Eu não quero me acostumar com o seu "Novo Normal"
Tenho um certo preconceito com esse termo, acho que foi de tanto ouvir.
Digo o seu, por quê pra mim isso não é normal. Novo é, evidente que é, mas normal é complicado.
Eu não quero me acostumar com comprimentos de cotovelo. Aperto de mão, beijos e abraços são infinitamente melhores, então não venha me dizer em "Novo Normal".
Termo chato.
Não gosto da ideia de ter que me acostumar com quedas na internet, com microfones desligados, ou com a falta de humanização nos processos diários. Nós já somos robôs demais: Oi, Tudo bem? Tudo e você?...
Eu ligo a TV: Fomos até o Ceára para entender o que empreendedores estão fazendo de diferente, nesse "Novo Normal"...
Tudo gira em torno disso. Parece uma válvula de escape pra qualquer resposta.
Mudou as pessoas, com a quarentena flexível, notamos que as filas tem espaçamentos.
Brasileiro e fila foram feitos um para o outro, nem o seu "Novo Normal" ousou em intervir em uma das maiores relações do nosso País.
E a máscara hein? Que coisa mais irritante, passei a admirar ainda mais a classe que já necessitava dela antes do maldito vírus.
A parte positiva desse novo mundo, foi a aproximação(contraditório eu sei), mas a impressão que fica, é que as famílias estão mais próximas, conversam e debatem mais.
Precisou sugir um vírus, pra nos lembrar que o nosso objetivo de vida ainda é ficar vivo.
Dispenso esse termo. Já temos problemas demais pra ficarmos nos preocupando com esse termo idiota.
Novo ele é. Normal, eu espero que jamais seja.