Eu preciso de mentoria.
Eu preciso de mentoria. Essa é uma afirmação que todo profissional que busca crescimento em sua carreira deve se fazer. Em 2016, lembro da primeira mentoria gratuita que recebi através de um voluntariado durante minha primeira formação. Gustavo Metting, um grande professor e gestor de Recursos Humanos, foi um exemplo claro de carreira bem-sucedida, o tipo de caminho que todo aluno almeja seguir após a formação.
Como alguém focado no desenvolvimento profissional, sempre busquei ambientes que me dessem espaço para crescer e reconhecessem meu trabalho. Durante minha formação, tive a chance de trocar experiências, seja através do trabalho ou consumindo cursos, especializações e recomendações que chegavam até mim. Em uma dessas mentorias com o Gustavo, lembro de ele compartilhar sua visão sobre carreira e o quanto de esforço, tempo e, acima de tudo, investimento financeiro ele precisou fazer, mesmo sem muitos recursos, para chegar onde está. Naquela época, como um jovem de 22 anos que ocupava uma posição de assistente e ganhava relativamente bem para a sua idade, o investimento na minha capacitação era algo muito claro. Cresci ouvindo meus pais repetirem: “Você precisa ser alguém na vida”, e entendi que esse movimento precisava partir do meu próprio desejo genuíno de crescer.
Muitas vezes, você não percebe suas áreas de melhoria até que alguém te diga que precisa trabalhar nelas. Sempre fui proativo, um pouco ansioso, e por ter um perfil executor, era frequentemente visto como "o que topa tudo". Acreditei por muito tempo que esse perfil me levaria longe, mas com o tempo e novas mentorias, aprendi que ser executor também requer equilíbrio. Lembro de ouvir: “Por que você não analisa primeiro, Felipe?”. Foi nesse processo de reflexão que entendi que, embora possamos ser versáteis, podemos também moldar e ajustar nossa abordagem ao longo do caminho.
Eu precisei de mentoria para entender que sou um bom comunicador, mas que minha comunicação tinha pontos a melhorar. Precisei de mentoria para perceber que, mesmo quando você acha que está preparado, pode se sabotar em ambientes para os quais sempre acreditou estar pronto.
Recomendados pelo LinkedIn
Hoje, como designer de carreiras, muitas pessoas me procuram em busca de orientação sobre recolocação profissional, fortalecimento de perfis no LinkedIn, melhoria de currículos ou porque, mesmo após investir muito em especializações, sentem que não conseguem alcançar as posições que acreditam merecer. Assim como a terapia fortalece nossas emoções, a mentoria ajuda a modelar nossa carreira, entendendo que um bom currículo e formações acadêmicas precisam ser complementados pela construção de uma persona profissional robusta.
O investimento em mentoria é, acima de tudo, um lembrete de que, mesmo depois de formados, precisamos continuar aprendendo. Lidar com nossos perfis de trabalho, prazos, resultados e até mesmo como nos expressamos faz parte desse processo contínuo. O mercado de trabalho atual valoriza o Fit Cultural, ou seja, o quanto você se alinha à organização. Não basta dizer que gosta de trabalhar. A chave é entender que o aprendizado constante é essencial, porque o mundo muda o tempo todo. A maior ameaça à sua carreira não é a tecnologia, como o ChatGPT, mas você mesmo, se não estiver preparado para evoluir.
E você, já reconheceu suas ameaças internas?
Coordenadora de Projetos de RH at INTS | Melhoria Contínua, Clima Organizacional
2 mExatamente Felipe, nenhuma tecnologia irá substituir nossas habilidades, porém para construir essa Carreira, precisamos desenvolver tais habilidades, mapeando o que precisamos evoluir.
Coordenador Administrativo e Financeiro | Supervisor | Departamento Pessoal | Gestão de Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias | Logística e Transporte | Administrativo | Logística
2 mBoa reflexão! Agradeço por compartilhar suas experiências, acredito que com exemplos de crescimento, podemos evoluir e melhorar nas nossas buscas. Gratidão 🙏🏾