Eunovação
Quando tratamos dos desafios relacionados à inovação corporativa, temos uma tendência a dar mais atenção às questões relacionadas aos processos, liderança, estratégia, estrutura, alocação de recursos e também aos aspectos da cultura organizacional. Um aspecto curioso é que pouco se fala sobre a mudança que deve acontecer no âmbito pessoal para que a inovação organizacional possa florescer e se tornar perene.
Assim como um corpo saudável é o resultado de células funcionais e saudáveis que o compõem, uma organização torna-se cada vez mais inovadora à medida que suas pessoas se tornam mais inovadoras.
Mas o que é ser uma pessoa inovadora?
O primeiro ponto a esclarecer, antes mesmo de ser determinístico na resposta, é que, ao contrário do que muitos possam pensar, não é apenas o criativo que tem espaço no processo de inovação. Sim, a inovação não pode prescindir do novo, da novidade, mas em um processo de inovação precisamos de pessoas que cumpram também outros papéis: a pessoa que conecta ideias, a que sabe vendê-las ou a que as critica com o intuito de tornar o conceito mais robusto. Enfim, há espaço para perfis cujas características podemos encontrar, em algum nível, na maioria das pessoas.
Quando pensamos nas pessoas inovadoras que conhecemos - sejam elas famosas ou não - observamos que há similaridades entre as características dos inovadores e as dos empreendedores. Eu concordo que há, sim, uma sobreposição, embora os inovadores apresentem alguns pontos cujas características precisam ser mais fortes.
Listo abaixo as características que definem as pessoas inovadoras:
Como no antigo jogo do super trunfo (clique aqui para conhecer se você tiver menos de 35 anos), os inovadores apresentam diferentes gradações para cada um dos critérios citados, sem nunca ter uma nota zero em algum deles. Eu diria que os verdadeiros inovadores devem estar acima da média na maioria dos critérios e se destacar muito em pelo menos um deles.
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Mas a questão essencial é: as pessoas podem se tornar mais inovadoras?
Todas as características que listei acima são passíveis de desenvolvimento. Por isso, indo direto ao ponto, estou convicto de que sim. Minha jornada no mundo da inovação já me fez conhecer algumas dessas pessoas. Pessoas que se entregaram à aventura de se tornarem mais inovadoras.
Grande parte dessas pessoas que conseguem se tornar mais inovadoras não se tornam "as" referências em inovação, mas com avanços consistentes nas métricas dos critérios acima, elas aumentam sua capacidade de inovar - e, por consequência, a da empresa na qual estão inseridas.
Mas, para isso acontecer, é preciso despertar a vontade e a coragem para fazer essa mudança. Sem vontade, não há coragem para mudar. Sem coragem, não há mudança, não há inovação.
Inovação é mais do que apenas uma forma de gerar valor para os negócios.
Inovação é uma oportunidade de despertar o que há de mais humano em nós, que muitas vezes se encontra oculto sob a couraça corporativa dos processos, da eficiência, da performance e da competição, que tanto restringem nossa humanidade.
Inovação é oportunidade de crescimento pessoal. Inovação é o resgate do humano. Inovação é evolução.
Quando passamos a compreender isso, damos o primeiro passo para nos tornarmos mais inovadores.
Afinal, quem não quer evoluir?
Guiando humanos para o próximo capítulo de suas histórias | Estrategista de Transição | Liderança Consciente & Autêntica | Inovação Humana | Autora | Palestrante | Empreendedora
1 mA maior barreira e a primeira para se tornar inovador: inovar em si mesmo. O caminho é pra dentro.
Consultor de Inovação
4 mBruno otimo artigo.Esse e o ponto mais critico nas corporações ou seja as pessoas que tem que mudar antes porque so assim havera uma inovação consistente senão com o primeiro reves todo o processo vai por agua abaixo
Consultor da PLANA Consultoria Corporativa
4 mInteressante
Eventos e Estratégia no Itaú
4 mconteúdo de alto nivél, atento para a próximo pílula!
🎯 Empreendedor, Mentor e Palestrante!💚 Apaixonado pela área de Educação! 💡Cultura Inovadora Humanizada!
4 mPerfeito seu artigo mesmo Bruno!!!! Eu adorei e compartilhei aqui e com minha equipe. Nós cultivamos na CCLi Consultoria Linguística os pilares da nossa Cultura Inovadora Humanizada e acreditamos que aprender um idioma pode ser inovar mesmo na própria vida justamente por precisarmos desenvolver várias outras habildiades com as que você cita aqui no artigo para de verdade darmos conta de chegar no resultado que queremos com a língua. Parabéns.