EU!... FALANDO EM PÚBLICO?... CUIDADO COM OS EXCESSOS DE... CITAÇÕES!...

Condição essencial no mundo contemporâneo é expressar em poucas palavras o que pensa, certo?

O livro "Eu! Falando em Público? Sim. Agora é a vez!" teve sua edição original no ano de 2006. Portanto, tem 12 anos.

Porém, nesse período, ocorreram extraordinárias transformações por conta o gênio de Steve Jobs, que revolucionou a forma das pessoas se comunicarem. Praticamente, agora, temos duas linguagens, a real e a digital.

Entretanto, as oportunidades de expressão profissional e as apresentações em público decorrem ainda no campo da linguagem real, em tempo real, inclusive via digital com a expansão das imagens ao vivo pelo Youtube e Facebook, por exemplo, surgindo até a figura dos "influenciadores" e dos "youtubers".

Selecionei, no livro de 2006, a edição mais recente tem a chancela da Editora Paulus, de São Paulo e pode ser adquirido pela Internet (www.paulus.com.br) uma das 100 intervenções que registro e que considero apropriadas para sua análise e eventual comentário.

Direto da página 174, do meu livro.

Não exagere, senão...

Dia dos Discursos com fulcro nas Citações.

Quando Agildo entrou ruidosas palmas o acolheram.

Era muito admirado pelas suas ideias.

Propôs-se a fazer uma reflexão sobre a Educação.

Ocupou o lugar na tribuna e iniciou o seu discurso.

“Somos aquilo que fizemos repetidamente”, disse Aristóteles. Isso nos leva a um provérbio judaico: “Aprendi muito com meus mestres, mais com meus companheiros e mais ainda com os meus alunos.” Vejam, então, que “Mestre não é só quem ensina, mas quem, de repente, aprende”, revela Guimarães Rosa.

Cora Coralina entretanto adverte: “O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende com a vida e com os humildes.” Neste contexto, portanto, a Educação é complexa. Valho-me de Paulo Freire: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” E corremos um risco, afirma Eric Berne, “Educação faz de nós sapos.” Seguindo esse raciocínio posso afirmar, usando as pala­vras de Sócrates que “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”. Por isso, Richard Back nos lembra “aqui­lo que você mais sabe ensinar é aquilo que você mais precisa aprender.”

Essa foi a sua conclusão!

As palmas foram menos ruidosas!

EXCESSOS

Ao preparar o texto do discurso você tem que tomar alguns cuida­dos para evitar os excessos, como o cometido pelo Agildo: exagerou nas citações. Outros excessos atrapalham também.

Concisão. Linguagem lacônica.

· Perfeccionismo.

· Exemplos a toda hora.

· Gesticulação exagerada.

· Delicadeza. Desde que exagerada.

· Auto-atenção. Fala de si mesmo.

· Palavreado. Exagero nos sinôni­mos.

· Ilustrações e gráficos com­plexos.

· Vícios de linguagem repetitivos.

· Postura fixa ou móvel demais.