"EU NÃO CONSIGO DAR ENTREVISTA PRA TV, TRAVO!"

"Eu falo contigo, passo todas as informações, mas dar entrevista, nem pensar!"

Já perdi as contas de quantas vezes ouvi esse discurso. Então, sorrio, olho nos olhos e respondo: a partir de hoje (falo o dia, 05 de agosto de 2020) você vai vencer esse trauma e vai ter prazer em falar. A resposta: DÚ-VI-DO!!!

Depois de conversar com o entrevistado sobre o assunto da reportagem, faço ele ganhar confiança, segurança e aí algo mágico acontece, dá entrevista e se surpreende. "Nossa, nunca me senti tão a vontade assim em falar pra câmera". Esse é o feedback que tenho recebido com frequência.

Mas como consigo isso? Foi um longo caminho. Tudo começou comigo, mas isso é assunto pra outro artigo. Mas vamos lá, no meu processo de autoconhecimento descobri ferramentas fantásticas para vencer muitos medos e bloqueios meus. Usei âncoras, visualizações.... que agora funcionam automaticamente em mim. Com a PNL consigo entrar no universo da pessoa seja através do rapport ou do sistema representacional. E agora vou além, só de ver o formato do corpo sei como interagir com meu entrevistado. Como assim, formato do corpo?

Ahã, exatamente isso, cada formato de corpo: magro, redondo, triangular, quadrado, violão tem um jeito de interagir no mundo. Uns são mais espontâneos, funcionam muito bem no improviso, posso chegar perguntando vão responder naturalmente e se a pessoa memorizar, na hora não vai falar nada daquilo. Tem pessoas que preciso sentar com elas, adiantar as perguntas, treinarmos o que vou perguntar, elas o que vão responder pra só então ligar o REC.

Quando termina a entrevista ouço: "Minha nossa! Essa foi a primeira vez que dei entrevista e gostei, foi natural", acompanhar o semblante de felicidade de quem carregava, até então, esse fardo que muitas vezes impede de avançar na carreira é a melhor recompensa do meu trabalho.

E esse curso sobre formatos do corpo, me ajudou muito a me entender. Quer exemplos? Tenho olheiras fundas que não tem relação com meu sono, posso dormir uma hora ou hibernar igual urso que elas continuarão lá. Descobri, por exemplo que elas fazem parte de um traço que me dá criatividade. Tenho ombros largos, vi que esse formato do corpo me dá recursos fantásticos de negociação, articulação. Minhas formas mais arredondadas no corpo são responsáveis pela minha comunicação, improviso, espontaneidade... Hoje sei quais são minhas dores e meus recursos e saber como a gente funciona nos dá liberdade. Tem momentos que eu preciso ficar sozinha, na minha caverna, para meu processo de criação, ou até mesmo para digerir algo, entender um novo conteúdo de curso por exemplo.

Tem gente que só de pensar em passar momentos sozinha já entra em pânico. Se conhecer é entender o que funciona pra você e respeitar os outros. Cada um é diferente e tá tudo certo.

Esse conhecimento a princípio era para me conhecer, expandiu, foi muito além, uso no meu trabalho, em todos meus relacionamentos. Quem trabalha com público ter esse conhecimento é um baita diferencial. Para os pais então, entender como cada filho funciona vai minimizar traumas futuros e vai contribuir com que os filhos cresçam no recurso. No caso dos empregadores facilita a contratação, se precisa de alguém mais comunicativo escolha pessoas com formato mais redondo.... e por aí vai.

Ah, o que a imagem do filme DivertidaMente tem a ver com este conteúdo.

T-U-D-O!!!Repare nos formatos dos corpos dos personagens e as emoções predominantes. Taí o pulo do gato.

Abraços