Esta newsletter usou Inteligência Artificial?

Eu pivoto, tu pivota, nós… Pivotamos!

Sim, Growthaholics está de cara e conteúdo novos. E a versão 2024 da newsletter para quem ama inovação e empreendedorismo vai abraçar algumas ousadias (com responsabilidade) para manter você informado do que está rolando de mais quente no ecossistema. A primeira delas foi mudar tudo sem avisar e te dar uma missão.

Sua missão, caso você decida aceitar, é capturar a maior quantidade de insights por parágrafo enquanto passamos pelos assuntos mais quentes do momento. Conto com você — que está aí na outra ponta desse e-mail — para essa jornada. Vem comigo?

Um giro pelos assuntos da newsletter de hoje:

• Quem realmente vai ser impactado pela IA?
• Está na hora de buscar novos mercados
• Será que a IA é #TeamEdward ou #TeamJacob

Não olhe para cima (por enquanto)

Muito se fala do impacto de IA no mercado como um todo e no futuro, mas será que essa tecnologia realmente está impactando o presente? Se vale um paralelo com a ficção científica: o asteroide está vindo, mas ainda não entrou na atmosfera de boa parte das empresas. Calma, esta não é uma newsletter apocalíptica que irá pregar sobre a dominação da sociedade pela IA. Eu quero discutir com você sobre os verdadeiros efeitos dessa tecnologia. Alguns analistas acreditam que vamos passar os próximos dois anos na "fase do hype". Há alguns dias, li um artigo da The Economist que confirma essa visão: apenas 5% das empresas norte-americanas usaram IA em fevereiro.

Só por curiosidade, resolvi buscar no LinkedIn por vagas envolvendo Inteligência Artificial e vi cerca de 2.600 vagas disponíveis. Quando a busca é por "desenvolvimento de software" o retorno é de mais de 91 mil vagas. O que a gente pode levantar desses dados e das conversas com quem tá nas trincheiras, desenvolvendo soluções em tech é que a IA ainda está mais no imaginário das pessoas do que na execução (e no orçamento) dos times.

Armageddon — Artificial Intelligence’s Cut

Faz sentido pensar que a Inteligência Artificial ainda não tem um envolvimento tão direto na produtividade do mercado como um todo. Lembrando do artigo da The Economist, há uma aposta que a IA vai ter impacto imediato na produtividade de tarefas administrativas e rotinas de baixa complexidade. Eu diria que podemos ir além nessa análise.

Se olharmos para as companhias que estão na ponta desse iceberg, estamos falando de duas atividades principais: desenvolvimento tecnologia/software e produção de conteúdo. Pegando o exemplo da programação, já estamos vendo ganhos reportados na casa dos dois dígitos em produtividade de empresas que usam ferramentas como o Copilot. Ou seja, o impacto em software — entendendo uma curva exponencial de crescimento — é muito grande.

Impacto profundo

Pensando que software vai ser praticamente o marco zero ou o ponto de impacto do asteroide IA, começam a surgir atividades como os engenheiros de prompt (as instruções que direcionam modelos como o GPT-4 e tantos outros). Não apostaria nessas carreiras no longo prazo. Imagino que funções mais técnicas, como integrador de Inteligência Artificial ou profissionais com conhecimento mais hard nesse assunto com certeza serão necessários.

Por outro lado, vagas que envolvem analytics e inteligência de mercado já estão agregando requisitos de IA e esse parece um caminho sem volta. Se fosse apostar, acredito que os setores e as áreas mais afetadas no curto prazo vão ser marketing (com otimização de campanhas e produção de conteúdos), atendimento aos clientes (principalmente, com bots que entendem contexto) e apostaria ainda em um impacto mais robusto em desenvolvimento de softwares. O que levanta outro ponto: o quanto as IAs vão influenciar no gap de desenvolvedores que temos no mundo?

De carona na cauda do cometa

Vou me permitir uma última provocação: quem realmente ganha dinheiro com IA atualmente além das empresas que geram esses modelos? Sem sombra de dúvida, a Nvidia acertou em cheio na demanda de mercado por GPUs e é só observar os resultados deles para ver o quanto a empresa tá surfando muito bem a onda.

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