Eu tenho uma oportunidade pra você!

Tenho lido com bastante frequência posts de profissionais em busca de recolocação profissional e muito irritados com a abordagem de outros profissionais do Marketing Multinível (MMN), aqui no Brasil mais comumente representando marcas como Mary Kay, Hinode, Jeunesse, Amway entre outras.

Já existem paródias circulando por aí, vídeos engraçados no Youtube e eles já são até assunto de Stand up comedy, o que tem ajudado a criar uma identidade de certa forma negativa para o profissional do MMN.

O que eu venho fazer aqui com este post? Eu venho defende-los!

Não! Eu não vou te vender nada, nem convidá-lo para uma reunião de negócios. Eu não sou uma profissional do segmento e provavelmente não serei, porque não me identifico com o trabalho.

Mas, então por que defende-los? Simples! Porque são profissionais, assim como nós.

Nenhum de nós está imune à crise na qual o país está mergulhado. Se você teve a sorte de não ter sido demitido no último ano (não é o meu caso), temos um amigo, um familiar ou um vizinho que, infelizmente foi chamado a uma sala para aquela conversa que muda tudo, a demissão.

E, se tem algo muito verdadeiro embora pouco original para o momento é o ditado: “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”. A pouca oferta de trabalho no modelo a que sempre estivemos acostumados, está obrigando a todos nós repensarmos nossas carreiras e nossas formas de prover a renda da família. As alterações nas regras para as futuras aposentadorias tem deixado a avassaladora maioria de brasileiros preocupados, porque tendo exercido uma boa quantidade de anos de trabalho, não gerou poupança para o futuro. E as empresas de venda direta estão surfando esta onda e se destacando na crise. Dá para dizer que empresas como: Avon, Herbalife, Mary Kay e Natura, Jeunesse por exemplo, não são empresas sérias? Claro que não!

Essa é a beleza da crise! A transformação e as novas possibilidades que ela traz consigo. Se antes era inimaginável para um médico, um advogado ou um diretor de empresas, vender um produto “de porta em porta”, hoje isso é uma realidade que possibilita manter o padrão de vida da família. E devemos isso às empresas e aos profissionais do MMN.

Há casos de sucesso com enriquecimento e alta exposição e tudo isso encanta num primeiro momento qualquer profissional, afinal, quem não quer dinheiro, sucesso e fama? E não é isso o que eles te prometem? Não! Estes profissionais te prometem trabalho, muito trabalho e apoio porque o seu sucesso também será sucesso para eles.

Eles nos apresentam donas de casa, profissionais bem sucedidos em diversos segmentos, jovens em início de carreira que toparam o desafio e se dedicam diariamente a ele e, no mínimo, nos ajudam a ver a profissão com menos preconceito.

Eles nos ensinam que é possível realizar um trabalho diferente se você tem perfil, vontade e disciplina para fazê-lo.

Eles te dizem que você vai ganhar tanto quanto trabalhar, que é um trabalho difícil, que você vai trabalhar aos finais de semana e tudo isso é muito familiar para quem já está a alguns anos no mundo corporativo, não? E mais importante, e onde eu acho que está toda a beleza deste trabalho, eles acreditam que você pode ter sucesso na carreira se você também acreditar, eles te auxiliam quando você precisa e permitem que você descubra seus limites. Essa profissão não te exclui por falta ou excesso de experiência, por muita ou pouca idade, por deficiência ou aparência, isso não é respeitável?

Estamos todos tentando sobreviver à crise ora protegendo nosso emprego, ora procurando um e há uma nova classe de profissionais trabalhando duro e oferecendo uma oportunidade de trabalho e renda, eles já são sobreviventes e estão jogando a boia para quem quiser agarrar.

Eu não tenho o perfil para esta profissão e talvez por isso minha admiração por estes profissionais seja tão grande. Torço para que esta classe cresça, seja respeitada e que o modelo de negócio seja forte e enraizado no Brasil nos próximos anos.

Porque afinal, estamos todos tentando!