Este momento não é tão passageiro
Ao longo da história, muitos momentos de adversidade duraram prazos prolongados, mas suportáveis para os nossos antecessores, que criaram novas formas de adaptação, conduta e procedimentos de convivência em sociedade com a economia daquelas fases.
Atualmente, a situação ficou adversa ao extremo, pois atingiu um mundo em plena expansão econômica e tecnológica, no qual todas as atividades eram crescentes e com planejamento de expansão.
Nem em sonho uma estagnação como a causada pela Covid-19 poderia se tornar realidade, mas se tornou e mostrou que não somos tão invencíveis, inteligentes e promissores como parecia, além de expor de forma inédita a incapacidade dos governos em atuar com excelência diante de algo sem precedente.
“Um novo normal” surgiu, como dizem muitos. Não, não é “um novo normal”, e sim um novo anormal: tudo precisa ser repensado de maneira muito mais humanitária, coletiva, global e com visão de soluções exponenciais, não só para este momento, mas para o que esta fase nos reservou para nossos futuros dias.
Cenários inimagináveis e com viés de filmes de Hollywood se tornaram parte do cotidiano mundial, ceifando planos, sonhos, vidas e muitas esperanças. Quando olhamos para trás, ainda nos assustamos com o que passou e nos enchemos de dúvidas com o que está por vir.
As economias mundiais, que sempre almejaram estabilidade, em busca de um destino certo, agora vivem uma flutuação constante e com muitas variáveis, que não podem sequer ser analisadas, por serem ainda desconhecidas.
Mas aqui estamos e podemos contabilizar algumas vitórias importantes nesta fase não tão passageira. Como se imagina, vitórias estas que podem definir como será nosso amanhã.
Daqui por diante temos que desenvolver novas maneiras de conduzir nossas vidas e nossos negócios, com uma perspectiva mais sistêmica e com prospecção de novos cenários de atuação.
Dessa forma habilitamos a chance de nos distanciarmos de maneira nutritiva e produtiva de toda essa situação a que tenho chamado “nevoeiro negro”. Um afastamento em que é necessário coletar toda a experiência e o aprendizado, assim como dores, fazendo-as objetos de estudo e perícia na busca de um antítodo existencial para nossas vidas, assim como para nossas atividades profissionais.
Não somos os mesmos de ontem, mas podemos renascer e nos adaptarmos com as dádivas que habitam nossa inteligência. Não será somente uma questão de mudar: será uma questão de nos tornarmos melhores – e melhores como nunca imaginamos. Somente assim seguiremos de maneira vertical, deixando para traz as cinzas nestes solos lineares.
- Cesar Romão
- Escritor – Palestrante
- Artigo publicado na The Winners – Prime Leaders Magazine – GCSM
Diretor executivo sênior na Gemte Corretora (11) 31557390
4 aConcordo com o seu ponto de vista, mas acho que a evolução vai ser muito lenta.