Estaremos mais vulneráveis com a internet das coisas?
Foto: Innovation Insider

Estaremos mais vulneráveis com a internet das coisas?

Recentemente criei um post sobre como o desenvolvimento e o crescimento da Inteligência Artificial desenfreada pode nos levar ao caos - Veja aqui. Com sua outra vertente, a internet das coisas, sem um controle de aplicação adequado, esse processo pode ser acelerado?

Mas afinal, o que é a internet das coisas? É a revolução tecnológica que tem por missão conectar os itens utilizados no nosso dia a dia à rede mundial de computadores. Ou seja, nosso aspirador de pó poderá estar conectado à internet.

Por um lado, isso é magnifico. Incontáveis possibilidades de comunicação, acesso e integração. Com o avanço, imagine um refrigerador lhe fornecendo um diagnóstico do seu corpo naquele momento ao simples fato de colocar sua mão sobre a tela touch screen? Seria uma ótima ferramenta para prevenção de alguns ataques e controle de doenças como diabetes e hipertensão.

Imagine você entrando no seu carro e uma câmera realizando o reconhecimento facial para saber se é você mesmo? Uma vez confirmado, automaticamente seriam ajustados suas preferências como agenda, músicas, posição dos retrovisores, altura do banco e profundidade do volante? Perfeito, não? Ford e Intel estão desenvolvendo essa tecnologia.


Mas quais são os altos riscos inclusos no pacote?

Uma pesquisa realizada pela HP Security Research, mostra que em torno de 70% dos aparelhos conectados à internet das coisas estão sujeitos a ataques por hackers. Nessa pesquisa foram encontradas 250 falhas, incluindo falta de criptografia no transporte de dados, problemas com privacidade, autorizações insuficientes, interface web insegura e softwares de proteção inadequados.

São dados preocupantes, pois com a popularização da tecnologia, a tendência é aumentar. E não são apenas ataques com intuito de roubar informações pessoais, bancárias e afins, mas uma ofensiva que pode levar à mortes. Por exemplo: como a ideia é que boa parte dos aparelhos, para não dizer todos, esteja conectado, pense em um automóvel autônomo (que não necessita da intervenção humana) invadido por um hacker? A mando de outras pessoas, ou não, ele pode simplesmente entrar no sistema, alterar o código e jogar o carro em uma ribanceira.

Isso também vale para outros meios de transporte como aviões, navios, helicópteros, drones e outros. Você disse... drones? Sim, disse. Uma empresa chinesa lançou na CES - maior feira de tecnologia dos Estados Unidos, um protótipo que transporta pessoas. Basta entrar e digitar para onde deseja ir.

Quando falamos em privacidade, fica mais complicado ainda. Querendo ou não, somos vigiados o tempo todo. Seja no escritório, no supermercado, no cinema, no metrô, no ônibus e na rua. Agora pense ser vigiado dentro de sua casa? Sim, eu sei. É possível acontecer pela câmera do meu notebook. E essa possibilidade expandida para o refrigerador, o microondas, a máquina de lavar, o televisor, o aspirador de pó, o liquidificador, a máquina de café, a torradeira e por aí vai? Loucura, não? Sem contar o monitoramento que, fatalmente, será realizado por hackers do governo.


Enfim, querendo ou não, já estamos inseridos no contexto. Mais dias ou menos dias, naturalmente, estaremos usufruindo do poder dessa tecnologia. Claro, assim como há o avanço do desenvolvimento, há também os meios de segurança para impedir as ofensivas terroristas. Quantos ataques e tentativas de fraude o e-commerce sofre por dia? Milhares!

Mas a grande questão é: Ao avançar da ciência, os danos não serão apenas materiais, mas sim de vida.



Davi Bispo.

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