“Excelente ideia, parabéns! Mas faz do meu jeito, tá?”
Numa área que diariamente exercita a troca de ideias como o Marketing, fazemos brainstorm a todo instante em nossa War Room. Quando a contratação da Millene Marques era recente, ela ouvia bastante e, com todo o cuidado e discrição do mundo, fazia pequenas sugestões de melhorias ou de formas diferenciadas para executar os projetos.
Em pouco tempo, a Millene percebeu que tinha não apenas espaço para apresentar as suas ideias, mas também que eu tinha facilidade de reconhecer quando a ideia dela era melhor. Evidente que, em muitas situações, minha experiência falou mais alto, mas a sua recente vivência acadêmica trouxe novos ares à nossa área.
Criar um ambiente propício à criatividade traz muitos benefícios. Parece algo óbvio, mas nem todo o gestor se sente à vontade quando novos colaboradores, incluse mais jovens, trazem ideias melhores que as suas, e isso é um claro sinal de insegurança na liderança.
Chefes que se sentem ameaçados por seus colaboradores quase sempre têm o mesmo perfil: não elogiam as contribuições da equipe, rejeitam ideias que não seguem o seu modus operandi (de duzentos anos atrás, geralmente) e não exercem seu papel educativo no dia a dia.
Bom, eu tenho aprendido que quanto mais eu compartilho aquilo que aprendi ao longo da minha carreira, mais retorno eu recebo das pessoas com as quais eu trabalho. Aliás, o trabalho rende, a coisa anda e todo mundo cresce junto.
Assim, se o chefe insiste em brilhar apagando a estrela dos seus liderados, ele simplesmente deixa evidente sua insegurança, sabota seu próprio departamento e mantém sua equipe estéril. A única coisa que cresce nesse cenário é o turnover. Triste, né?