Estamos preparados?
Dizer que o mundo não será mais o mesmo não é mais nenhuma novidade. As rotinas que antes eram distantes da realidade agora fazem parte do nosso contexto diário. Os impactos em diversas esferas da sociedade implicam em urgentes adaptações que nós, enquanto pessoas e profissionais, teremos que realizar.
Fomos afetados não só na saúde, mas em diversas estruturas base da nossa sociedade: logística, economia, comércio, educação, infraestrutura e emocional. Algumas feridas antigas, como a desigualdade social, foram expostas e agora permeiam nossos caminhos. Algumas rupturas mais recentes, como as fake news, ganham relevância e tornamo-nos mais vigilantes às informações que chegam e as suas fontes.
Uma nova realidade que talvez estejamos mais próximos seja a da solidariedade e do compromisso que temos uns com os outros, sabendo que o bem reverbera e recai sobre o nosso colo. As empresas, assim como a sociedade, entenderam esse valor e agora aplicam grande parte dos seus esforços para realizar ações voltadas ao bem comum, no estender de mãos. Claro que muitas vezes pode ocorrer mais por holofote do que por boa-fé, mas não deixa de ser uma ação que vai aos poucos tornar-se uma cultura e nos ensinar que o bem pelo bem transforma.
A onda do digital bateu forte como nunca, a atualização teve que ser instantânea! Desde reuniões virtuais, happy hour online, ensino à distância, transmissões ao vivo de grandes artistas (lives), crescimento do e-commerce, necessidade de ampliação do home office, telemedicina e até missas pelo YouTube passaram a fazer parte da rotina.
Na política, nada de novo, pelo contrário, cenário de disputas mesquinhas e dualidade envolvem os debates. Enquanto isso, perdemos mais uma vez enquanto sociedade. No lugar de compor, unir e religar, a política é usada para interesses individuais em detrimento do bem comum. Parece que neste quesito, pouco ou nada evoluímos.
Resta saber se estamos prontos para esse novo que já bateu nossa porta e tomou conta da nossa vida. Seremos melhores? Evoluímos a consciência a ponto de compreendermos que somos parte do todo? Seremos fiéis aos ensinamentos que esse cisne negro à duras penas nos forjaram?