas de pressão que ele sofreu. Mas com um olhar mais atento essa explicação cai por terra. Basta observar a maneira como Cobain reagia às críticas da imprensa e de seus fãs para perceber que seu problema era de estrutura. Ele era extremamente suscetível a qualquer opinião. Uma simples afirmação negativa da imprensa o atingia a ponto de querer tirar sua própria vida (e foi o que ele acabou fazendo). O problema da dependência em heroína era uma consequência da dificuldade de lidar com todas essas situações. O que aconteceu com Cobain, num sentido geral, e que pode ser chamado de Fator Cobain, foi uma espécie de perda absoluta de identidade. Sem uma identidade própria, ele passou a se agarrar nas imagens que a imprensa construía dele. Um elogio lhe dava uma sobrevida, enquanto que a crítica o desestabilizava completamente."
Chocante não?
Pois bem, se alguém estiver fofocando sobre você, você pode tentar não ligar ou pode tentar conversar com essa pessoa, mas sem esquecer de manter o respeito.
Como assim? Manter o respeito?
Todo mundo que fofoca espera que as outras pessoas façam o mesmo, e a melhor maneira para lidar com isso é usar um truque conhecido na resolução de conflitos, a quebra de padrões. Quando alguém fala de maneira agressiva, ela espera que os outros também respondam da mesma maneira; se você responde com calma e respeito, essa pessoa fica sem um motivo para o conflito.
O principal diferencial no mundo corporativo entende-se ser o capital humano, as empresas nada são sem os seus funcionários, não é verdade? Assim, mais do que nunca quem deseja ser valorizado no mercado precisa estar atento ao seu lado emocional. Não entender muito bem dos mecanismos da própria função e ser incapaz de se relacionar com os colegas, clientes e liderança é totalmente incompatível com a atual configuração do mercado de trabalho. Não podemos esquecer de que é muito importante tornar o ambiente laboral um local agradável e descontraído, onde o diálogo acontece de forma fácil e leve.
Desafiador mas não utópico!
Para finalizar, tenha muito cuidado com o Fator Cobain! Invista muito na sua identidade própria, tente não se apegar completamente às opiniões alheias, elas nunca irão acabar sejam as de natureza construtiva ou destrutiva, nós é que temos que nos adaptar a esse fato presente em todas as partes de nossa vida.
Vejam o que um dos maiores gênios da atualidade falou a respeito desta temática:
Vamos em frente...
Escrito por
José Nazareno Maciel Junior