Eu e a matemática
Eu tenho falado muito em física e matemática nos meus textos sobre ciência,mas eu fui um aluno muito ruim nesta segunda matéria aí.
Então qual a legitimidade do meu uso destas matérias aqui nos meus blogs?Como eu consigo explicar?
Uma das coisas extraordinárias da atividade magisterial é notar que a educação consegue tudo,inclusive que se considera impossivel.E realmente o impossivel tem lugar.
O conhecimento,de modo geral,se dá da seguinte maneira:quantitativa e qualitativamente.Como nos ensinou Sócrates em meio ao conhecimento em quantidade deve-se buscar o discernimento dele,o seu valor,a sua importância e lugar,como quem acha uma árvore precisa em meio à floresta.
Em face disto eu procuro entender determinados problemas e formulas e verificar não estes critérios a que me referi acima,mas os seus fundamentos elementais e não elementares,embora,neste último caso seja exigivel em função do nivel do estudante para o qual me dirijo.
Mas o grande desafio do professor ´simplificar sem vulgarizar ou distorcer em ambos os processos,dos elemntais,básicos e os elementares que são aqueles mais rudimentares,apontando o caminho mas não mostrando tudo.
Para exemplificar tomemos o exemplo clássico do calor que atinge a poça d´água e provoca a sua vaporização.Para uma criança o elementar é só dizer isto;o elemental é dizer que as moléculas se movimentam e a condição natural da água se transforma.
Mas daí em diante sempre achei ser possivel explicar grandes e complexas idéias com um nivel de simplificação que não prejudicasse o entendimento e mais do que isto ,que abrisse caminhos de interpretação e compreensão.
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A barreira ,no entanto,é a matemática.Como fazer o relacionamento entre a física e a matemática com estes elementos,os quais,afinal,são concretos,descritos pela linguagem?
No caso da física que se constitui de fórmulas não é tão dificil.Não tão dificil um professor explicar a equação de Einstein e=mc2.Mas no caso da matemática há complicações.Geometria também.
Neste caso eu faço o que eu queria fazer quando era pequeno e tinha imensas dificuldades de aprendizado desta matéria:relacioná-la o mais que posso com fatos concretos .Nem sempre é possivel,mas de modo geral para as grandes teorias serve.
A intersecção entre a filosofia e a matemática sempre me ajudou.O esquema do movimento em Aristóteles e nos eleatas sempre me foi um ponto de partida de compreensão possivel da matemática
Cada quadradinho é um instante do tempo,na sua forma mais simples.Mas se eu colocar em cada um um numero eu começo a entender um pouco de matemática e de suas ramificações.
A partir daí inumeras considerações filosóficas e matemáticas podem ser realizadas:o problema do uno e do diverso,o numero em Pitágoras e Platão e last but not least a teoria dos conjuntos que me atrapalhou na vida e é por onde eu recomeço coma ajuda de Bertrand Russell.