Eu me importo: A arte de roubar
Pessoas desagradáveis fazem coisas terríveis nesta manobra descontroladamente inteligente disponível na Netflix sobre fraude de guarda (curatela).
Montada em saltos altos e de posse da lâmina de uma guilhotina impiedosa, Marla Grayson (Rosamund Pike) avança através de “Eu me importo” (I Care a Lot) com a confiança gélida da fraude inveterada. Seu esquema é a tutela (curatela): identificar aposentados impotentes, falsamente declarados mentalmente incapazes e entregues a ela mesma como sua tutora legal.
Uma rede de comparsas - incluindo uma médica inescrupulosa, um juiz indiferente e “casas” para idosos – engordam suas contas à medida que Marla e sua parceira pessoal e comercial Fran (Eiza González) encontram Jennifer (Dianne Wiest) que possui um pé de meia saudável e sem parentes identificados, Jennifer é uma “cereja”; em uma sequência arrepiante e crível, ela é “protegida” em uma casa de repouso e seus consideráveis ativos liquidados. Marla, no entanto, está prestes a descobrir que mexeu com a velha errada.
Um thriller inesperadamente emocionante que oscila entre a comédia e o terror, “Eu me importo” foi habilmente escrito (pelo diretor J Blakeson) e maravilhosamente encenado.
Porém, como o cinema muitas vezes anuncia o futuro, este filme parece nos mostrar os perigos eminentes a Longevidade atual e os meandros legais que precisam ser revistos antes que situações como as tratadas nesse filme se tornem corriqueiras, ... se é que já não é tarde demais para alguns.