Eu escrevo, tu escreves, ele escreve, nós escrevemos
Vinte e cinco de julho de 2018, Dia Nacional do Escritor
Nada melhor do que refletir sobre a escrita e sobre a facilidade que temos atualmente de publicar e encontrar obras de inúmeros escritores.
Este artigo ganhou vida por essas razões e também para lembrar os homenageados do dia.
Somos todos produtores de conteúdo!
A internet provocou uma mudança na forma como nos comunicamos. Superamos distâncias. Não há barreiras. Tudo é divulgado quase que instantaneamente. Escrevo aqui, você lê aí, separados fisicamente, mas próximos por uma tela.
Você já percebeu que não somos mais apenas consumidores de conteúdo? O tempo passou, e hoje temos a possibilidade de sermos produtores.
Chegamos a um nível de participação ativa nos meios de comunicação.
Nossa voz ecoa longe.
E isso é fantástico!
Ler um texto, ler um infográfico, ouvir um podcast, assistir a um vídeo, enfim, ter acesso a qualquer formato de conteúdo que pode ser elaborado por qualquer pessoa nos mostra que podemos criar, opinar e dialogar (de maneira sensata, obviamente). As redes sociais são as melhores expoentes para a verificação de tal fenômeno.
A realidade é que hoje eu, enquanto professora por formação, um professor, um técnico em mecânica, uma costureira, um médico, um administrador, um bombeiro, um taxista, um engenheiro, um desenhista, um contador, enfim, todos nós podemos ser produtores de conteúdo.
Conheço pessoas que não têm livros publicados, não são autores de livros, não trabalham com a escrita, mas escrevem absurdamente bem. Não se consideram escritores, mas escrevem e escrever importa, escrever ajuda, escrever tranquiliza.
Sobre as adversidades do caminho
Apesar de estarmos mergulhados na facilidade de nos tornarmos produtores de conteúdo, principalmente aqui no LinkedIn, é comum ver relatos de pessoas que têm medo de começar, medo das críticas, medo de não ser bem recebido.
Quem escreve quer colocar algo no papel (ou na tela do computador) com a intenção de dividir seu escrito e ser lido. Não ser lido, inclusive, pode ser bastante desanimador para quem escreve. Imagine só: dedicar seu tempo para pensar, ler, escrever, revisar e, no fim, não ser lido por ninguém.
A constância, a reflexão sobre a qualidade e a divulgação do conteúdo podem ser de grande valia para alcançar um público maior de leitores. Compartilhe o seu conteúdo com pessoas da área na qual ele se encaixa. Só não vale enviar o texto sem uma mensagem contextualizando o envio.
Vale lembrar também que críticas podem surgir, divergências de opiniões podem surgir, mas é importante continuar. Se você escreve apenas para si, no seu caderninho, não tem problema. Escrever é bom, independentemente do local escolhido para tal fim e da exposição ou não do conteúdo.
Sobre os conflitos de opiniões: eu não concordo com o que você escreveu
Discordar de algo que outra pessoa escreveu é normal. A vida pode continuar depois disso. O que não vale é avacalhar a pessoa publicamente ou no privado.
Seja cordial!
Seja cordial!
Seja cordial!
A repetição é intencional para não esquecermos desse detalhe importante.
Lembre-se que é possível responder sem ofender e sem menosprezar.
Sempre bom lembrar também que as opiniões variam. Eu posso gostar de algo, achar relevante, informativo e útil para a minha vida, da mesma forma que você pode achar o mesmo conteúdo óbvio demais.
Somos escritores ou não somos escritores?
A liberdade que temos de criar e divulgar nos leva facilmente a sermos escritores, apesar de ficarmos com a velha mania de pensar que escritor é apenas aquela pessoa incrível que publicou não sei quantos livros na vida.
O que nos impede de não sermos considerados escritores não profissionais?
Diante de possíveis dúvidas sobre o que é ser ou não ser um escritor, encontrei uma frase de José Saramago bem explicativa:
“Somos todos escritores, só que alguns escrevem, outros não” - Saramago
Podemos não fazer da escrita o nosso ganha-pão, mas, de certa forma, trabalhamos diariamente com ela, aflorando nossa criatividade e despertando a imaginação e reflexão do leitor.
Para finalizar, uma pergunta destinada a todos os escritores, profissionais ou não:
o que você vai escrever hoje?
contadora de historia na helena peixe
5 aOlá amigos, como sugestão, aproveitando o espaço, podemos começar contando historias, as crianças vão se interessar pela leitura e ter aí uma possibilidade de escrita. Eu tive a Grande Sorte de ter uma Mãe Maravilhosa que amava contar historias, bem como minhas tias. Penso que foi daí que surgiu minha vocação. Abraços a todos e à Adelane.
contadora de historia na helena peixe
5 aAdelane, Parabéns pela clareza e sensibilidade nos artigos . Grande abraço. Sou escritora dicas valiosissimas.bjs.
Professor de Geografia | Pesquisador em Educação | Conteudista de EaD
5 aSim, e engraçado o que ocorreu comigo: eu não gostava das aulas de português e até hj me dá um certo pavor do nomes, tipo: "Desinência (ou morfema flexional)" e por aí vai. Mas quando cheguei na fase do vestibular, eu precisei estudar redação. Nesta etapa dos estudos, eu passei a gostar do português na parte de gramática e afim. Chego a conclusão de que seja em exatas ou humanas, quem ensina faz toda a diferença. Pois traumatizar. Um livraço sobre essa questão é o Aprendendo a Aprender da Barbara Oakley. A autora fala do seu fracasso em exatas e como ela chegou a ser bem sucedida através do estudo dessa área. Livro fantástico. Poderíamos ter no Brasil autores renomados se a forma como ensinam a nossa língua fosse mudando. Isso tem acontecido, como vc bem falou, através da internet, pois existe canais no Youtube e blogs ensinando sobre português de uma maneira incrível e prazerosa.
Gerente de Suporte | Agronegócio | Liderança
6 aOi Adelane Rodrigues. Respondendo a sua pergunta: ja escrevi! 😀